O julgamento do ex-jogador de futebol Janken Ferraz Evangelista, de 30 anos, que ocorre no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, deve ser retomado às 10h30 desta terça-feira, 6. A sessão foi interrompida à 0h30 após o depoimento da quinta testemunha de defesa. Faltam ser ouvidas mais três: a mãe do réu, um amigo e um conselheiro tutelar da Bahia, que deve expor ao júri como era o relacionamento entre Evangelista e a ex-namorada Ana Cláudia Melo da Silva, de 18 anos, assassinada pelo ex-atleta.
A expectativa é de que a sentença seja divulgada até as 19h30. A sessão será interrompida às 15h30 para o almoço. A promotoria quer a condenação de Janken por homicídio triplamente qualificado - por motivo torpe, meio cruel e não ter dado à vítima possibilidade de defesa - o que pode resultar numa pena de até 30 anos de cadeia. Já a defesa, espera conseguir uma pena de no máximo 3 anos caso convença o júri de que houve um 'excesso culposo'. O crime ocorreu em dia 23 de março de 2009, no apartamento da vítima, no bairro Jardim da Saúde, zona sul da capital paulista. 'O crime não é passional, é de vida ou morte; ele matou pra não morrer', afirma o advogado de defesa Mauro Otávio Nacif.
O casal havia acabado de retornar do jogo entre Corinthians e Santos. Janken atacou a ex-namorada, contra a qual desferiu 14 facadas, após ver, no celular de Ana, uma ligação feita pelo goleiro do Santos na época, Fábio Costa, e recados de outros jogadores de futebol. Ele queria ver o torpedo recebido por Ana. Ambos foram para a cozinha e lá começaram as agressões físicas de ambas as partes. De acordo com a defesa, foi a vítima quem tirou da gaveta do armário da cozinha a faca com a qual seria morta.