A entrada do ex-governador José Serra na disputa pela prefeitura de São Paulo provocou uma divisão no PSB, presidido pelo governador do Pernambuco Eduardo Campos. Ele é aliado de Dilma e quer conversar com o PT sobre a candidatura de Fernando Haddad, já que não quer ficar mal com a presidente Dilma Rousseff, onde o PSB tem até ministério. Mas o PSB paulista, presidido por Márcio França, secretário de Turismo do governo tucano de São Paulo, quer agora apoiar Serra. No meio desse cabo de guerra, Campos vem a São Paulo na segunda-feira para tentar a unidade do partido no Estado.
- A posição do PSB em São Paulo, que tem uma secretaria de Estado, é ficar com o governador Geraldo Alckmin e com o prefeito Gilberto Kassab. Até a semana passada, os dois não estavam com Serra, mas agora anunciaram que entrarão na disputa pela prefeitura de São Paulo ao lado de Serra. Então nossa tendência é ficar com Serra - disse Márcio França, presidente do Diretório Estadual do PSB em São Paulo.
O governador do Pernambuco estará em São Paulo na segunda para uma palestra na Associação Comercial, mas pode ter encontros na capital para discutir o futuro do partido na cidade onde a disputa será nacionalizada.
- Márcio França está no seu papel de defender o apoio a Serra porque ele está num governo tucano, mas o governador Eduardo Campos se dá muito bem com Dilma e pode desejar conversar com Haddad - disse um assessor do governador Campos, que nesta terça-feira recebeu Dilma em Pernambuco, mas que esteve com Kassab no Carnaval pernambucano.
O próprio governador de São Paulo, Geraldo Alckmin pôs nesta terça-feira mais lenha na fogueira entre o PSB nacional e o estadual.
- Temos a expectativa de que o PSB apóie nosso candidato em São Paulo. Como o PSB não terá candidato em São Paulo, esperamos o apoio deles, já que apoiamos o PSB em outras cidades do Estado - disse Alckmin.
Márcio França disse que o PSB tem aliança nacional com o PT, mas que as alianças municipais tem que ficar a critério do partido nos estados.
- Estamos com o PSDB no Paraná. em Minas Gerais, na Amazonas, na Paraíba e em Alagoas - lembrou França.
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