Tocos e raízes de árvores decepadas da Mata Atlântica. Essa é a origem do Parque Trianon, que completa 120 anos na terça-feira, encravado na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Não à toa, sua criação está vinculada à da via que é símbolo da cidade.
Isso porque a Paulista foi aberta sobre o pó do que era uma extensa colina verde. Os construtores, porém, deixaram para trás duas quadras tal e qual ficaram após a derrubada. Pronto, os tocos e as raízes encontraram um jeito de recompor a vegetação e o parque nasceu, projetado pelo francês Paul Villon (1841-1905).
Por um tempo, o local foi conhecido como Villon. Mas foi o vizinho de frente do Belvedere Trianon - construído, em 1916, com projeto de Ramos de Azevedo (1851-1928) - que emprestou a alcunha pela qual a área se popularizou. Apesar da demolição do conjunto de pavilhões, em 1957, para dar lugar ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), o nome pegou e persiste até hoje. Sua denominação oficial, no entanto, é Parque Tenente Siqueira Campos - homenagem a um dos heróis da Revolta Tenentista de 1924.
Com contribuições do paisagista Burle Marx (1909-1994), o Trianon é tombado pelo Condephaat, órgão estadual de defesa do patrimônio histórico e arqueológico. Para comemorar o aniversário, recebe na terça uma oficina de cultivo espiral, às 13 horas.
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