GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A violência nas danceterias e casas noturnas Gilmaci Santos (deputado estadual, em São Paulo)



Problema comum na sociedade moderna, a violência tem atingido números assustadores e preocupantes, na verdade parece que não estamos seguros nem mesmo em nossos próprios lares. As políticas públicas de segurança parecem não estar surtindo efeito em boa parte das regiões brasileiras.

Em São Paulo, as casas noturnas têm recheado os noticiários com histórias de pessoas que, após iniciarem uma discussão banal, agitadas pelo consumo de bebidas alcoólicas praticam ou são vítimas de crimes que, se não ceifam vidas, deixam marcas.


A violência tem saído do controle. Por este motivo, apresentei na Assembleia Legislativa de São Paulo o Projeto de Lei 536/2011, que dispõe sobre os atos da segurança privada em danceterias, casas noturnas e afins no Estado. Penso que é fundamental regulamentar os atos dessa natureza nesses estabelecimentos, inclusive identificando o cliente, através de documento com foto.


O projeto apresentado vem ao encontro desta necessidade. O PL atribui a responsabilidade civil objetiva do estabelecimento em manter, não somente a ordem interna do local, como preservar quem está ali para usufruir do serviço. Em caso de algum incidente violento, o segurança deve acionar de imediato a autoridade policial.


Só em 2011, tivemos diversos casos de incidentes violentos que ocorreram dentro ou no entorno destes estabelecimentos. São casos como o do promotor de vendas Ronald Alfredo Braum, de 22 anos, que morreu após ser baleado no abdômen, isso por causa de briga em uma danceteria da Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo.


A cena vem sendo cada vez mais comum nas casas noturnas da capital paulista e, infelizmente, a direção destes estabelecimentos está mais preocupada em manter a boa fama, esquecendo-se de assegurar a integridade física de seus frequentadores. Por isso, o projeto apresentado tenta ao menos minimizar os casos violentos nestes estabelecimentos, obrigando, por exemplo, o cadastro do cliente através de documento de identificação com foto. Essa ação já coibiria alguns atos por si só.


A propositura estabelece que qualquer ocorrência de cunho violento iniciado nestes locais será registrada em formulário apropriado pelo agente de segurança ou pelo gerente da casa noturna, que acionará a autoridade policial sempre que necessário. Além disso, a vigilância do estabelecimento comercial de que trata esta lei abrangerá até cinquenta metros das imediações do comércio, estando os clientes que estiverem dentro deste perímetro sob a proteção da empresa.


Não tenho dúvidas de que o álcool é o estimulante principal para as ocorrências criminosas graves que ocorrem nestes locais, porém, quem oferece o produto deve se responsabilizar objetivamente pela segurança de seus clientes. A propositura pode não resolver a situação em sua amplitude, mas com certeza responsabilizará o estabelecimento por aquilo que ele, muitas vezes, se exime de fazer: assegurar a integridade da pessoa.


Gilmaci Santos é deputado estadual pelo PRB em São Paulo.

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