O meio ambiente teve apenas um papel modesto na recente eleição presidencial dos Estados Unidos. O presidente Obama elogiou os novos padrões de eficiência para combustíveis, além do apoio para o desenvolvimento de novas fontes renováveis, ao passo que Romney acusou o presidente de aumentar o preço da gasolina e criar novas restrições para a exploração de carvão mineral.
Entretanto, ainda que os ambientalistas lamentem a demora na reação americana às mudanças climáticas, os Estados Unidos estão seguindo um caminho muito melhor que o da Europa. O país está fazendo a transição do carvão mineral para o gás natural, está investindo em novas tecnologias energéticas e as emissões de carbono estão caindo muito mais rápido que na Europa.
Mas não queremos pintar um retrato cor-de-rosa. Desde que os líderes mundiais se encontraram em Quioto, no Japão, em 1997, concordando em reduzir as emissões de dióxido de carbono dos países industriais para cerca de 5 por cento abaixo dos níveis de 1990, mas até 2012 praticamente nada foi feito para desacelerar o acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera. Em 1990, as emissões de carbono aumentavam menos de 2 partes por milhão ao ano. Agora, estão crescendo cerca de 3 partes por milhão ao ano.
Como tão pouco pode ter sido feito durante esse tempo, apesar dos consideráveis custos econômicos do aquecimento global? Especialmente a Europa tem feito grandes esforços para se tornar a "líder mundial" em mudanças de hábito, gastando rios de dinheiro em fazendas eólicas e painéis solares. Mas, infelizmente, o impacto global dessas iniciativas foi quase nulo.
A principal razão para que as emissões estejam aumentando é o uso de carvão mineral – especialmente na China. Hoje, o carvão mineral é fonte de quase 30 por cento da energia mundial, enquanto que nos anos 1990 o total era de 25 por cento. As iniciativas europeias não afetaram as políticas chinesas de queima de carvão. Na verdade, a postura da Europa piorou a situação. À medida que o preço da energia subiu com o uso dos atuais combustíveis renováveis, setores que consomem muita energia estão se tornando menos competitivos e seus produtos passaram a ser importados para a União Europeia.