Dentre os pontos de visitação consta a Cachoeira Véu de Noiva, Recanto do Japonês, e o que me chama a atenção agora, a Pedra do Balão. Este último não é nada mais do que uma pilha de grandes pedras, sobrepostas pela própria natureza, em que a mais alta tem formato de balão.
Não tem nada de especial para se observar na tal Pedra do Balão, mas a visitação é permanente e quem vai ali encontra um loja que vende lembranças, artesanato e brinquedos de madeira produzidos na cidade. É a geração de rendas do turismo para os moradores locais.
Os locais indicados no material de propaganda da cidade são limpos e bem cuidados.
Os turistas que encontrei no hotel eram, em grande parte, pessoas que já estavam ali pela segunda, terceira ou mais vezes, que voltavam porque se sentiam bem atendidas.
Estou falando isso porque ontem, domingo dia 5 de maio de 2013, depois de almoçar com meu filho e alguns netos resolvi levar um deles o Lucas, de quatro anos, até a Pedra do Jacaré, situada na Prainha, próximo ao centro de Caraguatatuba, local dos mais visitados por moradores e turistas. Resolvi comparar o tratamento dado ao turismo de Poços de Caldas com o turismo de Caraguatatuba. Que triste comparação! O trajeto entre a Prainha e a Pedra do Jacaré tem pouco mais de 200 metros por uma trilha existente na encosta da praia, que passa por pedras, escadas e rampas. O trajeto está absolutamente abandonado, e a trilha representa perigo de acidentes. Se comparada com a Pedra do Balão, de Poços de Caldas, a Pedra do Jacaré de Caraguá tem inúmeras vantagens do ponto de vista do interesse do visitante. A secretaria de turismo de Caraguá parece estar preocupada em encontrar maneiras de realizar eventos que geram despesas ao poder público, mas enchem a cidade de gente que vai consumir nos bares, restaurantes, papel que deveria ser exercido pela associação comercial com recursos do empresariado e nunca com dinheiro público. A secretaria de turismo deveria se preocupar é com a organização desses pontos importantes como Morro de Santo Antônio, Pedra da Freira, Pedra do Jacaré e outros que deveriam compor o patrimônio turístico e não patrimônio comercial da cidade. Ao invés de colocarem comerciantes para administrar o turismo, bem melhor seria que convocassem ambientalistas, técnicos em turismo público e não privado, e outros profissionais como urbanistas e arquitetos que pudessem valorizar o que é realmente importante. O lucro do “restaurante”, não pode ser mais importante do que a preservação e valorização do patrimônio turístico abandonado às traças. Vejam as fotos que eu fiz do monte de lixo encontrado no pequeno trecho da trilha da Pedra do Jacaré, que se cuidada e protegida com trânsito controlado poderia gerar rendas para famílias de moradores, sem prejuízos aos “restaurantes” e “bares” que continuariam explorando, com vantagem, os seus negócios. As funções da secretaria de turismo é fomentar o turismo como política pública, enquanto o interesse comercial deve ser cuidado pelas entidades de classe do comércio. Já passou da hora da Associação Comercial conseguir ser recebida pelo prefeito, para que cada um cumpra o seu papel. Show na praça deve ser problema do comércio e não da prefeitura que tem o dever de manter a cidade bem cuidada, para que os empresários do turismo possam receber bem os visitantes. Cada macaco deve cuidar do seu galho. Vejam as fotos.
Por: Blog do João Lúcio
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