BRASÍLIA - Reinaugurado nesta segunda-feira, o chamado Túnel do Tempo do Senado, que retrata os principais fatos da história brasileira desde a proclamação da República em 1889, acabou suprimindo acontecimentos mais recentes como o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, aprovado pela Casa em 1992.
Embora visivelmente constrangido com a omissão no painel, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tentou minimizar o fato, argumentando que o impeachament teria sido "um acidente" da história recente.
Olha, eu não posso censurar os historiadores encarregados de fazer a história. Talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil. Mas não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que foram os que construíram a história e não os que, de certo modo, não deviam ter acontecido - desconversou Sarney.
A revitalização do Túnel do Tempo foi organizada pela Subsecretaria de Criação e Marketing, comandada pela servidora Elga Mara Teixeira Lopes. De acordo com a Secretaria de Imprensa do Senado, esse trabalho não "custou nada" para a Casa, embora os 16 painéis tenham sido todos trocados.
Nos painéis antigos, o impeachment de Collor tinha destaque, tendo em vista que foi a primeira vez que um presidente da República no país foi afastado por determinação do Congresso Nacional.
Depois de cumprir a pena de perda dos direitos políticos por oito anos, Collor foi eleito senador pelo PTB.
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