O DJ Igor Vinicius dos Santos Galante Ferreira, de 24 anos, depois de ter um cordão de ouro de R$ 30 mil roubado na saída de uma festa e ser mantido em cativeiro pelos bandidos por quatro dias, no mês de dezembro, passou por tempos de exílio no Rio Grande do Sul, na casa do sobrinho de um famoso jogador de futebol.
Ainda segundo a publicação, o DJ ficou muito assustado e se escondeu, mas depois do Natal ligou para os parentes dizendo que estava vivo e escondido. Ele ficou na mansão da família do amigo, em Porto Alegre, e só decidiu voltar quando descobriu que estava sendo procurado pela polícia, no Rio de Janeiro, e que a família acreditava que ele estava morto. Então no dia 2 de janeiro, desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão e mesmo de volta à cidade, continuou escondido, na casa de uma amiga.
Antes de prestar seu depoimento, na última terça-feira, na 22ª DP (Penha), Igor pode dar um abraço naquelas pessoas que sofreram com a possibilidade de nunca mais vê-lo, no reencontro com a família, o DJ abraçou as quatro irmãs, o irmão e sete sobrinhos. Mesmo tendo retornado, ele ainda está escondido devido as ameaças que recebeu e pelo que passou em cativeiro. A polícia está investigando e tenta identificar os bandidos.
"Foi uma sensação que não sei nem como descrever. Senti uma emoção muito grande. Ninguém conseguia falar. Nos abraçamos e choramos. Antes, eles achavam que eu estava morto", diz Igor sobre o reencontro com a família.
De acordo com o Extra, Igor tem no corpo marcas das torturas sofridas enquanto estava preso no cativeiro, no braço esquerdo o rapaz tem a cicatriz de um corte provocado por uma navalha, no peito e nas costas, os bandidos apagaram cigarros.
"Eles não me alimentavam. Só me davam água e porrada. Cortaram o meu braço, com uma navalha, e queimaram o meu corpo com cigarro. Eles queriam dinheiro. E quando viram que não iriam conseguir mais, me liberaram." falou o DJ, que só foi libertado sob a condição de que precisaria sumir ou caso contrário, seria executado.
O DJ Igor ainda se sente ameaçado e teme ser novamente vítima da ação dos bandidos e pretende pedir para ser incluído no Programa de Proteção à Testemunha.
"Pretendo, sim. É mais uma segurança, né? Estou vivendo com medo. Foi muito ruim ficar distante. Mas continuo numa situação em que não posso ficar próximo da minha família. E não posso exercer a minha profissão. Saio, se for necessário. É o que eu quero." Disse o DJ em entrevista.