Velório de Sócrates em Ribeirão Preto tem centenas de pessoas e união de torcidas
Torcedores foram ao cemitério para dar adeus ao Doutor

Corintianos, palmeirenses, são-paulinos, santistas, rubro-negros, botafoguenses do Rio e de Ribeirão Preto. O velório de Sócrates foi marcado pela união de torcedores de vários clubes ­ tanto os defendidos pelo meio-campista, quanto maiores rivais. Em clima de paz e sob aplausos que não se distinguiam pelas camisetas, o corpo do ex-jogador chegou ao cemitério Bom Pastor.

Centenas de pessoas aguardavam a chance de dar um último adeus ao ex-jogador, que morreu neste domingo, aos 57 anos, em decorrência de um choque séptico. "Foi tudo muito rápido, só deu tempo de rezar", disse Raí, também ex-jogador e irmão de Sócrates.

Ao lado de Raí, o goleiro Zetti e o lateral-esquerdo Wladimir estiveram no cemitério para prestar uma homenagem final. Wladimir foi um dos grandes amigos de Sócrates no time que ficou conhecido pela Democracia Corintiana, no início dos anos 80.
"Sócrates era privilegiado intelectualmente e tinha uma postura como pessoa, como ser humano que a gente vê pouco no país", disse Wladimir, que deixou de ir ao Pacaembu assistir ao possível título brasileiro do Corinthians para ficar ao lado do ex-companheiro.

"A maior homenagem que pode acontecer é o título brasileiro. Não tenha dúvidas de que ele ficaria muito feliz, porque todos nós acreditamos neste título", afirmou o lateral.