Acabei de tomar conhecimento que o CD da Marisa Monte, chamado "Infinito Particular", encontra-se na lista dos mais vendidos CDs no Brasil.
Muito pouca gente sabe que a Marisa Monte, que passou direto da lista de cantores favoritos à lista de cantores evitados no meu cardápio de múscias, foi a primeira artista no Brasil a implementar DRMs nos seus CDs. Isso significa que estes CDs não são somente CDs de música como pretendem ser, mas além disso, eles instalam software no seu computador sem sua autorização e espiam você.
Outra coisa é que a Marisa Monte não canta no seu iPod. Eu claramente não defendo o uso dessa pequena máquina de snifar a vida dos outros, por isso eu não uso nem recomendo iPods. Mas o que acontece é que esse software não autorizado que é instalado no seu computador quando tenta rodar seu CD de música proíbe suas músicas de serem copiadas para o seu iPod. Claro que isso é mais uma limitação aos já limitados usuários de software proprietário, como MS Windows. No GNU/Linux, os usuários nem tomam conhecimento que esse tipo de restrição existe. Ainda estamos salvos.
DRMs é Digital Restrictions Management (Gestão de Restrições Digitais). São mecanismos para controle de atividades legais usando seus próprios recursos. A desculpa é aquela de sempre: quem não tem nada a temer, não reclama. Estamos tentando lutar contra o terrorismo.
Enfim...há um tempo atrás eu escrevi um artigo junto com Alexandre Oliva chamado DRM: Defectis Repleta Machina. Esta é uma boa introdução ao assunto.
Fique ligado, o "Infinito Particular" da Marisa Monte é bem limitado, e ela não quer compartilhar ele com você ;)