GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Produtor do backstage dos três primeiros Rock in Rio, Amin Khader revela os bafões que rolaram nos bastidores do evento

Amin Khader durante o segundo Rock in Rio
Se existissem celulares com câmeras e tantos paparazzi durante as três primeiras edições do Rock in Rio, certamente todos os segredos de bastidores do evento teriam se tornado público. Muitos, ainda não revelados, estão muito bem guardados na memória de Amin Khader. Coordenador do backstage nas primeiras edições do evento, atuando como uma espécie de “babá de artistas”, Amin contou para a coluna os maiores "bafões" da história do Rock in Rio, “muitos, até impublicáveis”, diz. Enquanto a 4ª edição do evento começa a esquentar na Cidade do Rock, selecionamos algumas dessas histórias, que incluem, entre as exigências mais inusitadas, 20 acompanhantes para satisfazer as necessidades íntimas de um determinado artista, à festinhas particulares no camarim, com direito a muita mulher e calcinhas espalhadas pelo chão.
“Quero 20 homens grandes e musculosos. Dez negros e dez brancos!”. Essa foi a ordem mais inusitada que Amin recebeu de um astro. Pronto para satisfazer todas as vontades dos seus pupilos, ele cumpria a rigor todas as exigências que recebia. Até as que surgiam em cima da hora, como a contada acima.
Queen se apresenta no Rock In Rio
Queen se apresenta no Rock In Rio 
Com um molho de chaves pendurado na cintura, Amin era o único que tinha acesso livre aos camarins dos artistas. O produtor encarava a missão sempre com muito profissionalismo e seriedade. “Não foi à toa que trabalhei nas três edições. As pessoas pensam que eu surgi do nada”, reforça ele, que foi chamado para o evento por causa do seu trabalho ao lado da cantora Gal Gosta e de sua aproximação com os artistas. Mas tantas responsabilidades também lhe rendiam gratas surpresas. Como a de encontrar o Axl, vocalista do Guns N'Roses, só de sunga, saindo do banheiro. O encontro fez parte de um acontecimento memorável na história dos bastidores do evento, conta Amin:
“Fui ao camarim após o show da banda avisar ao Axl que os 20 pratos de macarronada que ele havia exigido estavam prontos. Quando entrei, ele estava com uma sunguinha branca apertada e o corpo todo molhado. Fiquei louco!”, conta, aos risos. Como todos os componentes da banda haviam ido embora, Axl, chamou toda a equipe de Amin - 15 pessoas, incluindo seguranças, garçons e o pessoal da limpeza -, para jantar com ele. “Quando Roberto Medina (o criador do Rock in Rio), viu a cena, quase caiu para trás”, lembra.
Os fãs e a imprensa ficaram loucos
Os fãs e a imprensa ficaram loucos 
Se tinha um artista que arrancava suspiros da mulherada era o guitarrista do Scorpions, Rudolph Schenker. “Todas queriam dar pra ele”, revela Amin, que chegou a encontrar no camarim do guitarrista, calcinhas das mulheres que ele recebia para uma festinha particular. “Eram mais de 30 visitantes ao mesmo tempo”, conta.
Vocalista do Scorpions era o mais desejado. No camarim: mulheres e calcinhas
Vocalista do Scorpions era o mais desejado. No camarim: mulheres e calcinhas 
O promoter quase perdeu os cabelos ao ler as exigências enviadas pela produção de Freddie Mercury, do Queen: uma garrafa de saquê aquecido a 20°. Mas o pior ainda estava por vir. Assim que chegou à Cidade do rock, o megastar exigiu que os corredores do camarim estivessem vazios para que ele pudesse passar. “Quem são essas pessoas que estão aí?”, perguntou Freddie. “São artistas do mesmo gabarito que o seu”, respondeu Amin, se referindo a Ney Matogrosso, Elba Ramalho e Erasmos Carlos. “Não são, porque eles me conhecem, e eu não os conheço. Você tem cinco minutos para tirar todos de lá, senão, meus seguranças farão isso!” ordenou o astro.
Inconformados, os artistas nacionais que, a pedido de Amin, deixaram os corredores livres, gritavam “Bicha!, bicha!”, durante a passagem de Freddie. “O que eles estão falando?”, indagou o artista. “Estão te elogiando”, respondeu o amistoso Amin. “Como? Se eles estão com cara de ódio!”, disse Freddie, que quebrou todo o camarim, sobrando, é claro, para Amin: “Ele me chamou no camarim e perguntou se no Brasil havia furacão. Quando olhei, estava tudo destruído”, conta.
Freddie Mercury exigiu uma garrafa de saquê aquecido a 20°.
Freddie Mercury exigiu uma garrafa de saquê aquecido a 20°. 
E o ataque de estrelismo estava só começando. Prince, no segundo Rock in Rio, também deu trabalho ao produtor, exigindo que a luz do seu camarim fosse da cor púrpura. “Improvisei com velas vermelhas e roxas”, contou Amim. Outra ordem dada pelo artista era que ninguém olhasse para o seu rosto. “Fiquei chocado”.
Cantor Prince: ele proibiu que olhassem no rosto dele
Cantor Prince: ele proibiu que olhassem no rosto dele
Improvisar era algo que Amin tirava de letra. Para atender o pedido de 20 tolhas de Prince, em pleno fim de semana, ele percorreu a todos os motéis da cidade comprando cada uma por R$ 30. Mas ele não teve tanta sorte com as 12 bolas de futebol exigidas por Rod Stewart. “Duas das bolas estavam murchas e não tínhamos como comprar em pleno domingo. Me irritei e disse no bom português: Pega a bola do saco dele!”. Furioso, o empresário do astro retrucou: Eu entender português”. Fiquei na maior saia justa”.
Dos 20 pratos de comida kosher, preparados de acordo com os princípios judaicos, exigidos por George Michael, apenas a metade de um foi consumido pelo cantor. Sobrar comidas e bebidas era um hábito entre os internacionais. “Os artistas brasileiros são os que têm a mania de levar tudo para casa”, explica Amin. “O que eles mais me pediam era uma quantidade absurda de convites para o evento. Agora dar para entender porque mudaram tanto após o Rock in Rio e passaram a fazer tantas exigências, né?”.
George Michael foi embora praticamente sem tocar no prato de kosher
George Michael foi embora praticamente sem tocar no prato de kosher 
Atualmente, com o cantor Rick Martin: Amin é promoter e apresentador da Record

‘Já fui parado vinte e duas vezes no bafômetro’, diz Edson Celulari

Edson Celulari 
Edson Celulari está em cartaz com a peça “Nem um dia se passa sem notícias suas”, no Rio, responde algumas perguntas fora do comum para o Blog do Guilherme Araújo.


Já fugiu da Raia?

Não! Eu adoro brigar e me comprometer com os fatos da vida.


Aceita bem os fios brancos?

Faz parte da realidade. Aceito bem os cabelos brancos e as minhas rugas.


Já fez alguma loucura por amor?

Muitas. Já fiz uma viagem longa só para ver a pessoa, tendo que fazer peça no mesmo dia. Corri o risco de não chegar no horário, mas deu tudo certo.


Já esqueceu de passar desodorante antes de sair de casa?

Muitas vezes, não ligo muito... Tem período do ano que eu nem uso!


Você é do tipo que faz cara feia para o paparazzo ou chama o fotógrafo pelo nome?

Não tenho problema com isso. Quando vejo, eu aceno. Mas não sei o nome deles.


Já se recusou a fazer o teste do bafômetro?

Eu sou caso recorde. Já fui parado vinte e duas vezes, mas nunca me recusei a fazer. Bebo em $ou pego um táxi.

Alexandra Martins, a Márcia de ‘Fina estampa’, veste a moda branco total

“Não é Natal, nem Ano Bom...”, mas já é hora de tirar as peças brancas do guarda-roupa. Na temporada primavera-verão, o branco total é hit, e vai estar dividindo espaço nas vitrines com o laranja, o azul-bic, o turquesa e as mais variadas estampas. Leve e muito chique, o look pode ser incrementado com acessórios ou uma maquiagem supertransada, como mostra neste editorial a atriz Alexandra Martins, a Márcia de “Fina estampa”. Inspire-se!
Despojada, Alexandra usa macacão branco Style e pulseiras com pedras 
preciosas Stilo Asia
Despojada, Alexandra usa macacão branco Style e pulseiras com pedras preciosas Stilo Asia
Muito elegante, ela usa vestido de couro branco Ágatha
Muito elegante, ela usa vestido de couro branco Ágatha
Com um toque oriental, a atriz usa vestido longo branco XPTO

Gisele Bündchen brinca com o filho em parque da cidade de Boston

Gisele com Benjamin em Boston 
O fim de semana foi família para a brasileira mais famosa no mundo. A supermodel Gisele Bundchen levou seu filho, Benjamin, e sua cadela, Vida, para um passeio à beira de um rio na cidade de Boston, Estados Unidos, onde moram. A top, elegante mesmo com seu figurino casual, correu com o filho pelo parque e mostrou seu lado mãezona.


Mateus Solano e Paula Braun se casam em cerimônia discreta

Mateus Solano e Paula Braun 
Mateus Solano e Paula Braun se casaram neste sábado, na casa de festas Solar Real, em Santa Teresa. Os atores, juntos há três anos, optaram por uma cerimônia íntima, para 200 convidados. Flávia Alessandra e Otaviano Costa, Lilia cabral e Sergio Marone estavam entre os convidados, estavam
O vestido de Paula, mais curto na frente, é da grife Martu. O casal, que se conheceu nas filmagens de um curta, tem uma filha, Flora, de 11 meses.


Affair de Caio Castro é dançarina de Claudia leitte

Caio Castro e Vivi Caetano 
A loura que acompanhou Caio Castro no Rock in Rio neste sábado se chama Vivi Caetano. A bela é dançarina de Claudia Leitte. O casal fez um esquenta no camarote da Trident e depois se jogou na pista para ver o show do red Hot Chilli Peppers.


Caio Castro e Vivi Caetano
Caio Castro e Vivi Caetano 
Vivi também ja trabalhou com Wanessa Camargo





Confira outras imagens da eleita de Caio Castro:








Coletiva de imprensa da Amazon cria expectativa sobre lançamento do tablet da varejista


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NOVA YORK - A Amazon realizará uma coletiva de imprensa em Nova York na próxima quarta-feira, levando à expectativa de que a varejista on-line revelará seu aguardado tablet.
Uma assessora externa da Amazon se recusou a dizer do que se trata a coletiva de imprensa. Outras pessoas na companhia não deram retorno quando procuradas para comentar sobre o assunto.
A maior varejista virtual do mundo deve lançar um tablet ainda este ano a fim de aumentar a mobilidade nas compras on-line e vender mais produtos digitais, segundo analistas e investidores.
— Quarta-feira é o dia do tablet — disse Colin Gillis, analista da BGC.
O provável tablet tem sido aguardado como um possível - e forte - competidor para o iPad, da Apple. A Apple vendeu cerca de 29 milhões de iPads desde o lançamento do produto em abril de 2010.
— A verdadeira questão aqui é que isso (um tablet) deve provavelmente ser bom para consumidores; mas será bom para os acionistas? — disse Gillis.
Ele lançou uma dúvida sobre se o produto da Amazon será mais barato do que o das concorrentes - o que pressionará as margens.
— Conhecendo a Amazon, acho que provavelmente será um preço muito agressivo — disse Gillis.

Google lança tradutor para celular

Google lança o Conversation Mode AP
A tecnologia caminha a passos largos e a comunicação vai ficando cada vez mais fácil, até entre pessoas que falam idiomas diferentes.
O Google anunciou, em versão alfa e ainda em testes, um tradutor para conversas em tempo real: o Conversation Mode.
O lançamento é para comemorar o primeiro aniversário do Google Translate para celulares que rodam o sistema operacional Android. Vale lembrar que o Conversation Mode é voltado apenas para aparelhos com o sistema, pelo menos por enquanto.
Quando uma pessoa fala em português com algum francês, por exemplo, após dizer uma frase, o aparelho traduz o trecho para o outro idioma. Agora, a novidade está disponível apenas para inglês e espanhol.

Google+ registra sete vezes mais acessos que a média no dia do lançamento


RIO - O Google+ registrou sete vezes mais acessos do que a média nos Estados Unidos na última terça-feira, quando o site foi aberto para todos os internautas, mostram dados da consultoria Experian Hitwise. Foram 2,5 milhões de visitas pela web, um recorde para a rede social, cuja média de visitas diárias nos EUA é de 321 mil.
A explosão de tráfego foi motivada, sobretudo, pela popularidade da página principal do Google, que exibia naquele dia uma imensa seta que destacava o link para o Google+.

A rede social da gigante de buscas foi criada em junho e, segundo estimativas, já possui mais de 25 milhões de usuários. Até a terça-feira passada, o acesso a ela só era possível por meio de convites.
Mas, apesar do sucesso de estreia, o Google+ precisa de muito mais acessos para fazer frente ao líder do mercado social, o Facebook. A rede de Mark Zuckerberg tem 800 milhões de usuários - sendo que 500 milhões fazem uso diário do site - e, segundo a Experian Hitwise, registrou no dia de lançamento do Google+ 72 vezes mais acessos que o rival.

'A Google é um negócio, não uma igreja', diz especialista

KEN AULETTA: O botão Curtir do Facebook é uma ameaça mortal à Google / Divulgação

Crítico de mídia da revista "New Yorker" há mais de 30 anos, o jornalista Ken Auletta esmiuçou durante dois anos a história da Google, "um dos negócios mais rentáveis, poderosos e estranhos do mundo". O resultado é o livro "Googled" (Agir, 508 páginas, por R$ 64,90), traduzido no Brasil por Débora Chaves, com posfácio de Pedro Doria. Investigando as origens da Google, Auletta leva o leitor a um passeio pela revolução (ainda em curso) digital. A história da maior empresa virtual do planeta serve também para compreender como seu sucesso e crescimento influenciam as chamadas "empresas do mundo real". Em entrevista ao BLOG DO GUILHERME ARAÚJO por e-mail, Auletta diz que a cultura de engenheiros, fonte da ousadia das empresas "pontocom", é também o seu maior defeito. Segundo o especialista, ao mesmo tempo em que esses jovens criam ferramentas capazes de reinventar a maneira como fazemos coisas básicas, eles têm dificuldade em construir relacionamentos de confiança, e em antecipar o que querem os anunciantes ou lidar com o desejo de privacidade de pessoas e governos. Auletta recomenda às empresas de mídia tradicionais que, em vez de cruzar os braços e culpar a revolução digital por seus prejuízos, aprendam a fazer parcerias com empresas de tecnologia como Google, Amazon e Apple, e a ganhar dinheiro com isso. E cita um clássico da sabedoria popular: "Se não pode vencê-los, junte-se a eles".

O que faz a Google ser tão revolucionária?
KEN AULETTA : Antigamente você ia a uma biblioteca ou fazia uma chamada de telefone para obter informações. Hoje, a informação está a seu alcance em meio segundo com uma pesquisa no Google. Quer assistir a um vídeo perdido há muito tempo, o YouTube da Google está a seu alcance. Telefones inteligentes, que estão substituindo os PCs? O Google Android tem a maior fatia de mercado. Está perdido e precisa de direções? O Google Maps está lá. E-mail? O Google Gmail está disponível. E o que é verdadeiramente revolucionário é que tudo é gratuito. A Google faz dinheiro da mesma forma que a TV ou o rádio tradicional: com venda de publicidade.

O que as empresas de mídia tradicionais podem aprender com a Google?
AULETTA : Contratem grandes engenheiros e os deixem fazer perguntas desconfortáveis, tais como: "Por que estamos fazendo as coisas dessa maneira? Por que não podemos ser mais eficientes?" No mundo digital, o engenheiro pode ser um criador de conteúdo. Engenheiros criaram Google, Apple e Facebook. Enquanto passamos duas horas pesquisando no Google, explorando o iPad, ou no Facebook, não estamos lendo um livro ou vendo TV.

Como a Google transforma as empresas do mundo real?
AULETTA: A Google tem perturbado muitas indústrias tradicionais. Cobrando anunciantes só quando usuários clicam na propaganda, ou sendo capaz de precisar a audiência alvo de cada campanha publicitária, a Google transformou a publicidade. Permitindo que os internautas localizem notícias que os interessam, a Google ajuda a enfraquecer os jornais. E a busca Google afugentou as pessoas das bibliotecas. São apenas alguns exemplos de indústrias impactadas por essa gigante e pela revolução digital.

Vitória histórica da esquerda é golpe em Sarkozy

FRANÇOIS HOLLANDE, candidato favorito às primárias socialistas, comemora o resultado em Paris / Reuters

PARIS — O governo conservador do presidente francês Nicolas Sarkozy sofreu uma dura derrota neste domingo em eleições indiretas para o Senado do país, que pela primeira vez desde 1958, terá uma maioria de parlamentares de esquerda. De acordo com resultados preliminares da votação dos 71.890 deputados, conselheiros e delegados de conselhos municipais de 44 circunscrições francesas, os candidatos esquerdistas tomaram pelo menos 24 assentos que pertenciam aos governistas da União por um Movimento Popular (UMP), assegurando maioria na Casa.
A guinada para a esquerda — que segundo o líder da UMP no Senado, Gerard Larcher, terá consequências “sísmicas” nas eleições presidenciais previstas para abril — foi festejada por militantes socialistas em uma reunião em Paris.
— Este 25 de setembro vai entrar na História — afirmou Jean-Pierre Bel, líder do Partido Socialista no Senado, pedindo mudanças nas eleições para a Casa, que segundo ele tendem a favorecer a direita. — Agora é nossa obrigação construir um novo Senado, realmente representativo dos territórios da França. Um Senado mais moderno e modesto. Estendo a mão a todos aqueles que quiserem se juntar à essa nova maioria.
Premier culpa divisão no governo
Favorito nas primárias socialistas do próximo mês, o pré-candidato à Presidência François Hollande também comemorou o resultado.
— É uma derrota séria, para não dizer grave, para Nicolas Sarkozy — julgou Hollande. — E para o próximo presidente da República, se for de esquerda, será uma vantagem importante.
Por sua parte, Harlem Désir, chefe interino do Partido Socialista que substitui a pré-candidata Martine Aubry na função, afirmou que o resultado mostra uma rejeição ao governo atual.
— Acho que o recado que foi dado hoje é uma sanção à UMP. Mas também é um avanço histórico da esquerda, já que na maior parte dos departamentos nós avançamos, conquistamos cadeiras. É um sinal positivo para as eleições de 2012.
À direita, no entanto, os políticos tentaram minimizar a vitória socialista, afirmando que ela é “normal e matemática”. Mas o primeiro-ministro François Fillon, da UMP assim como Sarkozy, culpou a “divisão que reina na maioria governamental” pela derrota, convocando todos os governistas a se unirem. Por sua vez, o Palácio do Eliseu emitiu uma nota expressando a opinião de Nicolas Sarkozy sobre o episódio:
— Foi uma consequência lógica da progressão da esquerda em eleições locais, que vem ocorrendo desde 2004 —, limitou-se a dizer a Presidência.
Avanço socialista inesperado em Paris
Segundo os resultados parciais, a esquerda ficaria com ao menos 175 das 348 cadeiras no Senado, dividas entre socialistas, verdes e comunistas. A vitória da esquerda já havia sido prevista por analistas locais, mas poucos ousaram pintar um resultado tão favorável à oposição. A derrota da dividida frente conservadora acentua, em todo o caso, a sensação crescente de desgaste da qual sofre Sarkozy — cuja taxa de aprovação vem oscilando nos últimos meses entre 20% e 24%, enquanto tem de lidar com a crise do euro e cortes no Orçamento. Segundo pesquisas recentes, os dois pré-candidatos socialistas mais cotados para vencer as primárias — Hollande e Aubry — derrotariam Sarkozy, caso as eleições presidenciais fossem hoje.
Os resultados inesperados em Paris, onde a centro-direita perdeu dois assentos em relação às últimas eleições, pareciam aumentar a sensação de castigo a Sarkozy. As consequências concretas do resultados dessas eleições, no entanto, ainda são difíceis de serem determinadas. A esquerda poderia tentar usar o Senado para intensificar sua oposição ao governo e propor projetos de leis ou emendas governamentais. A palavra final, porém, cabe à Assembleia Nacional, a câmara baixa francesa, dominada pela UMP.

Parada gay reúne 180 mil pessoas em Duque de Caxias

Viviane Araújo e Sharlene Rosa abriram a 
6ª edição da Parada do Orgulho Gay de Caxias 
Cerca de 180 mil pessoas ocuparam ontem a Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no Centro de Duque de Caxias, para curtir o som dos seis trios elétricos que animaram a 6ª edição da Parada do Orgulho LGBT da cidade. O evento foi aberto pela presidente do Orgulho LGBT, Sharlene Rosa, e os padrinhos da parada Viviane Araújo e David Brasil. Os secretários estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, e de Tecnologia e Ciência, Alexandre Cardoso, marcaram presença no evento. Mais de 100 policiais do 15º BPM (Duque de Caxias) e do 21º BPM (São João de Meriti) fizeram a segurança do evento.

Moradores fazem abaixo-assinado contra venda de prédio inacabado em São Conrado e pedem demolição de imóvel

O 'esqueleto'  do Gávea Tourist Hotel na Estrada das Canoas /  Foto de Marco Antonio Cavalcanti

RIO - A iminência da venda do Gávea Tourist Hotel, hoje um esqueleto encravado no meio da floresta, em São Conrado, reacende a polêmica que se arrasta há mais de 50 anos. Moradores da Estrada das Canoas enviaram à prefeitura um abaixo-assinado no qual pedem a demolição da construção, cujas obras foram interrompidas ainda nos anos 50, além da recuperação ambiental da área. As propostas dos interessados em arrematar o prédio serão abertas hoje, em sessão pública da 5 Vara Cível. Em seguida, serão divulgados os habilitados a entrar na disputa pela propriedade do hotel, cujo leilão está marcado para o dia 6 de outubro, a partir das 13h.
No texto do abaixo-assinado endereçado ao prefeito Eduardo Paes, moradores dizem que o espaço é constantemente ocupado por moradores de rua, além de servir de abrigo para bandidos e lugar de abandono de carros roubados. Além disso, seria um foco de proliferação de mosquitos e ratos. Já se houver um grande empreendimento no local, moradores sustentam que isso poderia afetar o fornecimento de água para boa parte das residências vizinhas.
Paes afirma que garante construção
O prefeito Eduardo Paes disse ontem que ainda não recebeu o abaixo-assinado. Segundo ele, no entanto, a prefeitura fará tudo para viabilizar a instalação de um empreendimento naquele prédio.
— Lerei o abaixo-assinado com o maior carinho, mas vamos garantir a possibilidade de construção ali. O comprador pode ficar tranquilo. Nossa legislação é muito restritiva, mas ali vale a regra (da época). Hoje eu não daria autorização, mas aquilo está assim há mais de 40 anos. A prefeitura não criará qualquer obstáculo.
Uma das preocupações dos moradores é avaliar o impacto ambiental de um grande empreendimento na área. Além da possibilidade de construção de um hotel, há um projeto do arquiteto Paulo Casé, feito em 2005, prevendo um prédio residencial com 204 apartamentos duplex e 221 vagas de estacionamento. Os moradores se posicionam “inteiramente contra a concessão de licença para qualquer projeto arquitetônico, por ser uma área importante para a preservação ambiental da Floresta da Tijuca”.
A atriz Christiane Torloni, que assinou o abaixo-assinado, disse que não houve debate sobre o impacto ambiental de um empreendimento:
— Os moradores deveriam ter sido consultados. E o efeito sobre a área, que já tem luz e água precárias, será terrível. Outros investimentos seriam prioritários por aqui, como transporte e segurança. Não podemos permitir mais uma aberração na cidade.
A chefe do Parque Nacional da Tijuca, Maria de Lourdes Figueira, disse que o hotel não está na unidade.
— Eu teria que verificar se o hotel fica na zona de amortecimento para avaliar se haveria algum impacto ambiental — explicou ela.
Imóvel está avaliado em R$ 29,9 milhões
Pela estimativa de um dos moradores, o jornalista Cláudio Chagas Freitas, o abaixo-assinado tem mais de 500 nomes. Morador do bairro, o administrador de empresas José Carlos Senna disse que a melhor solução seria a derrubada do “esqueleto” e a recuperação da área verde.
— O que não pode é ficar do jeito que está. Prefiro a derrubada, mas há um aspecto econômico que não podemos esquecer. A massa falida quer R$ 29 milhões e seriam necessários mais R$ 15 milhões para a demolição. Se o governo arcar com os custos, ótimo. Se não, sou favorável ao hotel.
Para o urbanista Sérgio Magalhães, professor da UFRJ, o impacto de uma construção daquele porte numa área de floresta requer uma discussão maior, na qual seria importante contar com a colaboração de especialistas de diversos campos, como historiadores, ambientalistas, arquitetos e até mesmo empresários:
— Não é simplesmente porque há um “esqueleto” que se pode construir um prédio residencial ou um hotel no local. Temos que avaliar também que os tempos são outros. O tempo atual é outro, diferente daquele em que, nos anos 50, a construção foi autorizada. Podemos enfrentar essa situação de uma maneira inovadora, reunir as pessoas para um debate complexo.
Avaliado em R$ 29,9 milhões, o “esqueleto” fica num terreno de 22 mil metros quadrados e a área construída é de 30 mil metros quadrados. O imóvel foi projetado em 1958 com 16 pavimentos e 480 apartamentos, pela Companhia Califórnia de Investimentos. A empresa vendeu 11.520 cotas do empreendimento, com a promessa de que cada uma daria ao portador direito a 15 dias de hospedagem por ano no hotel. Dificuldades financeiras, porém, arruinaram os planos. Em 1972, numa operação irregular, a Califórnia transferiu a propriedade do imóvel a duas pessoas físicas, que depois a repassaram a um grupo do setor imobiliário. Em 1977, a Califórnia faliu. Cotistas calculam que têm a receber mais de R$ 29 milhões, levando-se em conta a correção monetária.
O estado de conservação do prédio é o pior possível. Pilares corroídos, carcaças de quatro carros (dois deles cravados de tiros) e muita sujeira compõem uma visão desoladora em meio a um cenário de mata exuberante.

Comissão da Câmara constata que pacientes idosos eram mantidos nas emergências de seis hospitais

Simone Candida (simone.candida@oglobo.com.br)
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EMERGÊNCIA SUPERLOTADA do Hospital Lourenço Jorge (Barra), na semana passada /  Comissão de Saúde da Câmara
RIO - Um levantamento feito pela Comissão de Saúde da Câmara constatou que 101 idosos que já deveriam estar internados em enfermarias permaneciam, no último sábado, em macas ou camas em seis emergências da rede municipal. No Hospital Souza Aguiar, no Centro, havia 26 idosos internados inadequadamente; no Salgado Filho, no Méier, eram 24; no Lourenço Jorge, na Barra, 22; no Miguel Couto, no Leblon, 18; no Paulino Werneck, na Ilha, oito; no Rocha Maia, em Botafogo, três. Todos já estavam no local há mais de 24 horas, período máximo que um paciente deve permanecer na emergência. Enquanto isso, o único centro especializado no tratamento ambulatorial e na internação de idosos da prefeitura, o Instituto Municipal de Geriatria e Gerontologia Miguel Pedro, em Vila Isabel, estava operando abaixo de sua capacidade, segundo relatório da Comissão de Saúde.
— As emergências viraram depósitos de idosos — criticou o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Carlos Eduardo (PSB), que hoje vai entregar cópias do relatório ao Ministério Público, à 1 Vara da Infância, da Juventude e do Idoso e ao prefeito Eduardo Paes. — Nesses seis hospitais, a média de permanência de idosos em pronto-socorro é de 14,7 dias. Há casos de pacientes que estavam apenas com diarreia, desidratados, e ficaram uma semana. Em vez de interná-los em leitos, a prefeitura mantém essas pessoas em macas, em locais inapropriados, o que na maioria das vezes agrava o quadro de saúde desses pacientes.
DRAMA: Aposentado morre à espera de atendimento em frente ao Hospital de Saracuruna
No sábado, a comissão fez vistoria ainda no Instituto Miguel Pedro e encontrou 16 leitos vazios: dez ociosos e seis interditados. Os problemas podem ser vistos logo na entrada: o prédio não tem rampa de acesso e os idosos precisam enfrentar 36 lances de escada para chegar à portaria. No prédio, que tem mais de um século, a fachada tem vários pontos com rebo$caindo, infiltrações, fiação aparente e janelas sem vidro. Paredes de enfermarias apresentam mofo. Nos banheiros, há cadeiras higiênicas com marcas de fungo ou amarradas com luvas cirúrgicas. Há ainda camas e bandejas de refeição enferrujadas e colchões rasgados.
A Secretaria municipal de Saúde informou que o Instituto Miguel Pedro tem perfil diferente das emergências municipais, que recebem pacientes idosos que necessitam de atendimento de média e alta complexidade. Segundo a secretaria, “pacientes idosos com doenças crônicas passíveis de recuperação funcional e com autonomia” internados nas emergências são encaminhados para o Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso (PADI). O órgão frisou que o Instituto Miguel Pedro é um hospital de longa permanência para pacientes de baixa complexidade, que necessitam de cuidados clínicos. De acordo com o órgão, o material permanente (como camas, cadeiras de rodas e higiênicas) é periodicamente substituído ou submetido a manutenção. A secretaria informou ainda que nos últimos dois anos o instituto passou por obras.

Obras da Linha 4 do metrô atraem visitantes na Barra da Tijuca

Patricia de Paula (patricia.paula@oglobo.com.br)
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UM GRUPO nas escavações da Linha 4 do metrô, na Barra: famílias inteiras costumam visitar as obras / Foto de Laura Marques - O Globo

RIO - Visitar as obras da Linha 4 do metrô, na Barra da Tijuca, virou um programa de família. Na manhã deste domingo, cerca de cem pessoas foram conhecer as escavações, na altura do Jardim Oceânico. Com máquinas fotográficas a postos, atenção às explicações e perguntas na ponta da língua, os visitantes não perdiam nenhuma palavra do engenheiro fiscal da obra, João Batista de Paula.
— A visita à obra é sempre positiva. Às vezes, as pessoas passam em frente, mas não têm ideia da dimensão do que acontece aqui dentro — disse o engenheiro.

Iniciativa do Consórcio Construtor Rio Barra (CCRB) e da Secretaria estadual de Transportes, a visitação começa com a exibição de um vídeo sobre o projeto da Linha 4. Em seguida, os visitantes são levados em vans até o interior do túnel. Segundo João Batista, é nessa hora que o número de perguntas aumenta.
— Eles querem saber desde o processo de explosão e escavação até por que não haverá uma extensão até a Alvorada — contou ele.
A família de Anatália Riley era uma das mais animadas no passeio deste domingo.
— Temos aqui pessoas dos 8 aos 80 anos. Resolvemos vir por curiosidade, já que se trata de um meio de transporte que a gente vai usar muito. Achei a obra de uma magnitude incrível — disse Anatália.
Depois de visitar as obras e fazer muitas perguntas aos técnicos, o morador da Barra Paulo Prata chegou a uma conclusão:
— Eu acho que o prazo está curto para o tamanho do projeto. Não sei se vai dar tempo.
João Batista afirmou que as obras estão dentro do cronograma:
— A previsão é que os 14 quilômetros da Linha 4 fiquem prontos em dezembro de 2015, com funcionamento no início de 2016.
A Linha 4 passará por Ipanema, Leblon, Gávea, São Conrado e Barra. A visitação acontece todo último fim de semana do mês. O agendamento é feito pelo e-mail visitaguiada@ccrblinha4.com.br ou pelo telefone 3389-2100.