A presidente Dilma Rousseff divulgou neste domingo, 4, nota de pesar pelo falecimento do jogador Sócrates. Leia abaixo a íntegra da nota:'O Brasil perde um de seus filhos mais queridos, o doutor Sócrates. Nos campos, com seu talento e seus toques sofisticados, foi um gênio do futebol, a ponto de ser considerado o melhor jogador sul-americano de 1983, e ser escolhido pela FIFA, em 2004, como um dos 125 melhores jogadores vivos da história. Como jogador do Corinthians, deu muitas alegrias à torcida.Além de ídolo do futebol, Sócrates foi um campeão da cidadania. Fora dos campos, nunca se omitiu. Foi um brasileiro atuante politicamente, preocupado com o seu povo e o seu país. Procurando o bem-estar de seus companheiros, ajudou a implantar um sistema democrático no clube em que atuava. Participou também ativamente da campanha pelas Diretas-Já e de outros momentos importantes da redemocratização do País.Lamento a perda de um grande brasileiro e envio meu abraço solidário a seus parentes, amigos e admiradores'.
O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Rio: 235 bueiros com risco de explosão são identificados
A Prefeitura do Rio identificou mais dois bueiros com alto risco de explosão na madrugada deste último sábado, 3. Os bueiros estavam localizados na Rua do Carmo e no Largo do Passo.
Ao todo, foram realizadas 502 vistorias no Centro, Ipanema, Copacabana, Glória, Maracanã, Tijuca, Vila Isabel e Praça da Bandeira.
Desde o início do monitoramento, em agosto deste ano, foram encontrados 235 bueiros com alto risco de explosão. Em todos os casos o protocolo de emergência foi acionado, com a comunicação ao Centro de Operações Rio e às concessionárias Light, de energia elétrica, e CEG, de gás. Os bueiros foram isolados e sinalizados para reparo imediato.
Viúva do caso Mega-Sena é absolvida
O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Rio Bonito, no Rio, absolveu na madrugada de ontem a cabeleireira Adriana Ferreira de Almeida, acusada de mandar matar o milionário da Mega-Sena Renné Senna, em janeiro de 2007.
A sentença foi lida pela juíza da 2.ª Vara de Rio Bonito, Roberta dos Santos Braga Costa. Outros três acusados de tramar o assassinato também foram absolvidos. Com a decisão, Adriana deve ficar com a herança de cerca de R$ 50 milhões.
O julgamento durou cinco dias e foram ouvidas 17 testemunhas - apenas os ex-seguranças da vítima, Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira, condenados em 2009 a 18 anos de prisão, cumprem pena pelo crime. Ainda ontem, o Ministério Público do Rio recorreu contra a absolvição da viúva de Renné, executado com cinco tiros dois anos após ganhar R$ 52 milhões. O prazo mínimo para novo julgamento é de três meses.
Na avaliação dos promotores do MP do Rio, o júri não levou em consideração investigações concluídas, que constavam no processo, como as ligações telefônicas de Adriana para o ex-segurança Anderson Souza, já condenado pelo crime, que comprovariam ter sido ela a mandante do assassinato. A defesa da viúva classificou a atuação da acusação como 'covarde, infantil, preconceituosa e sem provas'.
'Estou absolutamente convencida da participação de Adriana, mas o Tribunal do Júri é isto. A sociedade é quem decide. A decisão é soberana, mas não é absoluta', afirmou a promotora Priscilla Naegele Vaz. Única filha do milionário, Renata Senna não compareceu ao último dia de julgamento. O advogado dela, Marcus Rangoni, confirmou que o MP do Rio entrou com recurso no final do julgamento e disse que a sentença revoltou a família da filha da vítima, que também quer recorrer contra a decisão.
Patrimônio. Durante o julgamento, Adriana admitiu que teve um caso fora do casamento com um motorista de van, com quem passou o réveillon de 2007. A viúva disse que a relação aconteceu porque o marido sofria de disfunção erétil. Ao ouvir a sentença, Adriana chorou.
Absolvida, a viúva passa a ter o direito de lutar pela metade da fortuna deixada pelo marido, hoje estimada em R$ 100 milhões. No testamento, o milionário deixou metade do patrimônio para a viúva. Apontada pela polícia como mandante do crime, se condenada, Adriana teria o acesso definitivamente interditado aos bens da vítima. Todo o patrimônio ficará interditado pela Justiça até o fim do processo criminal sobre a morte do milionário.
A sentença foi lida pela juíza da 2.ª Vara de Rio Bonito, Roberta dos Santos Braga Costa. Outros três acusados de tramar o assassinato também foram absolvidos. Com a decisão, Adriana deve ficar com a herança de cerca de R$ 50 milhões.
O julgamento durou cinco dias e foram ouvidas 17 testemunhas - apenas os ex-seguranças da vítima, Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira, condenados em 2009 a 18 anos de prisão, cumprem pena pelo crime. Ainda ontem, o Ministério Público do Rio recorreu contra a absolvição da viúva de Renné, executado com cinco tiros dois anos após ganhar R$ 52 milhões. O prazo mínimo para novo julgamento é de três meses.
Na avaliação dos promotores do MP do Rio, o júri não levou em consideração investigações concluídas, que constavam no processo, como as ligações telefônicas de Adriana para o ex-segurança Anderson Souza, já condenado pelo crime, que comprovariam ter sido ela a mandante do assassinato. A defesa da viúva classificou a atuação da acusação como 'covarde, infantil, preconceituosa e sem provas'.
'Estou absolutamente convencida da participação de Adriana, mas o Tribunal do Júri é isto. A sociedade é quem decide. A decisão é soberana, mas não é absoluta', afirmou a promotora Priscilla Naegele Vaz. Única filha do milionário, Renata Senna não compareceu ao último dia de julgamento. O advogado dela, Marcus Rangoni, confirmou que o MP do Rio entrou com recurso no final do julgamento e disse que a sentença revoltou a família da filha da vítima, que também quer recorrer contra a decisão.
Patrimônio. Durante o julgamento, Adriana admitiu que teve um caso fora do casamento com um motorista de van, com quem passou o réveillon de 2007. A viúva disse que a relação aconteceu porque o marido sofria de disfunção erétil. Ao ouvir a sentença, Adriana chorou.
Absolvida, a viúva passa a ter o direito de lutar pela metade da fortuna deixada pelo marido, hoje estimada em R$ 100 milhões. No testamento, o milionário deixou metade do patrimônio para a viúva. Apontada pela polícia como mandante do crime, se condenada, Adriana teria o acesso definitivamente interditado aos bens da vítima. Todo o patrimônio ficará interditado pela Justiça até o fim do processo criminal sobre a morte do milionário.
Velório de Sócrates em Ribeirão Preto tem centenas de pessoas e união de torcidas Ex-jogador morreu na madrugada deste domingo, aos 57 anos, devido a um choque séptico
Torcedores foram ao cemitério para dar adeus ao Doutor
Corintianos, palmeirenses, são-paulinos, santistas, rubro-negros, botafoguenses do Rio e de Ribeirão Preto. O velório de Sócrates foi marcado pela união de torcedores de vários clubes tanto os defendidos pelo meio-campista, quanto maiores rivais. Em clima de paz e sob aplausos que não se distinguiam pelas camisetas, o corpo do ex-jogador chegou ao cemitério Bom Pastor.
Centenas de pessoas aguardavam a chance de dar um último adeus ao ex-jogador, que morreu neste domingo, aos 57 anos, em decorrência de um choque séptico. "Foi tudo muito rápido, só deu tempo de rezar", disse Raí, também ex-jogador e irmão de Sócrates.
Ao lado de Raí, o goleiro Zetti e o lateral-esquerdo Wladimir estiveram no cemitério para prestar uma homenagem final. Wladimir foi um dos grandes amigos de Sócrates no time que ficou conhecido pela Democracia Corintiana, no início dos anos 80.
Centenas de pessoas aguardavam a chance de dar um último adeus ao ex-jogador, que morreu neste domingo, aos 57 anos, em decorrência de um choque séptico. "Foi tudo muito rápido, só deu tempo de rezar", disse Raí, também ex-jogador e irmão de Sócrates.
Ao lado de Raí, o goleiro Zetti e o lateral-esquerdo Wladimir estiveram no cemitério para prestar uma homenagem final. Wladimir foi um dos grandes amigos de Sócrates no time que ficou conhecido pela Democracia Corintiana, no início dos anos 80.
"Sócrates era privilegiado intelectualmente e tinha uma postura como pessoa, como ser humano que a gente vê pouco no país", disse Wladimir, que deixou de ir ao Pacaembu assistir ao possível título brasileiro do Corinthians para ficar ao lado do ex-companheiro.
"A maior homenagem que pode acontecer é o título brasileiro. Não tenha dúvidas de que ele ficaria muito feliz, porque todos nós acreditamos neste título", afirmou o lateral.
"A maior homenagem que pode acontecer é o título brasileiro. Não tenha dúvidas de que ele ficaria muito feliz, porque todos nós acreditamos neste título", afirmou o lateral.
Em meio a denúncias de corrupção, Havelange pede renúncia do COI Dirigente brasileiro já enviou carta de renúncia ao Comitê Olímpico Internacional
João Havelange durante a Soccerex, no Rio de Janeiro, na última semana
O brasileiro João Havelange, um dos dirigentes mais influentes e importantes da história do esporte, já enviou uma carta à presidência do Comitê Olímpico Internacional anunciando seu desligamento da entidade. O cartola alega que o afastamento acontece por problemas de saúde, mas reportagem do jornal O Estado de S.Paulo afirma que Havelange afastou-se para escapar de denúncias de corrupção.
Nesta semana, o COI tomaria uma decisão sobre o caso de João Havelange, após investigação conduzida pelo Comitê de Ética. A saída de Havelange pode ter influência direta na situação de Ricardo Teixeira na Fifa, já que a investigação à qual o veterano se antecipou também recai sobre o atual presidente da CBF.
O que pesa sobre Havelange é um caso envolvendo a ISL, empresa que vendia direitos de TV da Fifa. Um tribunal suíço concluiu, segundo a rede 'BBC', que Havelange seria um dos que se beneficiavam do pacote. A propina chegaria a 6 milhões de libras, segundo os britânicos.
Havelange, de 95 anos, passou a fazer parte do COI em 1963. O brasileiro, atleta olímpico em 1936, era o mais antigo membro do conselho da maior entidade esportiva do mundo. Em 1970, foi o primeiro não-europeu a assumir o comando da Fifa. Até hoje, ele é presidente de honra da entidade.
Nesta semana, o COI tomaria uma decisão sobre o caso de João Havelange, após investigação conduzida pelo Comitê de Ética. A saída de Havelange pode ter influência direta na situação de Ricardo Teixeira na Fifa, já que a investigação à qual o veterano se antecipou também recai sobre o atual presidente da CBF.
O que pesa sobre Havelange é um caso envolvendo a ISL, empresa que vendia direitos de TV da Fifa. Um tribunal suíço concluiu, segundo a rede 'BBC', que Havelange seria um dos que se beneficiavam do pacote. A propina chegaria a 6 milhões de libras, segundo os britânicos.
Havelange, de 95 anos, passou a fazer parte do COI em 1963. O brasileiro, atleta olímpico em 1936, era o mais antigo membro do conselho da maior entidade esportiva do mundo. Em 1970, foi o primeiro não-europeu a assumir o comando da Fifa. Até hoje, ele é presidente de honra da entidade.
"Não sou propriamente romântica", diz Dilma sobre fala de Lupi
A presidente Dilma Rousseff usou de ironia nesta sexta-feira ao comentar se a declaração de "amor" do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, influenciou sua decisão de mantê-lo no cargo, mesmo diante de novas denúncias de irregularidades contra ele.
Indagada se a declaração "eu te amo" de Lupi, feita durante sessão na Câmara em novembro, havia influenciado sua decisão, Dilma disse não ser "propriamente romântica", e afirmou que suas análises são "objetivas".
"Eu tenho 63 anos de idade, uma filha com 34 anos, um neto de um ano e dois meses. Eu não sou propriamente uma adolescente e diria, também, uma romântica", disse ela a jornalistas em Caracas, segundo áudio divulgado pela assessoria da Presidência da República.
"Eu acho que a vida ensina a gente e eu acho que a gente tem que respeitar as pessoas. Mas eu faço análises muito objetivas. Qualquer situação referente ao Brasil vocês podem ter certeza que eu resolvo a partir de segunda-feira", disse.
Dilma manteve Lupi no cargo na quinta-feira, antes de embarcar para a Venezuela, onde participa da cúpula dos países da América Latina e do Caribe (Calc).
A decisão de seguir com Lupi, mesmo com recomendação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República de exonerá-lo devido a suspeitas de desvio ético, ocorreu após publicação de nova denúncia contra o ministro.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Lupi teria acumulado por cinco anos dois cargos de assessor parlamentar em dois diferentes órgãos públicos - a Câmara dos Deputados, em Brasília, e a Câmara Municipal, no Rio de Janeiro.
Numa reunião com Dilma, Lupi afirmou que explicaria a nova denúncia.
A declaração "eu te amo" de Lupi à Dilma na Câmara ocorreu após o ministro ter afirmado "duvidar" que a presidente o demitiria e dizer que só deixaria o cargo se fosse "abatido à bala".
O Ministério do Trabalho e Lupi têm sido alvo de diversas denúncias, que envolvem desvios em convênios, cobranças de propina e de que o ministro teria pego "carona" em avião providenciado por um empresário e dirigente de ONG, que meses depois assinou convênios com o ministério.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Os bastidores da separação, só profissional, de Fátima e Bonner William Bonner chorou e a Globo resistiu à ideia, mas Fátima Bernardes bateu o pé: terá um programa matinal próprio
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Patrícia passa a dividir a bancada com Bonner, no lugar de Fátima: espectadores a consideram elegante e espontânea, mas ela terá de cortar o cabelo
Patrícia passa a dividir a bancada com Bonner, no lugar de Fátima: espectadores a consideram elegante e espontânea, mas ela terá de cortar o cabelo
"Como chefe, não podia concordar. Como marido, não tinha alternativa a não ser apoiá-la”, assim William Bonner descreve o momento em que cedeu, pela primeira vez, à decisão da mulher, Fátima Bernardes, de desmanchar a dupla mais conhecida do telejornalismo do Brasil. Foi no dia 1º de janeiro deste ano que a firmeza de propósito de Fátima, que cogitava fazer um programa próprio desde 2007, venceu a resistência de Bonner. Depois de tocar o projeto em segredo, temendo até que as felicitações pelo desempenho do Vasco, seu time, na verdade se referissem ao futuro programa (veja a entrevista na pág. 136), Fátima percebeu, em conjunto com a cúpula do Jornal Nacional, que não dava mais para manter o sigilo. Sorridente, com os cabelos impecáveis — e intocáveis, como se viu pela reação do público quando ela fez alisamento japonês —, ela anunciou a mudança na manhã de quinta-feira, ao lado de Bonner e de sua substituta, Patrícia Poeta, que troca o banquinho do Fantástico pela responsabilidade maior ainda da bancada do Jornal Nacional. Com o mesmo sorriso, mas atitude bem mais resguardada, Fátima nem cogita entrar em detalhes sobre as especulações de que o casal estaria se separando também na vida real ou de que os catorze meses de idade a mais que o marido começariam a pesar. “Todos sabem que estou radiante. Não existe luto”, diz.
Mudar para renovar é o nome do jogo de qualquer programa de televisão. O Jornal Nacional está no ar desde 1969, e Fátima e Bonner o apresentaram em conjunto durante treze anos e nove meses. Seguindo desejos detectados por pesquisas de opinião, Fátima e Bonner nos últimos anos imprimiram um ar cuidadosamente mais informal à apresentação das notícias. Passaram a se olhar e conversar mais e a se dirigir aos telespectadores de maneira mais pessoal. Um novo instrumento de comunicação, o Twitter, aproximou Bonner de uma faixa etária mais jovem. Até a cor das suas gravatas virou motivo de brincadeira em rede. Além de administrar a rotina dos trigêmeos — com 14 anos, em pleno início de adolescência —, Fátima começou a deslocar seu foco de interesse. Queria fazer outro tipo de programa, menos noticioso e com pitadas de entretenimento, ao estilo dos matutinos da televisão americana. Em 2007, falou com a direção da Rede Globo, mas todos acharam que era cedo para uma mudança. Dois anos depois, quando o jornal estava para completar quarenta anos, sugeriu que sua saída fosse anunciada. Ouviu do chefe Carlos Henrique Schroeder, hoje diretor-geral de jornalismo e esporte: “É motivo de festa e você vai querer sair, Fátima?”.
A virada aconteceu em abril, quando a sinopse de um programa escrita por ela recebeu o sinal verde. A notícia foi dada a Fátima pelo diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel. Em outubro, uma equipe comandada pelo diretor Guel Arraes passou a se encontrar uma vez por semana para formatar a atração. Outros integrantes eram Claudio Manoel, que fez a transposição da era Casseta & Planeta para uma posição importante, à frente de programas de humor, e o jornalista Geneton Moraes Neto, da Globo News. Reunidos na casa de um deles para manter o projeto em sigilo, discutiam ideias e assistiam a programas ameri-canos consagrados, como o Good Morning America, da rede ABC, uma atração matutina dirigida ao público feminino — motor da maioria das decisões de consumo. Outra inspiração para o grupo foi o extinto The Oprah Winfrey Show, que ficou no ar durante 25 anos. Numa guinada longamente planejada e copiosamente chorada, Oprah, de 57 anos, encerrou o programa em maio passado e se transferiu para um canal próprio de televisão a cabo. O programa matinal de Fátima, ainda sem nome, deve estrear em abril. Terá uma hora e será diário. O horário da manhã é aquele em que a Globo enfrenta competição mais acirrada. Entre 2006 e 2011, a audiência caiu de 9,6 para 7,6 pontos. A da Record registrou aumento de 3,5 para 5,6 pontos. O programa mais afetado é o Mais Você, de Ana Maria Braga.
John Amis/AP
Como Oprah Winfrey, Fátima confidenciou o desejo de “sair no auge”, apesar da resistência do marido. Neste ano, Bonner renovou seu contrato até 2018, e achava que Fátima deveria fazer o mesmo, argumentando, com razão, que formam o “casal-símbolo”. Só acabou aquiescendo na conversa mantida no primeiro dia do ano, pouco antes de uma viagem a Fernando de Noronha. “Embora apreensiva, ela me disse que estava decidida”, conta Bonner. “Pela primeira vez, cedi.” Ele chorou várias vezes enquanto era editado, numa área coberta de papel branco para manter o sigilo, o vídeo com os melhores momentos da carreira da mulher.
A escolha de Patrícia Poeta como a nova integrante do Jornal Nacional foi cercada de cuidados. A Globo encomen-dou pesquisas para testar a aceitação do nome de Patrícia, que é casada com Amauri Soares, diretor de projetos e eventos especiais da emissora. Elas mostraram que Patrícia desperta simpatia e confiança em todas as classes sociais com atributos semelhantes aos de Fátima: é informal, elegante, independente e “ao mesmo tempo mãe de família”. Meticulosa e aplicada, ela grava falas várias vezes se detecta uma alteração na voz ou uma mecha de cabelo fora do lugar. A exuberante cabeleira, porém, terá de perder alguns centímetros para se adaptar ao padrão JN. Vestidos festivos não entrarão mais no figurino profissional. O projeto de ter um segundo filho foi adiado “por enquanto”, diz ela. Se as mudanças provocarem tantos comentários como acontecia com Fátima, o interesse do público estará garantido.
Na mochila
Está para ser discutido na Câmara um daqueles projetos que, se aprovados, são destinados a virar letra morta.
De autoria do deputado Sandis Júnior, ele pode ser explicado pelo seu primeiro artigo: “o estudante não poderá transportar material escolar em mochilas cuja carga seja superior a 10% do seu peso corporal”.
Beleza. Mas como isso vai funcionar na prática? O próprio projeto ensaia uma resposta: “A aferição do peso do aluno será feita mediante declaração escrita do próprio aluno, quando no ensino médio, ou dos seus pais, quando em creches, pré-escola ou ensino fundamental”.
Garoto Devassa
Já imaginou Silvio Santos com um copo de cerveja na mão, rodeado de mulheres bonitas e usando seus célebres bordões? Pois é justamente essa cena inusitada que a Devassa pretende levar para a TV no Carnaval de 2012. Depois de Paris Hilton e Sandy, a cervejaria acaba de convidar o apresentador mais popular do país para ser seu garoto-propaganda em 2012. A resposta, por enquanto, não foi dada.
MP recorre contra absolvição da víuva de milionário
Adriana e três acusados de tramar a morte do ex-lavrador foram absolvidos por falta de provas na madrugada de sábado
Crime: Adriana Ferreira Almeida, acusada de planejar a morte do marido, o milionário René Senna
O Ministério Público do Rio recorreu contra a absolvição de Adriana Ferreira de Almeida, a viúva do milionário René Senna, executado com cinco tiros em janeiro de 2007, dois anos depois de ganhar 52 milhões de reais na Mega-Sena. Adriana e três acusados de tramar a morte do ex-lavrador foram absolvidos por falta de provas na madrugada de sábado pelo Tribunal do Júri, no Fórum de Rio Bonito, na Baixada Litorânea do Rio de Janeiro. Apenas os ex-seguranças da vítima, Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira, condenados em 2009 a 18 anos de prisão, cumprem pena pelo crime.
O prazo mínimo para um novo julgamento é de três meses. Na avaliação dos promotores do MP do Rio, o Júri não levou em consideração investigações concluídas, que constavam no processo, como as ligações telefônicas de Adriana para o ex-segurança Anderson Souza, já condenado pelo crime, que comprovariam que ela foi a mandante do assassinato. A defesa da viúva classificou a atuação da acusação como "covarde, infantil, preconceituosa e sem provas".
"Estou absolutamente convencida da participação de Adriana, mas o Tribunal do Júri é isto. A sociedade é que decide. A decisão é soberana, mas não é absoluta", afirmou a promotora Priscilla Naegele Vaz. A única filha do milionário, Renata Senna, não compareceu ao último dia de julgamento. O advogado dela, Marcus Rangoni, confirmou que o MP do Rio entrou com recurso logo no final do julgamento e disse que a absolvição revoltou a família da filha da vítima, que também deseja recorrer contra a decisão.
Julgamento - Adriana foi absolvida após cinco dias de julgamento e de prestar depoimento por mais de seis horas. Ela admitiu que teve um caso fora do casamento com um motorista de van, com quem passou o Réveillon de 2007. A viúva disse que a relação extraconjugal aconteceu porque o marido sofria de disfunção erétil. Ao ouvir a sentença, Adriana chorou. Ela deixou o fórum no carro de seu advogado de defesa e sob a escolta de uma equipe da Polícia Militar, por volta de 2h45, sem falar com os jornalistas.
A defesa da viúva tentou colocar a culpa do crime em Renata, a única filha de René Sena, que disputa na Justiça com a viúva a herança do pai, hoje bloqueada pela Justiça. O advogado Jackson Costa alegou que o ex-lavrador desconfiava da paternidade e teria gasto 380 mil reais em um exame de DNA. No entanto, os advogados da filha do milionário negam e informam que um exame no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro já comprovou que o milionário era o pai de Renata.
Absolvida, a viúva passa a ter o direito de lutar pela metade da fortuna deixada pelo marido hoje estimada em 100 milhões de reais. No testamento, o milionário deixou metade do patrimônio para a viúva. Apontada pela polícia como mandante do crime, se condenada, Adriana teria o acesso definitivamente interditado aos bens da vítima. Todo o patrimônio ficará interditado pela Justiça até o fim do processo criminal sobre a morte do milionário.
A tendência é que Adriana inicie uma batalha na área cível pelos bens do marido e Renata tente se manter como a única herdeira do pai. Entre os bens de René estariam contas bancárias, propriedades e veículos. Apenas a fazenda em Rio Bonito estaria avaliada em 9 milhões de reais. Entre os imóveis está uma cobertura em Arraial do Cabo (Região dos Lagos), que Adriana comprou por 300 mil reais, em janeiro de 2007, poucos dias antes da morte de René. Ao comprar o apartamento, ela declarou que era solteira.
STJ exige roupas formais e causa constrangimento A partir de agora, até visitantes têm de usar terno, camisa social e gravata, no caso dos homens, e blusa com calça social ou com saia social, para mulheres
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix Fischer
Os padrões estéticos e o conceito de formalidade evoluíram na sociedade. No fim do século XIX, as mulheres passaram a usar calças para trabalhar em indústrias, um verdadeiro marco no guarda-roupa feminino. Na década de 60, o pensamento liberal trouxe uma nova revolução: a minissaia. As transformações no uso de roupas, no entanto, ainda não avançaram nos tribunais brasileiros.
Até 2000, as mulheres que trajavam calças não podiam sequer entrar no Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta Corte do país. A regra caiu, mas as exigências da tradição, no entanto, persistem no plenário do STF. Ato normativo da Casa determina: “não são permitidos o ingresso e a permanência nas dependências do tribunal de pessoas com trajes em desacordo com o cerimonial, a formalidade e o caráter solene da Corte, ou que sejam atentatórios ao decoro". Apesar de não haver uma regra que especifique a “formalidade”, na prática, só é possível entrar no plenário da Suprema Corte vestindo terno, blazer com calça ou brazer com saia social.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também passou a exigir formalidade. Em novembro, decidiu ampliar as regras de vestimenta, antes destinadas somente aos servidores, aos visitantes em geral. Cerca de 6.000 pessoas circulam por dia na Corte. O texto, que é público, não foi divulgado no site da instituição e tem gerado constrangimentos a quem chega ao tribunal. A partir de agora, para acessar salas de julgamento, como plenário, seções e turmas, é preciso usar terno, camisa social, gravata e sapato social, no caso dos homens. Para mulheres, é obrigatório o uso de blusa com calça social ou com saia social, acompanhados de sapato social.
Elitismo - Magistrados alertam para o elitismo das novas regras, que distancia a população mais pobre da Justiça. O ministro do STF Marco Aurélio avalia que os tribunais, ao contrário, deveriam implementar atos que aproximem o cidadão do Judiciário. “Essa norma afasta, constrange, pode gerar uma frustração e, a meu ver, repercute na dignidade do homem”.
O ex-ministro do STJ Aldir Passarinho admite que as pessoas se vestem com trajes cada vez mais informais, mesmo em ambientes formais. Para ele, no entanto, a vestimenta não pode restringir o acesso à Corte. “O tribunal, claro, é um ambiente mais formal, mas isso não pode ser um impeditivo para as pessoas terem acesso”, disse. “Você não pode exigir gravata a uma pessoa de condição simples”.
Constrangimento - O site de VEJA ouviu uma servidora pública que foi impedida de entrar no STJ por usar uma calça de ginástica. Ela precisava assinar um contrato em um banco que fica dentro da Corte e não pretendia entrar nas salas de julgamento. “É um constrangimento, algo muito nivelador”, afirmou. Um funcionário do banco atendeu a cliente do lado de fora, mas ela teve que retornar outro dia para finalizar o processo. “Voltei mais bem-vestida”, disse.
Além de roupas de ginástica, é proibido o uso de outros trajes em todas as dependências do tribunal. São eles: shorts, bermuda, miniblusa, minissaia, trajes de banho e camiseta sem manga – este último no caso dos homens. A lista é prevista em regulamento de 1997. Apesar de as regras já existirem para esses casos, não era cumpridas, nem fiscalizadas como passou a ocorrer há três semanas.
Exceções - Assinada pelo presidente do STJ, Ari Pargendler, a resolução prevê exceções. Estagiários, estudantes em visita e terceirizados de uniforme, por exemplo, não precisam usar roupas formais. O Gabinete da Secretaria de Segurança, responsável pela fiscalização dos trajes de quem circula no STJ, também deverá propor critérios flexíveis de acordo com as condições sociais e econômicas da pessoa. Cada caso deverá ser avaliado separadamente. “Não vejo como tornar o segurança um censor da vestimenta do cidadão”, afirmou o ministro Marco Aurélio.
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