DUBAI (Reuters) - O filho foragido de Muammar Gaddafi, Saif al-Islam, quer que um avião o tire do deserto no sul da Líbia para que ele possa se entregar ao tribunal de crimes de guerra de Haia, informou uma fonte do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio na quinta-feira.
Saif al-Islam, de 39 anos, fugiu por volta do mesmo dia em que seu pai foi morto, há uma semana, supostamente por combatentes líbios. Ele deu indícios de que estava pronto para se entregar à Justiça, assim como o ex-chefe de inteligência líbia Abdullah al-Senussi, disseram autoridades do CNT.
Os dois homens são procurados pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade cometidos durante o levante iniciado em fevereiro.
Relatos conflitantes do paradeiro de Saif al-Islam circulam desde que ele desapareceu de Bani Walid, no norte do país, e houve quem dissesse que ele e Senussi estavam no Níger.
A confirmação da entourage sobrevivente de Gaddafi não estava disponível. Um advogado internacional que diz representar um membro da família questionou a confiabilidade dos relatos do CNT, mas não quis comentar a suposta rendição.
A fonte do CNT disse que Saif al-Islam não havia deixado a Líbia e estava sendo abrigado por uma figura proeminente entre o povo tuaregue do deserto, que ele havia ajudado financeiramente no passado.
A região deserta perto da fronteira com o Níger e a Argélia ofereceram uma rota de fuga para outros parentes dele. No entanto, como indiciado pelo TPI, Saif al-Islam encontraria mais dificuldade do que seus familiares de encontrar asilo no exterior.
'Saif está preocupado com a própria segurança', disse a fonte do CNT. 'Ele acredita que se entregar é a melhor opção para ele'.
A fonte disse que Saif al-Islam queria o envolvimento de um terceiro país - possivelmente a Argélia ou a Tunísia - em um acordo para levá-lo até Haia.
'Ele quer (ir para Haia) em um avião', disse a fonte, falando da Líbia por telefone. 'Ele quer garantias'.
O CNT não tem capacidade logística de interceptar fugitivos no deserto. Por isso pediu ajuda dos aliados da Otan. Mas autoridades da aliança militar deixaram claro que querem suspender sua missão na Líbia.
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