Há 15 anos nascia o canal do conhecimento. O sonho de levar cultura e educação pelas antenas de TV tomava forma e conteúdo. O Futura, hoje, faz parte da construção de uma identidade e carrega todas as marcas de uma vida. Em 15 anos de história, o canal comemora a cultura brasileira, a música e a poesia, com o filme Palavra En(cantada), no Cine Especial, este sábado (22). Uma justa homenagem ao cancioneiro popular que dá vida à arte, que dá som à vida. Um mestre em valorizar a língua portuguesa e a literatura, a música e as nossas raízes.
Para o Cine Especial, a apresentadora Bia Corrêa do Lago recebe, no estúdio do Canal Futura, Marcio Debellian, autor do argumento e co-roteirista do filme, e o doutor em teoria literária, Francisco Bosco, para um bate-papo descontraído sobre arte e brasilidade.
“A palavra cantada no Brasil é uma fonte afetiva. A canção é a forma de arte que chega mais em todas as pessoas. É a forma mais democrática de todas. A gente tem uma tradição oral muito grande e a música é uma fonte de inspiração, beleza, conhecimento… O filme fala muito disso, de como a música pode ser uma ponte para aproximar as pessoas da poesia e da literatura. Como existe uma densa qualidade poética nas letras do cancioneiro brasileiro. A minha formação passa muito pelo meu interesse musical”, descreve Marcio.
O roteiro do Palavra (En)cantada tem sua narrativa construída na costura de depoimentos, performances musicais e incrível trilha sonora. O filme conta com a participação de Adriana Calcanhotto, Antônio Cícero, Arnaldo Antunes, BNegão, Chico Buarque, Ferréz, Jorge Mautner, José Celso Martinez Correa, José Miguel Wisnik, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Lenine, Luiz Tatit, Maria Bethânia, Martinho da Vila, Paulo César Pinheiro, Tom Zé e Zélia Duncan.
O filme lança um olhar sob diversos aspectos da formação cultural brasileira. Dos intérpretes que declamam poesia nos palcos aos cantadores nordestinos que improvisam diversos gêneros na viola, passando pelos trovadores e os rappers. Palavra (En)cantada é uma reflexão sobre a tradição oral e a diversidade cultural brasileira, resultado do cruzamento entre as culturas erudita e popular.
“É um filme lindo, fundamental para a nossa cultura. É uma maneira de falar da nossa gente e das coisas belas produzidas no Brasil, de uma maneira leve, linda, abordando todo tipo de músico e compositor: do Martinho da Vila ao Chico Buarque, do rapper à Adriana Calcanhoto cantando música provençal. É uma maneira que o Futura arranjou de mostrar que é um canal ligado a cultura para todos – desde a pessoa mais simples à mais sofisticada, a música popular brasileira é a única manifestação da nossa cultura que pega todo mundo”, diz Bia Corrêa do Lago.