GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 20 de setembro de 2015

Cerca de 4,7 mil migrantes são resgatados perto de costa líbia, diz guarda-costeira italiana

Cerca de 4,7 mil migrantes foram resgatados perto do litoral da Líbia neste sábado enquanto tentavam chegar à Europa, mas uma mulher foi encontrada morta, informou a guarda-costeira da Itália.
Dezenas de milhares de pessoas, a maioria de África e Oriente Médio, têm tentado cruzar o Mediterrâneo neste ano, muitas vezes amontoadas perigosamente em pequenas embarcações inadequadas para a viagem.
A guarda-costeira disse em um comunicado que havia coordenado 20 operações de resgate envolvendo várias embarcações, resgatando pelo menos 4.343 migrantes a bordo de botes infláveis e barcaças. Em um dos botes, o corpo de uma mulher foi encontrado, disse a guarda-costeira, sem fornecer mais detalhes sobre a possível causa da morte.
Outras 335 pessoas foram recolhidas como parte de uma missão de resgate coordenada pela Grécia e estavam sendo encaminhadas para um porto na Itália.

Ruas de Havana ganham 'maquiagem' para visita do papa

Após décadas sem manutenção, as fachadas dos prédios centenários da rua Reina, no centro de Havana, ganharam cores vivas nos últimos dias. Mas só as fachadas.
Na véspera da visita do papa Francisco, trabalhadores faziam os últimos retoques em trechos que poderão ser percorridos pelo pontífice durante sua passagem pela capital cubana.
Via onde fica a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, a rua Reina – também chamada de Simón Bolívar – foi uma das mais beneficiadas pela visita.
Nos nove quarteirões entre a igreja e a avenida do Capitólio, sede do governo cubano até a Revolução de 1959, buracos foram tapados e edifícios, pintados.
Na última quinta-feira, uma escavadeira demolia e recolhia os escombros de um prédio em ruínas. Perto dali, operários consertavam vazamentos no asfalto.
A rua reformada contrasta com as vias perpendiculares e boa parte do centro de Havana, onde calçadas esburacadas e prédios degradados ficaram intocados.
Mesmo os edifícios pintados só receberam melhorias em suas partes mais visíveis: os fundos e áreas internas comuns continuam a exibir infiltrações e paredes descascadas, quando não prestes a desabar.
"É lamentável que tenham deixado Havana chegar a este ponto", diz à BBC Brasil um morador que pediu para não ser identificado.
"Quando eu era um menino dizia-se que vivíamos numa das cidades mais bonitas do mundo. Hoje há ruínas por todos os lados."
Rua Reina, Havana | Foto: BBC Brasil: Morador da região diz que, quando papa for embora, prédios começarão a desbotar
Para ele, quando o papa for embora, "tudo voltará a ser como antes e a pintura logo vai começar a desbotar".
Os trabalhos começaram há cerca de duas semanas e também coloriram trechos da rua 25, no distrito vizinho de Vedado.
Outros locais que serão visitados pelo papa na capital cubana são importantes pontos turísticos e recebem manutenção mais regular, entre os quais a catedral de Havana e a Praça da Revolução, onde Francisco celebrará uma missa na manhã do domingo.
Apogeu e declínio
Considerado patrimônio histórico da humanidade pela Unesco, o centro antigo de Havana foi fundado por conquistadores espanhóis em 1519. À beira de uma baía, a cidade logo ganhou um forte que a protegia de ataques de piratas.
A capital cubana tornou-se um importante centro portuário entre a Europa e as Américas e, a partir do século 18, passou a receber africanos escravizados que trabalhariam em fazendas de cana de açúcar no interior da ilha.
O comércio enriqueceu a cidade, e teatros e palacetes proliferaram.
Um novo ciclo de desenvolvimento teve início após a Guerra de Independência (1895-1898) com a enxurrada de investimentos americanos e a chegada de imigrantes de vários cantos do mundo.
Após a Revolução de 1959, Havana ganhou monumentos de inspiração soviética, e a arquitetura rebuscada das décadas anteriores deu lugar um estilo mais funcional.
Estatizados, muitos prédios residenciais deixaram de receber reparos regulares. O governo revolucionário tinha "motivos de maior urgência", descreve o engenheiro Michel Delgado Martinez em pesquisa que realizou pela Universidade Politécnica de Valência.
Havana, Cuba | Foto: BBC Brasil: Centro antigo de Havana é patrimônio histórico da humanidade, mas não recebe reparos regulares
"Paradoxalmente, esse esquecimento a salvou de piores desastres", diz Martinez, referindo-se a temores de que a cidade tivesse sua arquitetura desfigurada pelos novos governantes.
Com o colapso da União Soviética e o embargo americano à ilha, a decadência se agravou.
Atrás de outras fontes de receita, o governo cubano se voltou ao turismo. Em 1994, lança-se um plano para a revitalização do centro velho de Havana, a cargo do Escritório do Historiador da Cidade e da Agência Espanhola de Cooperação.
Os investimentos recuperaram parte do bairro, especialmente o entorno da catedral de Havana.
Nos últimos anos, as reformas econômicas que facilitaram a venda de imóveis entre cubanos e a abertura de pequenos negócios também estimularam a revitalização de alguns edifícios pela cidade.
Grande parte da capital, porém, segue à margem das melhorias.
Rua Reina, em Havana | Foto: BBC Brasil: Frequentadora de rua por onde pontífice deve passar diz que consertos não seriam feitos há alguns anos
De passagem pela recém-reformada rua Reina, onde seu filho estuda, a enfermeira Mabel Sterling diz esperar que as melhorias logo cheguem à sua vizinhança.
"Há alguns anos não imaginávamos que um trabalho como esse pudesse ocorrer na cidade", ela diz. "Vivemos tempos de mudanças."
Para ela, as reformas em partes de Havana já fizeram "a visita do papa valer a pena".
"É preciso começar a consertar as coisas por algum lugar."

Tarde mais quente do inverno

Esta fim de semana está sendo bem diferente do último, onde tínhamos chuva e muito frio na cidade de São Paulo. 
Com uma massa de ar seco ganhando força sobre grande parte do país, o sol já ganhou força no começo da semana e esquentou bastante principalmente a partir da terça-feira.
Na última sexta-feira, a temperatura já tinha chegado aos 34,3°C, e na tarde deste sábado, a temperatura chegou aos 35,2°C, segundo a estação oficial do INMet no Mirante de Santana. A temperatura não passava dos 35°C desde o dia 20 de janeiro, quando a temperatura foi de 35,6°C, sendo o recorde de calor do ano até agora.
Como não bastasse o calor, a tarde deste sábado também foi a mais seca do ano na cidade, com umidade relativa do ar chegando aos 22%, também na estação do Mirante de Santana. 
O bloqueio atmosférico feito pela massa de ar seco mantem o tempo estável e firme ao longo de toda próxima semana. 

Avon terá de indenizar funcionária que abortou por estresse

A Avon foi condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho a pagar R$ 50 mil de indenização por dano moral a uma funcionária que sofreu um aborto depois de ser submetida a uma situação altamente estressante no trabalho.
De acordo com informações do TST, a empresa alegou a desproporcionalidade do valor, “mas a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho desproveu seu agravo de instrumento, relatado pela ministra Kátia Magalhães Arruda”.
Avon: funcionária era gerente de vendas e alegou ser obrigada a trabalhar de madrugada
A funcionária, então, grávida e com pressão alta era gerente de vendas e obrigada a trabalhar até de madrugada, sujeita a cobranças hostis de outra empregada "difícil e sem educação", que a levavam inclusive a chorar.
A empresa não teria autorizado o afastamento dela, mesmo com a apresentação de um pedido médico, por alegar que não tinha como substituí-la.
A relatora do caso alegou que, ainda que se tratasse de atividade extremamente especializada, "o risco da atividade econômica é da empresa e não poderia se sobrepor à integridade psicobiofísica da trabalhadora.

Sergio Marone sobre sucesso de “Os Dez Mandamentos”: “Não esperava tanto”

Sergio Marone vive vilão de"Os Dez Mandamentos": Sergio Marone sobre sucesso de “Os Dez Mandamentos”: “Não esperava tanto”

Quando trocou a TV Globo pela Record para viver o vilão da novela “Os Dez Mandamentos”, Sergio Marone não imagina que o folhetim bíblico pudesse ameaçar a audiência da concorrente no horário nobre. Muito menos vencer a novela das 21h do canal carioca.
“Sabia que seria uma produção de qualidade, mas não esperava tanto sucesso. A gente fica muito feliz que o público tenha se permitido parar para acompanhar a trama e esteja aprovando o nosso trabalho”, contou ao Famosidades.
Recentemente, o ator renovou seu contrato com a emissora paulista por mais três anos e quando encerrar seu trabalho na trama vai ganhar um programa de auditório. “Estamos conversando ainda. Houve a proposta, eu adorei, mas não tem nada definido. Mas vai sair’, afirmou cheio de empolgação.

Monica Iozzi quer Dani Calabresa em seu lugar no “Vídeo Show”: “Ela ia arrasar”

Globo ainda não confirma saída de Monica: Monica Iozzi quer Dani Calabresa em seu lugar no “Vídeo Show”: “Ela ia arrasar”

Apesar de a TV Globo ainda não confirmar, Monica Iozzi garante que sua saída do “Vídeo Show” está certa. A apresentadora afirmou ao Blog do Guilherme Araújo que deve deixar o vespertino entre o final de dezembro e comecinho de janeiro. E não esconde que gostaria de ver outra ex-CQC seu sua vaga na bancada.
“A Dani Calabresa poderia fazer lindamente. Ela ia dar conta. Acho que ela iria arrasar”, afirmou para em seguida fazer piada com sua indicação: “Na verdade, nem sei se quero ela lá. Ela ia fazer tanto sucesso que o povo iria me esquecer”, brincou.
Caso a direção opte por alguém do elenco, a morena acredita que a melhor escolha seria Joaquim Lopes. “O Joca tem uma energia muito parecida com a minha e já vem me substituindo quando não estou no programa. Ele mandaria muito bem também.”
Apesar do sucesso que vem fazendo no comando do programa, Monica pretende focar em sua carreira de atriz. “Fui para a Globo para isso. Acabei no ‘Vídeo Show’, deu muito certo, mas preciso atuar”, explicou.
A musa de Boninho afirmou que está confirmada no elenco de “Haja Coração”, remake de ”Sassaricando” que irá ocupar a vaga das 19h. “Ia fazer a Tancinha, mas mudaram o personagem. Ainda não sei qual vai ser.”

Camila Queiroz comenta fim de “Verdades Secretas”: “Peguei a dor da Angel para mim”

camila queiroz

Sucesso em “Verdades Secretas” – trama das 23h da Globo –, Camila Queiroz contou que se emocionou com as últimas cenas da novela e com o fim de sua mãe, Carolina, interpretada por Drica Moraes.
“Estou cansada, mas gravando com muito amor e também com dor no coração. Chorei lendo a cena do enterro da Carolina e já cheguei para gravar tocada com a situação. Peguei a dor da Angel para mim”, explicou ao “Blog do Guilherme Araújo”.
Estreante na televisão, a modelo garante que não pretende se afastar tão cedo dos folhetins. A beldade, inclusive, já está confirmada no elenco de “Candinho”, de Walcyr Carrasco, previsto para estrear em janeiro.
“Sempre me dediquei 100% à carreira de modelo e agora quero conhecer cada vez mais a TV. Acho que é uma chance de descobrir mais sobre mim mesma também”, concluiu.

David Gilmour dedicou faixa de novo álbum para o tecladista do Pink Floyd

David Gilmour dedicou uma música de seu novo álbum para o falecido tecladista do Pink Floyd.
O guitarrista de 69 anos de idade - que acabou de lançar o "Rattle That Lock", seu primeiro disco solo desde 2006 - gravou a faixa "A Boat Lies Waiting" para seu ex-companheiro de banda, Rick Wright, que morreu em 2008 devido a um câncer e foi lembrado durante a produção deste CD como uma grande perda de um talentoso músico e amigo.
"Foi uma grande perda e nós ainda estamos muito tristes com isto. Às vezes houve momentos na produção deste álbum que nós tivemos por perto outros tecladistas que são muito, muito bons e nós nos demos bem, mas este é constantemente lembrado", contou em entrevista para o jornal The Sun.
A canção foi escrita há 18 anos, mas Gilmour revelou que não a compartilhou por um longo tempo.
"A parte da música, o 'coração', de 'A Boat Lies Waiting', foi gravada em casa em um piano com um pequeno gravador há 18 anos... Isto leva tempo para ela ganhar uma identidade e ainda estou perplexo com o processo", explicou Gilmour.
Embora o Pink Floyd - também composto por Nick Mason, Roger Waters e Syd Barrett - não entre em turnê novamente, Dave Gilmour sempre terá orgulho do grupo e nunca deixará as memórias serem esquecidas.
"Pink Floyd faz parte de grande parte da minha vida e é algo que sou extraordinariamente orgulhoso. Isto me deu muita diversão e alegria. Nunca fecharei as portas para as minhas lembranças e os tempos que vivenciamos tudo isso. Eu apenas estou dizendo que não voltarei para algo que tenha aquele título", salientou o guitarrista e cantor.
Dave Gilmour passará pelo Brasil para uma série de shows em dezembro: no dia 12, em São Paulo, SP (Allianz Parque), 14 em Curitiba, PR, (Pedreira Paulo Leminski) e a última apresentação será dia 16, em Porto Alegre, RS (Arena Grêmio).
David Gilmour

Xii... Com baixa procura, show de Paula Fernandes é cancelado

Paula Fernandes era esperada para um show em Vitória da Conquista, na Bahia, na noite desta sexta-feira (18), mas o evento foi cancelado na última hora. Tudo porque os ingressos disponíveis não foram vendidos.
Do total disponibilizado pela casa de shows, com capacidade para 3 mil pessoas apenas 120 entradas foram compradas por fãs. "A venda já foi cancelada e o produtor já recolheu os ingressos. Desde que comecei a trabalhar aqui, isso nunca aconteceu", disse um funcionário ao "Blog do Guilherme Araújo".
Em comunicado oficial, a equipe da artista informou que o cancelamento aconteceu por "questões operacionais" e que uma nova data deve ser agendada para o primeiro trimestre de 2016.
"Os clientes que já compraram seus ingressos poderão dirigir-se ao local onde realizaram a compra portando os ingressos para a restituição do valor pago", garantiram.
FAMOSIDADES

PSDB articula impeachment com Temer nos bastidores



O PSDB já articula o impeachment da presidente Dilma Rousseff com o vice Michel Temer.
Contudo, deixou claro que é o PMDB, partido da situação, que precisa liderar o movimento.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, três líderes do PSDB passaram o mesmo recado a Temer: Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso.
Para os tucanos, o partido só deve conduzir o impeachment se for chamado ao debate público. Se isso for feito, não haveria como negar o "pedido de ajuda".
Aécio se encontrou com Temer no último dia 11 e falaram sobre o movimento pró-impeachment. No mesmo dia, Temer recebeu Serra em sua casa, em São Paulo.
Segundo o jornalista Lauro Jardim, da coluna Radar da Revista VEJA, alguns pontos foram acordados dentro do PSDB.
O primeiro: na avaliação majoritária do partido, Dilma ainda tem que sangrar mais alguns meses pelo menos antes do impeachment.
Outro ponto de acordo é que a maioria do partido apoiaria o Congresso no caso de um novo governo, mas não iria buscar cargos na administração federal.
Somente José Serra já deixou claro que quer participar de um eventual governo Temer.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

#AcordaCaraguá

E se meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar e buscar a minha face ,e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus e perdoarei aos seus pecados e sararei a terra.
. II Crônicas 7:14


Vamos refletir

O ontem é historia, o amanhã é mistério, mas o hoje é um presente...

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Crase em título jornalístico suscita dúvida entre leitores

É comum algum leitor questionar a ausência do acento indicador de crase em títulos publicados no jornal. Certamente haverá casos em que a Redação terá cometido um deslize, mas, na maior parte das vezes, tratando especificamente dos títulos, o problema é outro.     
final o leitor quer saber
Antes de prosseguir, não custa lembrar que a crase (do grego “Krasis”, “fusão”) é um fenômeno fonético de fusão de sons vocálicos, que, no português atual, ocorre sobretudo quando a preposição “a” antecede um artigo “a” (ou “as”).
O acento grave serve para assinalar a ocorrência desse fenômeno, portanto, para empregá-lo corretamente, é necessário perceber a presença de dois “aa”.
Dito isso, observemos uma manchete que esteve na “home” do site da Folha:
Brasil escolhe “Que Horas Ela Volta?” para concorrer a vaga no Oscar
Um filme pode concorrer a um prêmio, certo? O verbo “concorrer”, de fato, constrói-se com um complemento introduzido pela preposição “a”. Como todos nós, em algum momento, aprendemos que ocorre crase antes de palavra feminina, seria muito fácil “ligar o piloto automático” e acentuar o “a” de “concorrer a vaga no Oscar”.
Se fizéssemos isso, porém, estaríamos afirmando que só existe uma “vaga” no Oscar e que o referido filme estaria concorrendo a ela. Existem cinco “vagas”, ou seja, cinco obras disputarão o Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro. “Que Horas Ela Volta?” foi a escolha do Brasil para concorrer a uma dessas “vagas”.
Teria sido possível empregar um artigo indefinido (para concorrer a uma vaga no Oscar/ a uma das vagas), mas, nos títulos jornalísticos, frequentemente se opta pela simples omissão do artigo definido. Quando isso ocorre diante de palavra masculina, ninguém se queixa da falta de um artigo (vamos imaginar que o título fosse “Brasil escolhe filme para concorrer a prêmio”), mas, diante do termo feminino, surge a dúvida.
Outro título que suscitou questionamento foi este:
Haddad e FHC mantêm diálogo e chegam a ir juntos a ópera
O caso é semelhante. O jornalista usou “ópera” como gênero musical, como poderia ter usado “concerto” (Haddad e FHC mantêm diálogo e chegam a ir juntos a concerto). Vão juntos a um concerto, não importa qual, portanto sem o artigo definido – o mesmo vale para a ópera, certo?
Sem artigo, sobra apenas um “a”, a preposição, portanto não ocorre a crase.
Essas construções configuram o que se poderia chamar de estilo jornalístico.
Quem lê jornal está habituado a títulos como “Dólar passa de R$ 3,90”, “Lobista aceita fazer delação premiada” etc. Note que “dólar” e “lobista”, que estão no centro da notícia, que são seu foco, aparecem despidos de artigos. Ao mesmo tempo, os verbos das afirmações estão no tempo presente. Com esse recurso, o jornalista chama a atenção do leitor para um fato novo (tempo presente) e ainda não conhecido do leitor (sem artigo).
Isso não significa que não haja situações, mesmo nos títulos, em que o artigo é necessário e não pode ser suprimido.

No Brasil, 1 a cada 5 alunos do 3º ano não está alfabetizado

Ao menos um a cada cinco estudantes no 3º ano do ensino fundamental da escola pública não atinge níveis mínimos de alfabetização em leitura, escrita e matemática. Esse número foi obtido com base nos dados da ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização), divulgados nesta quinta (17) pelo MEC (Ministério da Educação). A ANA é uma avaliação diagnóstica para o Pnaic (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa).
O MEC apresentou os resultados da ANA em percentuais por nível de proficiência (o quanto os alunos sabem): em leitura, 22,21% estão no nível 1 -- o que significa que 1 a cada 5 alunos não está no padrão mínimo. Na área de leitura, 34,46% deles estão nos níveis 1, 2 e 3 de escrita -- ou seja, 1 a cada 3 estudantes não atende o padrão mínimo. Já em matemática, o resultado é mais dramático: 57,07% estão nos níveis 1 e 2. 
Para se ter uma ideia, uma criança que esteja no nível 3 de escrita já consegue escrever uma frase, mas não alcança a produção de um texto. Em leitura, um aluno no nível 1 consegue ler as palavras, mas não compreende o texto. No caso de matemática, o aluno abaixo do nível 4 não fazer contas com números de três algarismos, como 345 + 220.

Parâmetro dos professores

No programa de formação dos professores do Pnaic, os parâmetros são mais modestos -- apesar de a meta ser a excelência, com o nível 4.
Dentro do Pnaic, o aluno que estiver no nível 2 de leitura e de matemática e no nível 3 de escrita são considerados alfabetizados. Esse é o parâmetro utilizado no trabalho de formação dos professores das escolas públicas, segundo a coordenadora da formação de professores do Pnaic em Pernambuco, a professora Telma Ferraz Leal da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e o coordenador no Paraná, Emerson Rolkouski, da UFPR (Universidade Federal do Paraná). 
"Quando se fala em alfabetização, há várias formas de conceber [esse conceito]", diz Telma. Ela explica que, por exemplo, no senso comum, um aluno está alfabetizado quando reconhece as letras e forma palavras -- o que estaria no nível 1 de leitura. No entanto, dentro do Pnaic, há uma concepção de que deve haver leitura e produção de textos num nível mais avançado.
O mesmo vale para matemática: o nível 2 é considerado suficiente. Mas os professores são formados para atingir o nível 4, conta Emerson. "O percentual no nível 4 representa uma parcela que acertou as questões mais difíceis. Um aluno que chegue ao nível 4 é excepcional", diz o professor da UFPR.
A ANA foi aplicada a todos os alunos do 3º ano do ensino fundamental -- ano que finaliza o ciclo de alfabetização nos padrões do governo. O aluno dessa etapa teria oito anos, se não teve reprovação ou não deixou os estudos. Os resultados divulgados nesta quinta são de avaliações aplicadas em 2014 e o MEC cancelou a avaliação de 2015. Segundo a pasta, o cancelamento se deu por motivos pedagógicos. E especialistas chamaram a atenção para certo abandono do Pnaic.

Por 8 votos a 3, STF proíbe doações de empresas a políticos

Depois de um ano e nove meses, o STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu nesta quinta-feira (17) o julgamento da proibição das doações de empresas a candidatos e partidos políticos.
Por 8 votos a três, o tribunal considerou as doações inconstitucionais. A ação que contestou as contribuições empresariais no financiamento político foi movida em 2013 pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com o argumento de que o poder econômico desequilibra a disputa eleitoral.
Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte, a proibição já vale para as eleições municipais de 2016, "salvo alteração legislativa significativa".
Na última quinta-feira  (10), a Câmara dos Deputados derrubou o veto do Senadoe aprovou projeto de lei que permite doações de empresas a partidos, num limite de R$ 20 milhões. O texto seguiu para a sanção da presidente Dilma Rousseff (PT), mas a decisão desta quinta-feira do STF pode levar a presidente a vetar a nova legislação.
Nas eleições de 2014, 70% do dinheiro arrecadado por partidos e candidatos veio de empresas. Pela lei atual, pessoas jurídicas poderiam doar até 2% do faturamento bruto do ano anterior ao das eleições. Pessoas físicas também podem fazer doações, no limite de 10% de seu rendimento. Essa possibilidade foi mantida pelo STF.
O julgamento começou em dezembro de 2013 e foi interrompido duas vezes. Em 2013, o ministro Teori Zavascki pediu vista e, em abril de 2014, o ministroGilmar Mendes fez o mesmo. O julgamento só foi retomado nesta quarta-feira (16). Ontem, Mendes votou pela permissão das contribuições eleitorais das empresas. Também votou favoravelmente o ministro Teori Zavascki e Celso de Mello, o último a votar nesta quinta.
A decisão do Supremo deve ser usada pela presidente Dilma Rousseff para vetar a lei aprovada pelo Congresso na semana passada e que permite doações de empresas para partidos políticos. A petista tem até o dia 30 para avaliar o projeto.

Argumentos a favor de proibir as doações

A ministra Rosa Weber afirmou em seu voto que as doações privadas desequilibram as chances dos candidatos, favorecendo aqueles que conseguem mais contribuições empresariais. "É de rigor, pois, concluir, que a influência do poder econômico transforma o processo eleitoral em jogo político de cartas marcadas", afirmou Weber.
Já a ministra Cármen Lúcia, que também votou nesta quinta-feira, acompanhou o relator no julgamento da inconstitucionalidade das doações, e usou um argumento defendido por outros ministros, de que as doações levam a um "abuso" do poder econômico nas eleições, proibido pela Constituição. "Se não há regras expressas [na Constituição], considero que o espírito da Constituição me leva a pedir vênia dos votos divergentes para acompanhar o relator", afirmou Lúcia.
Em 2013, quatro ministros já haviam votado a favor de mudar a lei e proibir o financiamento por empresas. Foram eles: Joaquim Barbosa (que já se aposentou da Corte), Luiz Fux, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.
E, em abril de 2014, os ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski também votaram contra a doação por empresas. 
"No Brasil, os principais doadores de campanha contribuem para partidos que não têm identidade política e se voltam para obtenção de acordos com o governo. As empresas investem em todos os candidatos que têm chance de vitória", afirmou Marco Aurélio ao votar. 
"O financiamento fere profundamente o equilíbrio dos pleitos, que nas democracias deve se reger pelo princípio do 'one man, one vote' [um homem, um voto].", disse Lewandowski.
"O financiamento público de campanha surge como a única alternativa de maior equilíbrio e lisura das eleições. Permitir que pessoas jurídicas participem do processo eleitoral é abrir um flanco para desequilíbrio da dicotomia público-privada", afirmou Dias Toffoli.
"O papel do direito é procurar minimizar o impacto do dinheiro na criação de desigualdade na sociedade e acho que temos uma fórmula que potencializa a desigualdade em vez de neutralizá-la", disse Luís Roberto Barroso.

Argumentos contrários à proibição de doações

"O que a Constituição combate é a influência econômica abusiva", disse o decano Celso de Mello. "Entendo que não contraria a Constituição o reconhecimento da possibilidade de pessoas jurídicas de direito privado contribuírem mediante doações a partidos políticos e candidatos, desde que sob sistema de efetivo controle que impeça o abuso do poder econômico", afirmou o ministro.
Em complemento ao seu voto nesta quinta-feira, Zavascki voltou a afirmar que não há na Constituição a proibição expressa às doações empresariais. No entanto, o ministro defendeu que o STF proponha a proibição de doações de empresas com contratos com o poder público e que doem a candidatos rivais. "É possível afirmar que certas vedações constituem em decorrência natural do sistema constitucional", afirmou o ministro.
Gilmar Mendes, por sua vez, fez um voto duro, com muitas críticas ao PT, partido da presidente Dilma Rousseff. Em seu voto, o ministro argumentou que a proibição das doações empresariais tornaria necessário o financiamento público, feito com recursos do governo, de gastos elevados das campanhas. Ele também argumentou que a proibição "asfixiaria" os partidos de oposição. "Nenhuma dúvida de que ao chancelar a proibição das doações privadas estaríamos chancelando um projeto de poder. Em outras palavras, restringir acesso ao financiamento privado é uma tentativa de suprimir a concorrência eleitoral e eternizar o governo da situação", declarou.