As Ciclofaixas de Lazer, que ficaram famosas por transformar as avenidas paulistanas em pistas para bicicletas nos domingos e feriados nacionais, como a Sexta-Feira Santa, estão se espalhando pelo País. Capitais e cidades do interior estão adotando o modelo como opção de lazer e atividade física. Outras estão planejando iniciar em breve a operação de eventos similares aos que acontecem em São Paulo desde 2009.
Esse é o caso de Brasília e Rio. Na capital federal, um trajeto de cerca de 7 km pelo Eixo Monumental já foi testado experimentalmente em dezembro e em março deste ano e deverá ser inaugurado definitivamente em breve. A ideia é que uma das pistas de carro fique reservada apenas para bicicletas aos domingos, das 8h às 16h, com separação por cones.
No Rio, a inauguração do percurso de 17 km ligando a Quinta da Boa Vista ao Aterro do Flamengo, dois dos maiores parques da cidade, estava marcada para este mês, mas acabou sendo adiada por questões operacionais. Curitiba também tinha ciclofaixa de lazer, mas foi desativada por falta de usuários. Deverá ser reinaugurada em breve, em outro trajeto, mais próximo de parques mais frequentados pela população.
Outras cidades já "importaram" o modelo, que está em pleno funcionamento. Em Caxias do Sul (RS), um percurso de cerca de 4,5 km funciona todos os domingos, das 14h às 20h, exceto em caso de chuva. "A ciclofaixa ajuda a inserir a cultura do ciclismo em Caxias do Sul", afirma a ciclista Ana Zaniol, de 50 anos, referindo-se tanto à adoção do hábito pela população quanto à educação de ciclistas, motoristas e pedestres para o convívio com o meio de transporte. "Depois vem a ciclovia", prevê. O evento, que já atrai cerca de 400 pessoas todo domingo, deve ser ampliado por mais três quilômetros.
Recife inaugurou ciclofaixa no domingo. Com cerca de 20 km de extensão, o trajeto engloba várias rotas que ligam as zonas sul e norte da cidade, passando pela parte histórica da capital pernambucana. "Após a consolidação dessas duas rotas, vamos ampliar as ciclofaixas para outras artérias, todas em direção ao Marco Zero", afirma o secretário de turismo do Recife, Felipe Carreras. Ele espera que, por causa do incentivo à convivência de bicicletas e carros nas mesmas vias, a taxa de acidentes de trânsito envolvendo ciclistas na cidade caia pela metade em um futuro próximo.