O tema "união" sobressaiu nos discursos do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, neste domingo, na convenção estadual do partido, realizada na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp). "O partido é uma família: lutamos e batalhamos juntos. Aqueles que pregarem a desunião vão errar, redondamente", disse Alckmin, acrescentando que os militantes da legenda não defendem os próprios interesses e sim os do "povo brasileiro".
Na sequência, Nunes Ferreira disse que não há serristas ou alckmistas na sigla. "Há uma competição interna no partido sim, ainda bem. Porque o PSDB é feito de líderes e não somos subordinados a um ou a outro. Não somos partido de chefe e o PSDB tem vocação para a perenidade", ressaltou. De acordo com ele, a convenção estadual, que elege a nova direção e a executiva da agremiação no Estado, tem o objetivo de preparar o PSDB para as eleições de 2014. "Vamos reeleger Alckmin como governador de São Paulo", declarou.
ICMS
Eles fizeram duras críticas ao governo federal e às mudanças propostas para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "O Brasil precisa fazer reformas, deixar de ter o ''Pibinho'' raquítico. O PSDB ajudará o País a crescer, novamente. Não há política sem ética", declarou Alckmin. Já Nunes Ferreira disse que na administração federal "os ladrões têm acolhida, respaldo". "O PT é um partido que se obstina em amordaçar a mídia. Em nome do valor da democracia, temos a obrigação de promover mudanças", disse.
Sobre o ICMS, o líder do PSDB no Senado disse que, se aprovadas as mudanças propostas, o Estado de São Paulo vai "quebrar". "Mas o PSDB vai resistir", ressaltou. Uma das medidas propostas é a unificação em 4% da alíquota interestadual do ICMS para os Estados do Sul e Sudeste e em 7% para a venda a essas regiões de produtos manufaturados e agroindustriais originários do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além do Espírito Santo. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo fez um estudo recente que mostrou que, se aprovadas todas as mudanças, o governo estadual teria perdas de RS 7,1 bilhões por ano num período de quatro anos a partir de 2014.
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