EFE
Por Ricardo Segura
Da Efe

A infertilidade masculina é um problema psicológico? Existe alguma relação entre a abstinência sexual e a capacidade de procriar do homem?. É correto dizer que um aumento da temperatura dos testículos pode afetar a fertilidade? Muitas pessoas não só não têm clara a resposta a essas e outras dúvidas relacionadas à fertilidade dos homens, mas em muitos casos sustentam crenças bastante populares que circulam de boca a boca, mas que estão totalmente longe da realidade.
Infertilidade significa tecnicamente a incapacidade de obter gestação após mais de 12 meses de tentativas e afeta aproximadamente cerca de 15% dos casais. Dentro dessa proporção, entre 30% e 35% ocorrem dos casos devido a causas masculinas, mesma porcentagem entre as mulheres, e o restante se refere a ambos ou a motivos desconhecidos, explica o Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI), da Espanha.
De acordo com essa instituição médica líder em reprodução assistida, para se estudar a fertilidade masculina, realiza-se uma análise onde se testam o número, atividade e formato dos espermatozóides.
Segundo o IVI, as principais alterações masculinas são a disfunção erétil, a ausência de ejaculação e as alterações da produção do sêmen.
Um resultado normal da prova de fertilidade masculina seria um número de espermatozóides superior a 20 milhões por mililitro, no qual pelo menos metade deles tenham movimento correto e 30% formatos normais, segundo os últimos parâmetros aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Apesar do número de tratamentos para combater a infertilidade masculina nos últimos anos ter aumentado progressivamente, este foi durante muito tempo um tema tabu para homens e mulheres. Por isso, foi objeto de invenção de muitos mitos que, na realidade, não têm qualquer consistência científica", assinala o médico Alberto Pacheco, diretor do Laboratório de Andrologia do IVI, em Madri.