Chegou ao meu conhecimento que uma pessoa que tem um programa em um emissora de radio aqui em Caraguatatuba, estava criticando e falando que os blogueiros não tem ética ao divulgar materiais nos meios de comunicação... É lamentável ouvir este tipo de comentário, e digo mas, se este senhor por acaso usou o nome do Blog do Guilherme Araújo (http://blogdoguilhermearaujo.blogspot.com.br/) em seus comentarios, eu quero deixar claro que o Sr. Guilherme Araújo não usa o Blog do Guilherme Araújo ou a Radio Caraguá Mix (http://www.radiocaraguamix.com/) para se alto promover financeiramente. Dinheiro é bom e eu gosto muito, mas dinheiro do povo e tirado da forma em que vc tira é roubo.
O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
domingo, 22 de junho de 2014
CAMPOS: PETISTA NO RIO, TUCANO EM SP. TEM LÓGICA?
Autodenominado candidato da terceira via, responsável pela instalação da "nova política" no país, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) recorreu aos dois partidos cuja polarização diz querer romper para se firmar em coligações competitivas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
No Estado mais importante do país, Campos indicará o candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin, que se conseguir ser alçado à reeleição, dará ao tucanos 24 anos de poder ininterruptos em São Paulo. Já no Rio, Campos indicou o candidato ao Senado, numa chapa com o petista Lindbergh Farias.
As duas movimentações do ex-governador de Pernambuco se dão após a sua companheira de chapa, a candidata a vice, Marina Silva, não conseguir impor seus candidatos. Era desejo dela que o PSB lançasse candidatos próprios ou apoiasse candidaturas alinhadas a ela.
Em São Paulo, o cenário ideal para ela era o lançamento da deputada federal Luiza Erundina, que descartou qualquer hipótese de candidatura. Outros nomes da preferência de Marina eram os do deputado Walter Feldman, seu aliado na criação do Rede Sustentabilidade, e do vereador Ricardo Young, do PPS. Mas o projeto não decolou. Campos preferiu ficar com Alckmin e indicar o candidato a vice, que tende a ser Márcio França, presidente da legenda em São Paulo.
Já no Rio, Marina queria que o PSB apoiasse Miro Teixeira, pré-candidato a governador do Pros. Mas ele desistiu ontem da disputa, alegando que foi ignorado por Campos. Assim, abriu-se caminho para o PSB indicar o deputado federal Romário para ser candidato a vice na chapa encabeçada pelo PT.
Com as duas opções de Campos, esperava-se que Marina fosse chiar. Mas não. Ela apenas afirmou que "não há problemas nas escolhas" do aliado. Mas não deixou de fazer uma crítica sutil: "ele ficará responsável pela escolha". Soou como um "lavar as mãos". Se der errado, Marina não quer que tais decisões pesem no seu colo.
A pouco mais de uma semana para finalização das coligações, Campos sente a pressão de ter que fincar palanques em Estados do Sudeste. Foi pelo caminho mais fácil, o do pragmatismo, que parecia querer abandonar quando falou em "nova política". Para quem deseja se firmar como terceira via, as opções pelo PT e pelo PSDB em dois Estados muito importantes soam contraditórias.
Parabéns, precisamos de homens como vc na politica
Galera, agora é oficial, fui democraticamente escolhido pelo meu partido para concorrer ao Senado pelo estado do Rio de Janeiro. Hoje é um dia de muita alegria, porque sei que isto é fruto da confiança de vocês, conforme apontam as pesquisas. Será uma caminhada dura até a eleição, a primeira vitória foi conquistada hoje, conto com o apoio de todos vocês para alcançarmos uma nova vitória no dia da eleição.
O PSB elegeu uma nova executiva e, conforme havia sido acordado, encerro minhas atividades como presidente estadual da legenda. O deputado Glauber Braga é o novo presidente do partido no estado. Desejo-lhe uma boa gestão e êxito na condução da candidatura de Eduardo Campos e Marina Silva à presidência da República.
Cadê o Secretario Municipal de Esportes de Caraguatatuba que ainda não viu esta situação?
Como são as coisas, enquanto o Secretario Municipal de Esportes de Caraguatatuba Nivaldo Alves esta andando com o vice-prefeito Antonio Carlos da Silva Junior - PSDB o campo do bairro do Ipiranga encontra-se totalmente abandonado. Mas esta farra vai acabar.
sábado, 21 de junho de 2014
Exibida no lugar do 'Jô', 'Revenge' faz crescer audiência na Copa
EMILY VANCAMP EM CENA DE 'REVENGE'
“Revenge”, exibida no lugar do “Programa do Jô” durante a Copa, fez crescer a audiência da faixa. Na primeira semana (9 a 13 de junho), a série teve média de seis pontos no Rio, um aumento de um ponto. Em São Paulo, cravou seis, dois a mais do que o alcançado nas semanas anteriores.
Números
Entre 9 e 15 de junho, os 20 programas mais vistos da TV no Rio são da Globo. Os primeiros, na ordem: a estreia da Copa (38 pontos); “Em família”(37) e o “Jornal Nacional” (32).
Pingos nos is
Fausto Galvão liga para corrigir: ele é supervisor de texto de “Mar salgado”. Inês Gomes é a autora portuguesa da novela da SIC.
Procrastinação
Como tudo atualmente, só sairá depois da Copa a decisão sobre a novela que sucederá a “Chiquititas” no SBT. Por conta do Mundial, as negociações com a Televisa estão praticamente paradas. O SBT adaptará uma produção da mexicana. As mais cotadas são “Carinha de anjo” e “Patinho feio”.
PEDRO BIAL
É sábado, dia da gravação do “Na moral” no Projac. A pauta, a identidade nacional, reuniu do ator Tony Ramos ao economista Eduardo Giannetti, sob a direção de José Lavigne. O programa vai entrar na terceira temporada encadeando mais os temas e elementos de cena. Por exemplo, Pretinho da Serrinha foi a presença musical. Agora, essa presença é mais participativa do que decorativa, como acontecia em temporadas anteriores. Os assuntos tratados também serão aparentados: racismo e justiça estão entre os próximos. O espírito da coisa, porém, está mantido: a ideia é expandir os limites da discórdia, exercitando o debate, levando para o palco o paroxismo do exercício da democracia. Abraçar vertentes diversas, do extremo popular à discussão mais intrincada, é, afinal, especialidade de Pedro Bial, apresentador e responsável pelo roteiro final do programa, figura de frente do “Big Brother Brasil” e prestes a estrear como autor de teatro com “Chacrinha: O Velho Guerreiro”. Chacrinha, aliás, foi uma presença incorpórea na gravação. Três horas mais tarde, depois do acalorado debate que o público verá na noite de 3 de julho na Globo, Bial falou de seu trabalho na TV e no teatro e desabafou sobre os ataques de que é alvo por causa do reality no ar há mais de uma década.
Nessa terceira temporada, o “Na moral” terá menos episódios. Qual é o efeito no programa?
Faremos sete edições até o início da campanha eleitoral, que vai ocupar o horário. A primeira temporada teve nove, a segunda, 13. Por um lado é pena, por outro, muito bom, porque os temas terão correlação mais estreita, a temporada pode ficar mais orgânica. Vamos começar com identidade nacional, depois falaremos de outras questões que têm a ver com isso, como racismo e justiça. O “Na moral” vai chegando, e eu fico nervoso, não durmo bem há uma semana pensando no programa. Acordo no meio da noite com alguma ideia. O programa é um palco de debates de assuntos que em geral são discutidos na TV a cabo. Trazemos isso para um ambiente popular. Precisamos também morder a concorrência, claro. Os programas de debate meio que desapareceram da TV aberta, não sei por quê.
Não seria talvez porque as pessoas repetem as mesmas opiniões socialmente aceitáveis e falta sinceridade?
Essa falsa etiqueta precisa ser quebrada. A virulência dos debates está monopolizada e deformada pelas redes sociais. Quando mostra a cara, todo mundo posa de comportado. Seremos contundentes, buscamos isso. O melhor elogio que eu recebi para o “Na moral” foi da Cláudia Abreu, que participou da edição sobre aborto. Estávamos numa mesa com um ator que eu queria convidar para o programa. E ela argumentou para me ajudar: “O programa é ótimo, porque lá as pessoas falam tudo mesmo”. É isso que perseguimos. Fica bom quando a pessoa não faz uma abordagem intelectual apenas e fala com o coração, quando faz um desabafo sobre o tema. Isso aconteceu quando o Pedro Cardoso participou da discussão sobre privacidade. Falar com raiva também é bom. Raiva não é feio, não. E discordar de alguém não é ofender.
Falta a cultura da discórdia?
Sim. Fui gravar chamadas na rua e você sente todo mundo embriagado pela liberdade que a democracia oferece. É a liberdade de xingar a presidente no estádio. Mas esquecem que difícil é garantir as diferenças, promovê-las, ouvir o que você não quer ouvir, dar voz a quem você detesta.
Você está dizendo, portanto, que vozes como a da âncora do SBT Rachel Sheherazade são positivas?
Se ela não estivesse em outra emissora, certamente seria convidada para o “Na moral”. Ela representa o pensamento de parte significativa dos brasileiros. No ano passado, quando convidei o pastor Silas Malafaia para uma edição, houve resistência da equipe. Mas acho que todos devem ser incluídos no debate, comprometidos com o jogo democrático. Às vezes tenho que engolir em seco, respirar e ouvir coisas com que não concordo. Diagnósticos de Brasil opostos a tudo o que eu penso. E ainda peço à plateia para aplaudir. Muitas e muitas vezes.
Uma das edições da temporada será ao vivo, sobre o homem digital. Foi o “BBB” que te forneceu segurança pra fazer ao vivo? Não dá medo?
O “BBB” me deu a cancha de fazer o ao vivo não controlado, em que erros podem acontecer, e acontecem. Ora, ninguém vai ao circo para ver o acrobata acertar. Acho que TV é para ser ao vivo, fica 300 vezes mais quente. É a diferença entre a rádio AM e a FM.
Você participa dos fóruns que Carlos Henrique Schroder (diretor-geral da Globo) criou. O que isso significa?
Significa repensar a televisão e avançar. Desde 2013, a direção decidiu atiçar seus criadores. Avancem, ousem! É o que a gente ouve. É uma delícia, né?
Voltando ao programa gravado de hoje, o palco estava festivo, com moças dançando e um carnaval. Nos bastidores você estava com uma cartola de Chacrinha, mas não usou. Por quê?
Foi a roteirista Fernanda Scalzo quem propôs aquele clima chacrinhesco para esquentar. Ela sabe que eu ainda estou com isso na cabeça. Fiz o primeiro tratamento da peça, que está prevista para o fim do ano. Também fui convidado para fazer o roteiro do filme (que deve ser rodado no ano que vem) e está tudo acertado verbalmente, mas ainda não assinei.
O que foi mais difícil?
Me surpreendi ao escrever os diálogos, que, achei, não conseguiria, mas não foi tão difícil, está quase bom (risos). Mas tive pudores sobre até onde ir na rubrica. Não é uma peça, é um musical, então o diretor tem que entrar muito também.
Você participou da escolha do diretor (Andrucha Waddington)?
Não, mas apoiei muito, ele é meu amigo e vai fazer muito bem. Pretendo participar de tudo o que puder, assistir aos ensaios... Se essa coisa der certo, não pretendo parar por aqui. Adorei.
Você já quis ser ator?
A Aniela (Jordan, produtora do espetáculo) brincou que eu poderia interpretar o Chacrinha. Essa chance para mim já passou. Estudei no Tablado, mas parei quando meu pai morreu. Eu era adolescente, fui jogar basquete. Só que me sinto muito próximo do teatro. Meu pai foi ator, contrarregra, diretor de cena. Foi esse trabalho dele que me permitiu estudar no Colégio Santo Inácio, ter uma boa educação. Ele fazia a ronda dos teatros para conferir o borderô e me deixava esperando no Teatro João Caetano inúmeras vezes. Por isso, sei de cor as letras, em português, de “Hello Dolly”. Agora, 50 anos mais tarde, “Chacrinha — O Velho Guerreiro” vai ser encenada lá. Uma emoção muito grande. Por causa do meu pai, me sinto muito mais do que um espectador no teatro, sinto que pertenço àquela gente.
Qual é o lugar do “Big Brother” na sua vida?
Ano que vem faremos uma edição que vai surpreender muito. O processo de seleção está sendo feito, e participo pela primeira vez. Não vamos reinventar o programa. A virtude dele é justamente a simplicidade. Mas a seleção está diferente. Vai ter mais gente com jeito de gente comum, menos modelos.
Você gosta mesmo de fazer o programa?
Gosto. E como somos muito atacados (ele se refere à equipe inteira), formamos um grupo coeso. É uma equipe contra todos. Claro que, depois de 14, 15 anos, recorro a toda a minha imaginação para me encantar e me mobilizar com aquele universo. Consigo sempre. Na minha vida, tenho uma história para contar: fiz parte de um fenômeno da TV brasileira. Eu me orgulho. Mas fico, sim, machucado e triste de tanto apanhar. É desproporcional. Entendo que odeiem o programa, mas, por isso, quererem destruir tudo? É uma interpretação pobre. Porque fui correspondente e fiz isso e aquilo, o fim da Cortina de Ferro e tudo o mais, é menos nobre apresentar o “Big Brother”? É só um programa de entretenimento, gente.
Você lê os ataques que lhe são dirigidos na internet?
Não leio, não quero saber. Sempre fui desenturmado, sem jeito para o traquejo social. Continuo sendo dessa maneira.
Falam que você ficou rico com o “BBB”. É verdade?
Na primeira edição, com a Marisa Orth, ganhei tão mal que na segunda me pagaram retroativo. Nos primeiros anos, não ganhava bem para fazer. Era quase por amor. Espírito de missão. A Globo me chamou, eu fui. Infelizmente, não fiquei rico. Ainda ganho menos do que mereço.
Você não faz publicidade por quê?
Falta de convite. Ainda não apareceu na minha vida um Friboi ou uma Seara.
Pacote de repetição
O governo anunciou mais do mesmo que veio distribuindo à indústria nos últimos anos e que, até agora, não garantiu o crescimento do setor nem manteve a economia em crescimento. O mandato da presidente Dilma Rousseff está chegando ao final com baixa confiança dos empresários na economia e um crescimento pífio na média dos quatro anos.
As medidas anunciadas na quarta-feira, depois de uma reunião a portas fechadas com os empresários, foram tão previsíveis que impressionaram. Até o último minuto imaginava-se que novo passe seria tentado em campo, mas foi o mesmo jogo já jogado. Foi um pouco mais de cada uma das medi- das conhecidas e anunciadas em outros pacotes.
Mais uma pitada de Reintegra, programa em que os exportadores recebem um percentual em dinheiro do que pagam de impostos para exportar; mais um tempo do PSI, que é dinheiro barato do BNDES para a compra de máquinas, equipamentos e caminhões; mais um percentual e novo prazo para as compras governamentais com sobrepreço. Além da reapresentação do programa de pagamento de dívidas tributárias à prazo.
Ambição zero. Nenhuma proposta para enfrentar os problemas estruturais. Dado o adiantado da hora de um mandato que tem mais seis meses, tudo o que o governo fez foi avançar sobre o período seguinte e garantir que os presentes valerão também para 2015. Quem estará no comando no ano que vem é o eleitor que dirá, por isso, foi ato de campanha reunir-se para prometer o que se fará a partir de janeiro.
A proposta de nas suas rência ao produto nacional, mesmo se for 25% mais caro, já existia — como tudo do pacotinho —, mas foi engordada. A ideia tem o defeito de incentivar a ineficiência, o sobrepreço pré-autorizado, e, além disso, pode nos criar problemas na Organização Mundial do Comércio (OMC).
O PSI é uma contradição no próprio nome. Está em vigor há tempos, chama-se Programa de Sustentação de Investimento, mas não tem sustentado o investi- mento. Incentivou um pouco compras de má- quinas e de caminhões, mas principalmente serviu para transferir recursos subsidiados para as empresas, sem que seus efeitos tenham aparecido nos dados da taxa de investimento do país. Ela tem caído.
O ministro da Fazenda não sabia dar detalhes, mostrando que o pacote foi preparado às pressas para atender à determinação do ex-presidente Lula de que o governo Dilma melhorasse o diálogo com o empresariado, que estaria muito agastado com o governo.
Na verdade, os investidores estão inseguros por bons motivos. Não se sabe qual é o preço futuro da energia. Não foi debelada a inflação, mesmo após um ano de elevação dos juros. Há preços represados que terão que ser corrigidos, e isso dificulta o trabalho do Banco Central. O governo disse que tinha inventado uma fórmula nova de crescimento — a nova matriz macroeconômica — e, se ela existe, ninguém sabe, ninguém viu. O país cresceu muito pouco nos últimos quatro anos. Não houve reformas nem há movimento na direção de mudanças estruturais que enfrentem obstáculos que estão há muito tempo impedindo o crescimento sustentado da economia. A logística não melhorou; o pagamento de impostos continua sufocante, principalmente pela complexidade dos tributos; os gastos públicos continuam em alta, o que indica mais impostos à frente.
Os empresários saíram dizendo que melhor isso que nada. Claro, quem não gostaria de saber que o maior comprador do país, o governo, aceita pagar 25% a mais pelo seu produto do que o valor cobrado pelo seu competidor estrangeiro? Quem não gosta de mais prazo para pagar dívidas ou menos juros em novos créditos oferecidos pelo banco estatal?
O problema é que nada disso destrava a economia ou restabelece a confiança empresarial. Todos os índices de expectativas estão em níveis baixos. Há razões antigas para a descrença, mas as mais emergenciais são a inflação represada e o temor do preço da energia. O governo tem evitado falar em público sobre o fato de que as distribuidoras precisarão de nova ajuda, que terá que ser paga, ao fim das contas, pelo consumidor na conta de luz, da mesma forma que o empréstimo de R$ 11,2 bilhões que elas já receberam. Incertezas assim não desaparecem com uma reunião a portas fechadas com alguns empresários, nem com a reciclagem de medidas já existentes.
Estilhaços argentinos
Os erros que a Argentina cometeu foram para segundo plano. O pior agora é o erro da Suprema Corte americana em relação aos argentinos. Uma sombra a mais de incerteza cobrirá todos os processos de reestruturação de dívida no mundo. E eles acontecem em qualquer país, como se viu recentemente na Europa. A Justiça americana está incentivando o conflito oportunista.
No calote de 2005, a Argentina, de forma agressiva, impôs aos credores uma perda de 70% do valor dos papéis. E o ex-presidente Néstor Kirchner fez de tudo uma bravata populista. Esse foi o erro deles. Na época, 93% dos credores aceitaram o acordo, porque era aquilo ou nada, mas 7% não aceitaram. Desses 7%, apenas 10% venderam, em 2008, os papéis para fundos especialistas em brigas na Justiça, ou seja, 0,7% do total da dívida.
Os fundos que a presidente Cristina Kirchner chama de abutres vêm litigando na Justiça americana e agora ganharam o aval da Suprema Corte. Depois da negociação de 2010, a Argentina começou a pagar aos credores. Depositaria em 30 de junho uma parcela de US$ 900 milhões, mas a ordem judicial é para que esse dinheiro seja arrestado para pagar aqueles 10% de credores dos 7% que não fizeram acordo. E eles têm a receber US$ 1,3 bilhão.
A Argentina está encurralada, porque, se não pagar, estará em nova moratória; se pagar, o dinheiro não irá para os credores que de boa fé aceitaram o acordo, mas para os mais espertos dos especuladores. Se pagar os US$ 2,2 bilhões, tendo apenas US$ 26 bi de reservas, abre a possibilidade de os demais, que não entraram no acordo, exigirem o mesmo. Os que entraram na negociação também podem pedir o mesmo tratamento e isso desmontaria todo o edifício.
O governo de Buenos Aires oscilou nos últimos dias, mas ontem admitiu que foi à Justiça americana procurando o juiz que deu a primeira sentença e pediu condições de pagar. Pela primeira vez, aceita pagar aos fundos abutres. Internamente, estava dizendo que não pagaria.
A ideia de tentar fugir da jurisdição americana, que a presidente Kirchner imaginou inicialmente, era impraticável. Ela não conseguiria até o dia 30 levar 100% dos credores que fecharam o acordo para uma nova troca de títulos dentro das leis argentinas.
O que preocupa todo mundo, do governo brasileiro ao Fundo Monetário Internacional, é o fato de que essa decisão da Suprema Corte abre um precedente com reflexo em qualquer processo de renegociação de dívida que ocorra daqui em diante. É sempre traumático e complexo. Agora piorou porque os credores foram incentivados a ficarem de fora dos processos para brigar na Justiça, com a esperança de um dia receberem o valor integral de papéis que perderam valor nas crises soberanas.
O Brasil viveu uma crise angustiante na década de 1980 e 1990 com a dívida contraída pelos militares. O embaixador Jório Dauster pediu, em comentário postado no blog, que eu registrasse aqui que ele é que tirou o país da moratória, ao negociar os IDUs (juros devidos e não pagos) de US$ 8 bilhões. Foi o ex-ministro Pedro Malan, no entanto, quem fez o grande trabalho da negociação da troca da dívida velha caloteada por novos papéis e encerrou a moratória brasileira.
O nosso processo foi bem sucedido, porque não partiu de bravata, mas sim de uma negociação com oferta de opções aos credores. A Argentina escolheu o confronto e se deu mal. O maior temor agora é que o resultado final aumente a incerteza em relação a qualquer problema de país devedor daqui em diante. Até a França, que sedia o Clube de Paris, onde dívidas soberanas são renegociadas, entrou na Corte ao lado da Argentina.
Justiça e Política: Encruzilhadas de Joaquim Barbosa
“Pessoal, familiar e empresarialmente, sobretudo em política, não se pode ser absorvido por bugigangas. Quem só cuida de coisas pequenas, torna-se pequeno. A ninharia é o ofício do pigmeu e o venenoso terreno dos répteis e das fofocas”.
(Ulysses Guimarães, uma das 100 frases recolhidas e selecionadas por dona Mora, publicadas no livro “Rompendo o Cerco”)
Diante da notícia da renúncia, esta semana, do ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, aos encargos de todas as execuções penais do Mensalão e dos demais processos vinculados à Ação Penal 470, é inevitável relembrar ensinamentos do Decálogo do Estadista. Refiro-me, evidentemente, aos mandamentos da notável criação do deputado Ulysses Guimarães, publicados no livro “Rompendo o Cerco”.
Editado pela Paz e Terra em 1978, portanto nos anos de fogo do combate democrático à ditadura em seus estertores , logo em seguida ao histórico episódio dos cães e das baionetas para reprimir o ato comemorativo do 1º de Maio, em Salvador, com as presenças de Ulysses e Tancredo. Trata-se, ainda, de leitura mais que recomendada.
Principalmente neste tempo confuso e temerário de futebol misturado com jogos de poder. Encruzilhadas políticas, jurídicas e de muitos outros tipos mais, que se embaralham no País e apontam para caminhos contraditórios e ainda insondáveis.
Ao decidir afastar-se dos encargos do processo AP470 e de aplicador das penas aos réus condenados do Mensalão, o ministro Barbosa assinou um documento com graves considerações.
Começa por afirmar que "vários advogados" que atuam nas execuções penais do processo, sem precedentes na história da justiça brasileira, deixaram de se valer de argumentos jurídicos e passaram a atuar "politicamente" na esfera pública, com insultos pessoais contra o relator.
"Assim, julgo que a atitude juridicamente mais adequada neste momento é afastar-me da relatoria de todas as execuções penais oriundas da AP470 (Mensalão)", anunciou o ministro no documento de renúncia, produzido às vésperas de Joaquim Barbosa deixar o comando da Suprema Corte de Justiça do Brasil e o próprio exercício profissional, em razão de aposentadoria precoce anunciada para o fim deste mês de junho.
Entre a política e a justiça, uma encruzilhada e tanto se anuncia para o futuro de um dos mais polêmicos e notáveis homens públicos do País na atualidade.
O Nono Mandamento do Decálogo do Estadista, segundo Ulysses, é AUTORIDADE. Está escrito no livro que este é um atributo inato. É consubstancial ao político e ao homem público. "A competência funcional é dada pelo cargo, a autoridade é pessoal, o homem público é gratificado por ela. É imantação misteriosa e sedutora, irresistível, temperada de respeito e admiração. Homem iluminado pela autoridade é visto por todos, ouvido por todos, onde está é pólo de atração" , diz o enunciado do mandamento.
No livro "Rompendo o Cerco", o autor dá exemplos concretos. - Quando o presidente de Portugal, Craveiro Lopes, visitou o Brasil, conta Ulysses, sua esposa me disse que em concorrida reunião no Palácio São Bento, em Lisboa, de repente "sentiu", embora sem vê-lo, que na sala entrara alguém. "Era o presidente Juscelino Kubitscheck que acabara de chegar".
Líder da oposição ao Governo Ademar de Barros, em São Paulo, Ulysses conta que foi ao Rio de Janeiro com Marcondes Filho, presidente do Senado. Juntos foram ao Catete. Quando saiu do gabinete do presidente Café Filho, o senador Marcondes estava furioso: "Já disse ao Café Filho, que presidente da República também é ritual. Ele não pode admitir a liberdade a que se deu o senador Georgino Avelino, dependurando-se em seu ombro. Com Getúlio Vargas ninguém teria essa coragem", desabafou o então presidente do Senado.
"É o poder de comandar com o olhar. A autoridade promove a pessoa em autoridade", assinala Ulysses Guimarães, ao finalizar o enunciado do nono mandamento de seu decálogo.
E o que diabos isso tem a ver com a renúncia, esta semana, do relator do Mensalão e a saída do ministro Joaquim Barbosa da presidência da Corte Suprema , anunciada para os próximos dias?
Pergunto e arrisco uma resposta: tudo ou quase nada, a depender do que virá depois de sua saída no comando e nas atitudes da Corte e da política brasileira. Dependerá, também, evidentemente, dos próximos passos de Barbosa diante das encruzilhadas postas agora em seu caminho.
Em tempo: O primeiro mandamento do Decálogo do Estadista é CORAGEM
Depois da Copa, a guerra
O sinais são bem claros: Rui Falcão, presidente do PT, diz que as eleições de outubro serão as mais difíceis que o partido já enfrentou, enquanto Lula avisa que a campanha será uma guerra. Há outras declarações de petistas graduados no mesmo tom.
Mas essas resumem o que vem por aí. Há um nítido tom de ameaça de desestabilizar o país. Mesmo assim, Dilma Rousseff continua perdendo pontos nas pesquisas, não obstante estar abrindo a caixa de bondades para melhorar sua imagem.
A campanha, a rigor, não começou. Há manifestações nas redes sociais, mas o grosso do eleitorado só tomará conhecimento quando chegar à TV aberta. Por enquanto, na chamada periferia, onde está a maioria pouco se conhece do candidato da oposição.
O uso do singular decorre do fato de, até aqui, entre os candidatos competitivos, só há mesmo o do PSDB, Aécio Neves. A chapa do PSB, Eduardo Campos-Marina Silva, não pode assim ser classificada. Faz oposição a Dilma, não ao sistema que representa.
O discurso do PSB é mais ou menos o seguinte: Lula entregou um país em ordem para Dilma, que o estragou. Não por acaso, os dois integrantes da chapa foram ministros de Lula. Faz sentido defendê-lo. Só não dá para iludir. João Pedro Stédile, o chefão do MST, já declarou que, com o PSB, nada muda, mas com Aécio haverá forte reação dos movimentos sociais.
Falta pouco para que o PT oficialize a chapa Dilma Roussef-Michel Temer. Permanece, porém, a dúvida: confirmando-se a tendência de queda de Dilma, irá o partido arriscar-se a concorrer com ela? Parte do PMDB, o mais pragmático dos partidos, já decidiu debandar, por sentir que o barco está fazendo água.
Orgia partidária
Os últimos dias para a definição das coligações partidárias estão produzindo um quadro esquizofrênico de alianças que tem na união do PSB com o PT no Rio de Janeiro seu melhor exemplo.
Um candidato petista regional tendo o apoio de um candidato de oposição a nível nacional é uma mistura explosiva. Houve até quem pensasse num primeiro momento que a coligação seria um sinal de que há nos bastidores uma reaproximação entre Eduardo Campos e o PT, já que Lula, e não Dilma, é o fiador da candidatura de Lindbergh ao governo do Rio.
Mas essa teoria da conspiração esbarra no acordo feito pelo mesmo Eduardo Campos em São Paulo, apoiando Geraldo Alckmin do PSDB. Não é à toa que o Rio de Janeiro é o palco de alianças heterodoxas, como a que já existe na informalidade entre o PMDB e o PSDB.
Essa união, aliás, só não se oficializa por que o DEM insiste na candidatura de Cesar Maia, mais por respeito à história do ex-prefeito do que por uma estratégia eleitoral. A união com o PT do Rio terá pouca importância para o PSB, ao contrário da coligação armada em São Paulo, que dará o lugar de vice do governador Geraldo Alckmin ao partido, com o potencial de vir a governar o estado caso Alckmin se reeleja e ao final do mandato se desincompatibilize para disputar outro cargo.
No Rio, o candidato ao Senado será o deputado federal Romário, que com a desistência de Jandira Feghali passa a ser o favorito para a vaga, numa disputa acirrada com o ex-governador Sérgio Cabral, que pode até mesmo desistir da candidatura devido a esse quadro novo que se desenha.
Em nenhum dos dois casos, no entanto, o número 40 do partido poderá aparecer na propaganda de rádio e televisão, o que garante a primazia para a presidente Dilma no Rio e para Aécio Neves em São Paulo.
Brasil, 1994, é tetra; 2002, é penta
Quartas de Final da Copa de 1986 disputada no México. O Brasil vinha de três vitórias: 1 x 0 (Espanha), 1 x 0 (Argélia) e 3 x 0 (Irlanda do Norte). Ganhava de 1 x 0 da França quando Platini empatou o jogo. Nos pênaltis, o Brasil seria desclassificado. Ficou em quinto lugar na Copa. Narração:José Carlos Araújo, Rádio Globo
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Estádio da cidade do México, 29 de junho. A Argentina chegava pela segunda vez a uma final da Copa. Derrotou a Alemanha por 3 x 2. Aos 10 minutos do segundo tempo, Valdano fez o segundo gol argentino. Narração: (?), Rádio (?)
Ouça aqui
Copa de 1990 na Itália. Após duas vitórias sofridas contra Suécia e Costa Rica, o Brasil joga melhor, mete quatro bolas na trave, mas só consegue fazer um gol na fraca seleção da Escócia. Aos 33 minutos do primeiro tempo, Muller marca com a ajuda de zagueiro escocês. Narração: Fiori Giglioti, Rádio Bandeirantes.
Ouça aqui
O Brasil foi desclassificado pela Argentina (1 x 0). A Alemanha é tri derrotando a Argentina na final com um pênalti que não existiu. Essa Copa consagrou o futebol defensivo. Dos 115 gols marcados, 52 foram de bola parada.
Copa de 1994 nos Estados Unidos, 17 de julho. Depois de exibir um futebol defensivo, o Brasil empata com a Itália em 0 x 0 na final e ganha na disputa de pênaltis. É tetra! Tafarel pega dois pênaltis e Bagio desperdiça um. Narração: Eder Luiz, Rádio Bandeirantes.
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1994 – Romário ergue a taça do tetracampeonato
Paris, 10 de junho de 1998. O Brasil estréia contra a Escócia e vence por 2 x 1 O primeiro gol foi do zagueiro César Sampaio, aos quatro minutos do primeiro tempo, com o ombro. Narração: (?), Rádio (?)
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Cafu tenta chutar, é travado e um defensor escocês acaba fazendo gol contra aos 30 minutos do segundo tempo. O jogo estava empatado. Narração: (?), Rádio: (?)
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Paris, 12 de julho. De cabeça, aos 27 minutos do primeiro tempo, Zidane faz o primeiro gol dos três com que a França derrotou o Brasil e ganhou a Copa. Narração: Dirceu Marchioli, Rádio Bandeirantes.
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O técnico Zagallo pede desculpas pelo título perdido. Rádio Bandeirantes.
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Lídio Toledo, médico da Seleção, explica a convulsão sofrida por Ronaldo e que abalou a seleção no jogo contra a França. Rádio Bandeirantes.
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Copa de 2002 no Japão e Coréia . Depois de ganhar os quatro primeiros jogos, o Brasil enfrenta a Inglaterra. Era seu teste de fogo. Ronaldinho Gaúcho marcou de falta o primeiro gol aos quatro minutos do segundo tempo. Narração: José Silvério, Rádio Bandeirantes.
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Yokohama, 30 de junho. Na falha do goleiro alemão Oliver Khan, Ronaldo marca o primeiro gol do Brasil na final da Copa. Narração: José Silvério, Rádio Bandeirantes.
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Em rápido contra ataque aos 34 minutos do segundo tempo, Ronaldo faz 2x0 e garante o penta para o Brasil. Narração: José Silvério, Rádio Bandeirantes.
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2002 – Luiz Felipe Scolari, o comandante do penta
(Os áudios dos 53 lances históricos de Copas do Mundo que começaram a ser oferecidos desde a última quinta-feira fazem parte do acervo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão e do jornalista esportivo Thiago Uberreich)
Mais amor no coração
Articuladores políticos da presidente Dilma avaliam que o tom da campanha subiu e que o governo, com obras e ações para mostrar, não precisa descer o nível como os adversários têm feito. Acreditam que a presidente-candidata se beneficia mais se o debate se mantiver no campo programático. Outra ala, no entanto, defende que o jogo tem de ser jogado abaixo da linha da cintura.
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