GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Começar a beber cedo pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, diz estudo

iStock

Um estudo realizado pela publicação médica American Journal of Psychiatry alega que adolescentes que consomem álcool em excesso podem ter seus cérebros permanentemente afetados. A pesquisa mostra que o desenvolvimento cerebral de jovens que bebem com frequência pode ser danificado.
Lindsay Squeglia, professora assistente do Center for Drug and Alcohol Programs na universidade de South Carolina, explica que os adolescentes que participaram no estudo não eram alcoólatras. “Eles bebiam o que jovens dessa idade consideram ‘normal’.”
O estudo foi realizado com 134 estudantes do Ensino Médio que era usuários de álcool, mas que não tinham nenhum tipo de deficiência mental ou cujas mães bebiam quando estavam grávidas. Os pacientes tinham entre 12 e 24 anos e foram estudados por oito anos, fazendo uma ressonância magnética a cada ano. Deles, 75 se tornaram grandes consumidores de álcool e 59 não bebiam ou apenas socialmente.
Durante a adolescência, o corpo normalmente poda a massa cinzenta do cérebro, que contem os neurônios e as células que os ajudam e faz com que a massa branca cresça. Ela contém fibras e conecta um nervo ao outro. Jovens que consomem álcool forma menos massa branca e destrói mais massa cinzenta. Os efeitos em meninos e meninas são parecidos e o uso de outras drogas, como maconha, é bem menos prejudicial.
As reduções acontecem no lado e na frente do cérebro, áreas diretamente ligadas ao aprendizado, ao desenvolvimento emocional e ao autocontrole. “Eles estão destruindo, ou ao menos diminuindo, áreas do cérebro que eles precisam para se controlar, mas ainda não sabemos se é para toda vida”, conta Robert Freedman, editor do American Journal of Psychiatry.
Ainda não é possível afirmar com toda certeza de que beber está causando mudanças no cérebro mas pode-se dizer que mudanças no cérebro influenciam pessoas a consumirem álcool. Entretanto, o resultado pode ajudar a explicar porque quem começa a beber na adolescência tem muito mais chance de tornar-se alcoólatra quando adulto.
Para cada ano que o adolescente demora a começar a beber, as chances de ele ser viciado em bebida diminuem 14%.

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