Autor de denúncia de suposto esquema de pagamento de propina dentro do Ministério do Esporte, o ex-militante do PCdoB e policial militar João Dias Ferreira subiu o tom das ameaças contra sua ex-legenda e contra o ministro Orlando Silva.
Em duas postagens publicadas em seu blog, na manhã deste domingo, Ferreira acusou o ministro de integrar uma “quadrilha” e sugeriu que o PCdoB ficasse “calado antes de sair em defesa de Orlando”.
Segundo denúncia publicada este fim de semana pela revista Veja, o ministro do Esporte teria recebido propina em esquema orquestrado pelo PCdoB com o intuito de desviar dinheiro público por meio de convênios com ONGs.
Na primeira mensagem, postada às 7h57 e direcionada ao ministro, Ferreira rebate as acusações de Orlando Silva, que em entrevista ontem, no México, chamou o PM de “bandido” e disse que o processaria por calúnia.
“Você esta equivocado, eu não sou bandido, bandido é você e sua quadrilha que faz e refaz qualquer processo do ministério de acordo com sua conveniência e você sabe muito bem disso!”, escreveu o ex-militante.
Ele reforça que o relato à Veja “está devidamente gravado e será apresentado às autoridades competentes”. Ferreira conta também que foi procurado na última sexta-feira pelo secretário nacional, Ricardo Leiser, a mando do ministro.
“O que ele queria comigo? Fazer mais um daqueles acordos não cumpridos?”, questiona o policial. Ferreira acrescenta ainda que aguarda “ansiosamente ser chamado para apresentar as verdades materializadas”.
Polícia Federal
A segunda postagem, que entrou no ar às 8h05, foi endereçada aos membros da legenda - que ontem se pronunciou defendendo o ministro das acusações de corrupção. “SUGESTAO: ERA BOM O PCDOB NACIONAL FICAR CALADO ANTES DE SAIR EM DEFESA DO ORLANDO SUMARIAMENTE”, anotou, em letras maiúsculas.
O Ministério do Esporte divulgou ontem nota dizendo que Orlando Silva solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal investigue denúncias. Ainda a seu pedido, o PCdoB tentará antecipar para esta semana audiências na Câmara sobre a Copa do Mundo de 2014, onde o ministro pretende prestar esclarecimentos sobre as acusações de fraude.
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