Abertas inscrições para I Oficina de Capacitação de Agentes Multiplicadores no Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Curso é gratuito e voltado para maiores de 18 anos

Estão abertas as inscrições para a I Oficina de Capacitação de Agentes Multiplicadores no Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que acontece na próxima quinta-feira na Fundação Educacional e Cultural (Fundacc) de Caraguatatuba.
O curso, que será ministrado das 8h30 às 18h, vai ser desenvolvido pelo Núcleo de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Netp), da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, e foi articulado pelo Comitê Regional de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Litoral Norte, que tem como presidente o delegado seccional Múcio Alvarenga.
Devem se inscrever para o curso – que é gratuito – todos os interessados maiores de 18 anos, através do e-mail comitelitoralnorte@gmail.com, com a professora Débora Puertas, secretária executiva do Comitê, ou pessoalmente na sede da Fundacc, que fica à Rua Santa Cruz, 396, no Centro. “A oficina servirá para as pessoas se apropriarem da temática, tornando-se agentes multiplicadores”, diz Débora.
O curso acontece no auditório Maristela de Oliveira, na Fundacc. Mais informações pelo telefone: (12) 3897-5660

Com a palavra, o delegado

“O discurso mais pesado que ouvi sobre o assunto é que o tráfico de seres humanos é melhor e mais lucrativo do que o de entorpecentes porque é possível vender uma pessoa mais de uma vez, e a droga não”, comenta o delegado seccional.
Segundo Alvarenga, são três modalidades de tráfico de pessoas, um crime muito complexo. “Existe aquele que para fins sexuais, o de órgãos – sendo o Brasil o maior exportador de rins – e o de mão de obra escrava, que mais nos afeta em São Paulo”, declara.
Ainda de acordo com Alvarenga, o ideal é que a capacitação atinja o maior número possível de conselheiros tutelares, profissionais do ramo da saúde e da educação, guardas municipais e policiais, além da população de um modo geral – para que saibam que o problema existe, como evitá-lo e como operam esses criminosos. “Será ensinado a diagnosticar o problema e como agir”, frisa. “Na oficina, teremos pessoas habilitadas para falar sobre esse assunto, que é pesado, chega a ser nojento, e deve ser enfrentado. Este é um primeiro passo para que a gente possa começar a blindar o Litoral Norte. Tenho certeza que vai ser bastante proveitoso”, finaliza.