GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Policiais bandidos haviam montado novo quartel-general na Prefeitura do Rio

 

Delegado Carlos Oliveira


Preso sexta-feira durante a Operação Guilhotina, o ex- subchefe de Polícia Civil e subsecretário de operações da Secretaria de Ordem Pública (Seop), delegado Carlos Oliveira, já havia montado a espinha dorsal de um grupo de milicianos da favela Roquete Pinto, em Ramos, para atuar na Prefeitura do Rio. Segundo o relatório da investigação da Polícia Federal — que desbaratou quatro grupos de policiais acusados de receber propinas milionárias e de vender armas apreendidas para traficantes da favela da Rocinha, em São Conrado, e do Morro de São Carlos, no Estácio — os policiais ligados a Oliveira haviam formado na Seop o "novo quartel general para suas atividades ilícitas".
Segundo as investigações, Carlos Oliveira chegou a pedir a transferência de policiais presos na Operação Guilhotina para prestar serviços na Seop.
Grampo telefônico da Polícia Federal, feito com autorização judicial, revela que o PM Roberto Luís Dias de Oliveira, o Beto Cachorro, ligou, no dia 14 de janeiro, às 12h27m, para o inspetor Christiano Gaspar Fernandes, peça-chave da milícia da Roquete Pinto, chefiada pelo sargento da reserva Ricardo Afonso Fernandes, o Afonsinho, pai de Christiano.
Na ligação, Beto agradeceu a Christiano pela ajuda na transferência do seu filho para a prefeitura. "O Christiano, tô te ligando aí, meu filho! Pra te agradecer aí, pra te agradecer! Cantou hoje o boletim, meu filho vindo pra prefeitura. Muito obrigado mermo (sic)!", disse o PM, que foi preso na operação e é investigado pelo desvio de armas apreendidas.
Pouco depois de receber o pedido de Beto Cachorro, o inspetor Christiano Gaspar Fernandes entrou em contato com o PM Carlos Teixeira, o Bigu, cuja transferência já havia sido publicada para a prefeitura.
Na ligação, feita às 12h28m de 14 de janeiro, Christiano pede que Bigu fale com o delegado Carlos Oliveira, a fim de que o filho de Beto Cachorro trabalhe em companhia do PM. “O filho do Beto publicou também pra lá. Aí, chegando lá, quando se apresentar, fale com o Dr. Oliveira, de repente bota ele com vocês, pra não deixar ele jogado lá”, diz Christiano num trecho da ligação.
“Eu avisei pro Beto. Aí o Beto , ah, dá uma camisa pra ele. Pô eu não sei nem o que tá reservado pra mim, como é que eu vou dar camisa para os outros?”, indaga Carlos Teixeira.
A resposta de Christiano foi incisiva e não deixa dúvida de que o delegado Carlos Oliveira pode ajudar na questão do filho de Beto Cachorro. “Tá maluco cara! Vocês é que mandam! vocês é que mandam lá”, diz o inspetor na mesma ligação.
Em outra ligação, Ricardo Afonso Fernandes, o Afonsinho, chefe da milícia da Roquete Pinto, conversa com um homem e diz que o delegado Carlos Oliveira está tentando arrumar uma lotação para Beto cachorro na prefeitura. “Ele (Oliveira) já tá lá. Vou ver o seu e o do Beto, né?”, diz Afonsinho durante o telefonema, para completar em seguida: “O Bigu foi logo... acho que é por ordem alfabética que ele falou”, completou.

Policial civil que teve a prisão decretada era conhecido por andar com uniforme camuflado e fumar charutos em operações

 

Trovão durante a operação no Complexo do Alemão


Um dos policiais civis que teve a prisão decretada pela Justiça na “Operação Guilhotina” é o inspetor Leonardo da Silva Torres, de 47 anos. Ele pode ser descrito como uma figura lendária na corporação por seu vestuário e atitude nada comuns. Trovão, como é conhecido, fazia parte de um grupo de 15 policiais de ações táticas da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae). Em 2007, ele participou de uma megaoperação no Complexo do Alemão e, enquanto andava pelas vielas do conjunto de favelas, foi fotografado fumando um charuto e vestindo um uniforme camuflado, que não é usado pela polícia do Rio. Por conta desse visual em comum, ganhou também o apelido de “Comandos em Ação”.

Inspetor Trovão vendia armas para traficantes

 

Inspetor Trovão.


Integrado por cinco policiais e um informante, o grupo de policiais chefiado pelo inspetor Leonardo da Silva Torres, o Trovão, é apontado pela PF como responsável pela venda de pistolas, metralhadoras e fuzis apreendidos em operações policiais para os traficantes Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol e Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. De acordo com a investigação, os policiais são acusados ainda de receber do tráfico uma propina mensal de R$ 100 mil.
Segundo o relatório da Polícia Federal, no dia 24 de julho de 2009, durante uma operação no Morro da Coroa, deflagrada pela Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), onde Trovão era lotado, foram apreendidos, um fuzil dourado e duas pistolas Glock, calibre nove milímetros. Vinte e quatro horas depois, as pistolas foram vendidas pelos policiais para o traficante Roupinol. O encarregado de intermediar o negócio foi o informante Magno Pereira do Carmo, que está atualmente preso no Presídio Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
O mesmo grupo de policiais também é apontado como sendo o responsável pela negociação de uma metralhadora ponto 30. Capaz de derrubar helicópteros, a arma, apreendida em 2009 no Morro da Mangueira, foi vendida para traficantes do São Carlos e da Rocinha. A mesma equipe de policiais também teria participado da apreensão de um fuzil, em 4 de dezembro de 2009, no Morro da Pedreira.
Outro investigado é o PM Carlos Eduardo Nepomuceno Santos, acusado de receber R$ 20 mil mensais para passar informações à Rocinha.

Core faz operação para lacrar delegacia da Polícia Civil

 

Policiais da Core lacram, por determinação do chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas


Três equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil estão, neste momento, lacrando a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas - Inquéritos Especiais (Draco-IE), na Zona Portuária do Rio. Ainda não se sabe qual o motivo da operação. O titular da Draco, delegado Cláudio Ferraz — nomeado o novo subsecretário de Contra-Inteligência da Secretaria de Segurança — ainda não foi encontrado. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, o chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, ligou na manhã deste domingo para o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, informando que faria a operação, devido a suspeitas de que haveria corrupção na delegacia. A assessoria afirmou que Turnowski tem autonomia para realizar a ação e que Beltrame não vai se pronunciar neste domingo sobre o fato.

Chefe de Polícia manda lacrar delegacia especializada por suspeita de corrupção

Terceiro andar da Draco é lacrada a mando do chefe de Polícia, Allan Turnowski. Ação tem como pano de fundo briga por poder na Segurança Pública do Rio

Quarenta e oito horas após a Polícia Federal deflagrar a Operação Guilhotina, que prendeu 30 policiais civis e militares suspeitos de envolvimento em corrupção, formação de milícia e saque de bens de bandidos — entre eles, o ex-subchefe de Polícia Civil Carlos Oliveira —, o chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, mandou lacrar, neste domingo, o acervo cartorário da Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). A delegacia especializada colaborou nas investigações da PF. Como motivo, Turnowski disse ao secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, segundo a assessoria do órgão, que há suspeitas de corrupção envolvendo a equipe do diretor da Draco, Cláudio Ferraz.
A ação teria como pano de fundo uma briga pelo poder na cúpula da segurança pública. No sábado, Beltrame disse que Allan não estava garantido no cargo. Na sexta-feira, o chefe de Polícia Civil foi chamado à PF para prestar esclarecimentos sobre os fatos que deflagraram a Operação Guilhotina. Ferraz, por sua vez, já foi cogitado algumas vezes para assumir a chefia de Polícia. Ele é homem de confiança de Beltrame. O secretário já chegou a classificar Ferraz como “a principal autoridade da segurança no combate à milícia no Rio”.
— Não fui informado oficialmente dos motivos da operação que lacrou a delegacia. Amanhã (hoje), às 10h, vou prestar depoimento na Corregedoria e saber o que está acontecendo — disse Ferraz.
Beltrame consentiu
A ação de ontem foi antecedida por um telefonema de Allan a Beltrame. Segundo sua assessoria, Beltrame não foi contra, e, hoje, irá tomar conhecimento de mais detalhes da operação.
À tarde, três equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil foram à Draco, na Zona Portuária do Rio. Segundo alguns policiais, a Corregedoria deve ir hoje à Draco para recolher computadores e material na especializada.


Disputa
Quando o delegado Allan Turnowski assumiu a Chefia de Polícia Civil, em 22 de abril de 2009, no lugar de Gilberto Ribeiro, o secretário de Segurança sofreu um revés político. Seus nomes para o cargo eram Rivaldo Barbosa, então subsecretário de Inteligência, e Cláudio Ferraz, titular da Draco, mas José Mariano Beltrame se viu, administrativamente, obrigado a aceitar a indicação de Turnowski.
Agora prestigiado pelo governador Sérgio Cabral, neste início de segundo mandato, Beltrame pretende repetir, nas polícias Civil e Militar, a receita que usou ao assumir a pasta. Quando sentou no gabinete da Praça Cristiano Ottoni, em janeiro de 2007, levou delegados de sua confiança, ambos da Polícia Federal, para as duas principais subsecretarias: Roberto Sá, na de Integração Operacional, e Edval Novaes, na de Inteligência.
Depois da Operação Guilhotina, a substituição de Allan passou a ser considerada, nos corredores do prédio da Central do Brasil, apenas uma questão de tempo.
— A ordem que recebemos da Chefia de Polícia é “ninguém entra e ninguém sai” — disse um policial da Core, dando o tom do clima tenso que tomou conta da Polícia Civil, ontem.
Recentemente, a Draco passou a ser subordinada à Secretaria de Segurança, como aconteceu originalmente, na época da sua criação. Dessa forma, Cláudio Ferraz deixou de responder por seus atos a Turnowski. Na semana passada, Ferraz foi anunciado como novo titular na Superintendência de Contrainteligência da Secretaria estadual de Segurança.
Uma espécie de promoção na hierarquia da cúpula. A nomeação era esperada para esta semana.

Operação Guilhotina: arsenal da quadrilha é apresentado pela PF

 

Delegado da Polícia Federal Allan Dias apresenta material apreendido, durante a Operação Guilhotina, neste domingo, na Superintendência da PF, Zona Portuária


A Polícia Federal apresentou, na tarde deste domingo, o material apreendido durante a Operação Guilhotina, que indiciou 45 e prendeu 38 pessoas — sendo 20 policiais militares e dez policiais civis — acusadas de formarem um quadrilha que vendia armas e informações sigilosas a traficantes de drogas, além de formarem grupos de milicianos. Até o momento, de acordo com o delegado da PF Allan Dias, foram contabilizados uma granada, dois fuzis 556 (um deles com luneta), duas carabinas 38, sete pistolas calibres 380 e 40, um revólver 38, cinco mil projéteis de fuzis e pistolas de diversos calibres, 50 carregadores, 12 rádios comunicadores, duas lunetas, R$ 60 mil e 700 euros (cerca de R$ 1,5 mil) em espécie, 16 relógios.
Munição, armas e dinheiro foram encontradas em quatro residências. Só no endereço de um PM, em Jacarepaguá, estavam uma granada, um fuzil e três pisoltas. A PF também apreendeu cerca de 20 cordões de ouro e prata, que teriam sido furtados pelos policiais, em casas de traficantes, como espólio de guerra, durante as ocupações da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, em novembro de 2010.
Na moradia do policial civil Stanlei Couto Fernandes, em Bento Ribeiro, os agentes da PF apreenderam munição de fuzil e pistola, que estava dentro de uma caixa de aparelho de jantar, e os 16 relógios, avaliados em R$ 4,5 mil. A outra caixa de munição foi recolhida da 22ª DP (Penha), pois não havia qualquer registro de entrada deste material na unidade, o chamado acautelamento. Na Delegacia de Represssão a Armas e Explosivos (Drae), a PF e a Corregedoria Geral Unificada (CGU) apreendeu 60 sacolés de cocaína, que não estavam atrelados a qualquer registro.
De acordo com Allan Dias, a investigação continua, mas ele afirmou que, com o que foi feito até agora, a quadrilha “perdeu seu cérebro”. Segundo o delegado, o grupo soube que estava sendo investigado e tentou ocultar provas. Pelo menos quatro fuzis ainda estão sendo procurados.
— Ainda vamos abrir alguns malotes, mas grande parte das apreensões já está relacionada. Nós miramos as cabeças das organização criminosas. Nosso trabalho foi preparado para guilhotinar as lideranças para deixarmos acéfalos estes grupos ilegais — ressaltou Dias.
Mais um policial se entrega
O inspetor da Polícia Civil Giovanni Gaspar Fernandes é o 38º preso da Operação Guilhotina. Ele se entregou, por volta das 16h deste domingo, na 16ª DP (Barra da Tijuca). Segundo o relatório da PF, Giovanni faz parte da milícia de seu pai, Ricardo Afonso Fernandes, PM da reserva, no bairro de Ramos, Zona Norte do Rio.

Búzios é cenário de inúmeras irregularidades durante o verão, mesmo com operação de fiscalização

Embarcação próxima aos banhistas em Búzios - Foto de Hudson Pontes

RIO - Nas praias de Búzios, os banhistas são obrigados a abrir a carteira e os olhos para ameaças. Paisagens de cartão postal, mar azul e muita badalação atraem milhares de pessoas para o balneário no verão, quase na mesma proporção das irregularidades, algumas arriscadas. Neste fim de semana, uma equipe do @ILEGALeDAI esteve na cidade para um twittaço e constatou: a presença do Choque de Ordem do município e de equipes da Marinha nas areias não foi suficiente para coibir práticas ilegais, como cobrança de consumação mínima por barraqueiros e o uso de jet-skis na beira do mar.
(Veja as fotos das irregularidades em Búzios )
Na Praia da Tartaruga, a areia foi loteada. Centenas de mesas e cadeiras não deixam espaço para quem quer curtir o lugar sem virar refém dos barraqueiros. Todos exigem que os turistas, veranistas e mesmo moradores de Búzios peçam um prato de peixe e salada para dois, que pode custar até R$ 70. O funcionário de uma das barracas contou que a consumação mínima foi instituída por causa do número limitado de mesas permitido, que seria de dez para cada comerciante. Resta aos que preferem não pagar abrir sua cadeira de praia dentro d'água.
Aqui é um lugar público. Se eu quiser usar a areia vou ter que pagar? Eles não podem cobrar um valor sobre a coisa pública
Quando soube da cobrança, o empresário paulista José Carlos Pipisco, que visitava a região com a mulher e a filha, desistiu de usar as cadeiras de plástico das barracas.
— Aqui é um lugar público. Se eu quiser usar a areia vou ter que pagar? Eles não podem cobrar um valor sobre a coisa pública — disse, em tom indignado, o empresário, após recusar a proposta de um barraqueiro.
O casal de consultores Juliana Lacerda e Paulo Henrique Oliveira, que mora no Rio, aproveitou o sábado na Tartaruga com sua cadeira de praia na beira d'água.
— A gente fica refém. Não pode usar nem o espaço público. E, se não usa a mesa deles e quiser consumir, tem que pagar preços abusivos. Para vir, ou você traz suas coisas ou paga o que querem — reclamou Paulo.
Numa das entradas de Geribá, uma faixa pede aos banhistas que não paguem consumação mínima. O aviso informa que a prática fere o Código de Defesa do Consumidor. A divulgação, porém, não chega a constranger: logo adiante, o funcionário de uma barraca deixa claro que, ali, só usa as cadeiras e mesas de plástico quem pedir petisco ou um prato. A ilegalidade se repete ao longo da praia. Em frente a um dos pontos mais movimentados, onde fica o Fishbone Café, os barraqueiros pedem que o banhista consuma pelo menos R$ 60 para usar os equipamentos. A outra opção é o aluguel de duas cadeiras e uma barraca, por R$ 25. Já sabendo dos valores, a família do comerciante Irineu Andrade Silva, de Muriaé, em Minas Gerais, leva lanche e cadeiras e barraca:
— Eles tomam a praia toda. E, se a gente chega com a nossa barraca, eles olham de cara feia.
Os barraqueiros da Azeda não cobram consumação, mas o aluguel de duas cadeiras pode sair caro na praia: ontem, custava entre R$ 14 e R$ 21.
Eles tomam a praia toda. E, se a gente chega com a nossa barraca, eles olham de cara feia
— É o contrário do Rio. Aqui só te entregam a cadeira se você pagar. E uma cadeira é R$ 7. Paguei porque fica difícil sair do táxi aquático com cadeira e barraca — disse a professora de canto lírico da UFRJ Heliana Farah.
O fim de semana de sol também foi um prato cheio para os ambulantes. Alguns vendiam alimentos sem qualquer tipo de condicionamento e proteção ao lado de fiscais de posturas, que pareciam mais observar do que agir contra o festival de problemas. Na Praia de João Fernandes, a família de Mirta Cortopassi, de Buenos Aires, caiu na armadilha da promoção do camarão. O grupo pagou R$ 10 a um ambulante por quatro espetinhos, que ficavam em um tabuleiro, sem cobertura e sob sol forte.
— Não sabia que era proibido ou perigoso. Em Buenos Aires, como é frio, não teria perigo. Agora, não compro mais camarão — disse Mirta.
Todas as irregularidades flagradas pela equipe do GLOBO serão encaminhadas aos órgãos competentes.

Chefe da Polícia Civil acusa de extorsão delegado que ajudou PF a prender corruptos

Denúncias levam o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, a determinar devassa na Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). Na foto, policiais diante da delegacia - Foto de Marcelo Theobald

RIO - Dois dias após ter sido convocado a explicar na Polícia Federal o envolvimento de seu ex-subchefe operacional com uma quadrilha ligada ao desvio e venda de armas a traficantes, o chefe da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, determinou uma devassa na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que teve as portas lacradas, no fim da tarde de domingo. Foi na unidade que começou parte da investigação que resultou na Operação Guilhotina, na qual o delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira — ex-braço direito de Turnowski — foi preso. A iniciativa de investigar a Draco, segundo o chefe da Polícia Civil, foi tomada a partir de denúncias sobre o suposto envolvimento da equipe da unidade em extorsões contra empresários.
Escutas da PF revelam esquema de policiais corruptos no Alemão
Armas desviadas lotariam uma sala, diz PF
Procurado pelo GLOBO, o delegado Claudio Ferraz disse que não iria se pronunciar sobre a decisão de Turnowski. Na quinta-feira, Ferraz foi nomeado pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, subsecretário da Contra Inteligência. Na mesma ocasião, Beltrame determinou que a Draco voltasse a ficar sob o comando direto da Secretaria de Segurança, saindo assim da estrutura hierárquica da Polícia Civil. O GLOBO tentou ouvir Beltrame sobre a iniciativa de Turnowski, mas, segundo a assessoria de imprensa, o secretário só falará nesta segunda-feira a respeito do caso. Beltrame, segundo sua assessoria, iria a Brasília, mas mudou a agenda para acompanhar o desfecho do episódio. Ainda de acordo com a assessoria, ele preferiu não responder se a iniciativa de Turnowski seria uma represália à equipe da Draco.
Beltrame foi informado sobre devassa na Draco Turnowski justificou a iniciativa dizendo que há denúncias graves de corrupção por parte de empresários contra o diretor da especializada e seu chefe de investigações, Jorge Gherard. A atitude de Turnowski agrava ainda mais a crise na Polícia Civil. Na semana passada, o ex-subchefe da instituição, o delegado Carlos Antonio Luiz Oliveira, foi preso na Operação Guilhotina da Polícia Federal. Ele e mais 37 pessoas, incluindo 29 policiais são suspeitos de vários crimes, entre eles desviar armas apreendidas em operações e vendê-las a traficantes. O delegado Carlos Oliveira também é apontado como chefe da milícia que atuava na favela Roquete Pinto, em Ramos. ( Leia também: Investigação da PF revela que Carlos Oliveira transformou gabinete na prefeitura em 'quartel general' de sua quadrilha)
Segundo Turnowski, a decisão de fazer uma devassa na Draco foi comunicada a Beltrame, que já havia dito, semana passada, que quer fazer uma limpeza na Polícia Civil. Um dia após a operação, Beltrame havia dito em entrevista ao RJ-TV, da Rede Globo, que ninguém estava garantido no cargo e que nenhum subordinado tinha carta branca, referindo-se ao chefa da Polícia Civil. Beltrame acrescentou que não adiantava apresentar resultado sem lisura ou lisura sem resultado.
Após Turnowski determinar a interdição da Draco, uma equipe da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) esteve no prédio, onde funciona a sede da unidade, no Centro, para lacrar a porta. A determinação é de que a Corregedoria Interna da Polícia Civil faça uma correição extraordinária na delegacia, antes de Ferraz passar o cargo ao delegado Fernando Capote.
Há pelo menos três meses, uma disputa interna teria sido iniciada na cúpula da Polícia Civil. O pivô seria a mudança de comando na corporação. Na ocasião, os nomes de dois delegados — Claudio Ferraz e Rivaldo Barbosa, então subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança — foram cogitados como possíveis sucessores de Turnowski.
Turnowski ingressou na Polícia Civil em 1996, depois de passar no concurso para delegado de polícia. Desde então, ele atuou na 16ª DP (Barra da Tijuca), na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFA), sendo promovido a Diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde ficou por seis anos. Neste último cargo, ele foi nomeado pelo ex-chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins — que chegou a ser preso por formação de quadrilha e ainda responde a processo por lavagem de dinheiro — e mantido pelo sucessor dele, Gilberto Ribeiro. Ele assumiu o cargo de chefe de Polícia em março do ano passado.

Ex-subchefe operacional da Polícia Civil, Carlos Oliveira tem imóvel de mais de R$ 1 milhão

RIO - Preso na Operação Guilhotina, o ex-subchefe operacional da Polícia Civil, delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira, adquiriu, recentemente, um apartamento avaliado em R$ 1,3 milhão no Residence Saint Martin, no Condomínio Península, na Barra da Tijuca. A análise da evolução patrimonial dos 45 indiciados pela ação de sexta-feira — entre eles policiais civis e militares — integra a segunda fase da investigação conjunta de Polícia Federal, Secretaria de Segurança e Ministério Público estadual. ( Leia também: Chefe da Polícia Civil acusa de extorsão delegado que ajudou PF a prender corruptos )
O delegado federal Allan Dias, um dos responsáveis pela operação, disse no domingo que vai pedir à Justiça o sequestro dos bens dos policiais presos. Na relação, constam imóveis de luxo e carros importados. Segundo Allan Dias, os bens são incompatíveis com os salários dos policiais. Há casos de inspetores que recebem R$ 2 mil mensais e têm dois imóveis em bairros como Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá.
— Tinha envolvido com até cinco televisões de LCD em casa. Todo o material foi apreendido e ficará à disposição da justiça e depois será leiloado — disse Allan Dias.
Trabalho vai investigar parentes próximos Além do imóvel de quatro quartos no Saint Martin, o delegado Carlos Oliveira — acusado de chefiar uma quadrilha ligada ao desvio e venda de armas e munições a traficantes; e de explorar como milícia a favela Roquete Pinto, em Ramos — teria ainda um Audi A4 e imóveis em Campo Grande, na Zona Oeste. Segundo homem na hierarquia do bando, o sargento da reserva da PM Ricardo Afonso Fernandes, o Afonsinho, teria uma casa de praia em Arraial do Cabo, Região dos Lagos.
Os policiais da quadrilha de Oliveira não são os únicos com patrimônio incompatível. O cabo da PM Aldo Leonardo Premoli Ferrari, o Léo Ferrari, teria dois imóveis, entre eles uma casa no Recreio. Segundo a PF, ele integrava o bando chefiado pelo inspetor da Polícia Civil Leonardo da Silva Torres, o Trovão. O grupo é acusado de receber propina mensal de R$ 100 mil dos traficantes Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, e Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, morto ano passado.
( Leia também: Investigação da PF revela que Carlos Oliveira transformou gabinete na prefeitura em 'quartel general' de sua quadrilha )
O rastreamento dos bens dos policiais presos também vai avaliar o patrimônio de parentes como pais, filhos e mulheres. O coordenador da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Rio, promotor Homero das Neves, diz que é comum policiais corruptos usarem "laranjas" para acobertar patrimônio incompatível.
Antes mesmo da Operação Guilhotina, o controle de bens de policiais já estava nos planos da Secretaria de Segurança Pública. Na última semana, foi criado um grupo de sindicância patrimonial. Os bens e o enriquecimento de policiais serão investigados pelas corregedorias das polícias Civil e Militar, pela Corregedoria Geral Unificada e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/IE).
A Draco vai receber uma cópia do inquérito da Operação Guilhotina. O novo titular, Alexandre Capote, agora subordinado diretamente à Secretaria de Segurança Pública, vai investigar a participação dos presos em vários homicídios.

Quatro pessoas são detidas dentro de carro em São Gonçalo

RIO - Quatro pessoas - três homens e uma mulher - foram detidas no fim da noite deste domingo, em Tribobó, no município de São Gonçalo. O grupo estava num Vectra de cor escura e vidros filmados, que chamou a atenção de policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV) que faziam o patrulhamento de rotina na RJ 104 (Niterói-Itaboraí). Com eles havia uma pistola glock e, segundo os PMs, os homens confessaram a participação em crimes. Um deles, que foi preso em 2008 depois de assaltar uma joalheria em Niterói, está em condicional. Um já praticou assalto a pedestres e, o outro, roubou uma banca de jornais há três meses. Os policiais suspeitam que eles iriam praticar assaltos na rodovia. A mulher, que namora um dos homens, disse que nunca cometeu crimes. O grupo foi levado para a 74 DP (Alcântara).

Verão: salva-vidas femininas se destacam nas praias do Rio

 

A tenente Amanda Cavaleiro e a soldado Amara Velloso: salva-vidas de prontidão nas praias do Rio


Nas praias lotadas do verão carioca, uma figura se destaca: a dos salva-vidas, responsável pelo resgate dos afogados. Mas quem pensa que só tem homem fazendo o trabalho está enganado. A mulherada, devagarzinho, está ocupando seu espaço. Entre os mil salva-vidas, já são sete mulheres trabalhando nas areias do Rio e chamando a atenção da galera, principalmente dos homens!
— Os homens ainda estranham quando é uma mulher realizando o salvamento. Quando chegamos à areia, eles acabam sendo sacaneados pelos amigos — conta a soldado Amara Velloso, guarda-vidas (nome técnico da profissão) no Posto 8, em Ipanema.
Em um dia de praia lotada, elas chegam a realizar 60 salvamentos no mar. A maioria dos afogados são turistas e a galera que bebeu um pouquinho a mais. Mas não é só nessa hora que os marmanjos dão trabalho para as meninas. Quando estão na areia, as salva-vidas ouvem piadinhas e cantadas no tipo "Se eu me afogar você me salva?" ou "Tô precisando de respiração boca a boca".
— O sonho dos homens e ver no salvamento a Pamela Anderson (atriz do seriado americano S.O.S Malibu). A gente leva muita cantada boba. No dia em que alguém falar alguma coisa diferente, de repente vou até reparar — conta a tenente Amanda Cavalheiro, que trabalha em diversos postos na Zona Sul.
Além do processo de admissão nos Bombeiros, todas as salva-vidas passam pelo Curso de Salvamento no Mar igualizinho aos homens. A preparação dura sete meses e inclui treinos no inverno no mar com ondas de cerca de três metros.

Fluminense vence o Madureira e fica em primeiro no Grupo B da Taça Guanabara

 

Rafael Moura comemora o gol que marcou na vitória do Fluminense


RIO - O domingo saiu melhor que a encomenda para o Fluminense. O Tricolor bateu o Madureira por 1 a 0, mais um gol de Rafael Moura, e voltou a vencer após dois tropeços. Para completar, o Botafogo tropeçou no Macaé e o Flu terminou em primeiro no Grupo B da Taça Guanabara, evitando o clássico contra o Flamengo nas semifinais. O Boavista será o adversário, no próximo sábado - clique e veja como foi no tempo real.
O Fluminese terminou a Taça Guanabara com 18 pontos, um a mais que o Botafogo.
Veja a classificação final da Taça GuanabaraA maior surpresa do Flu em Volta Redonda foi a escalação de Ricardo Berna, barrando Diego Cavalieri. O goleiro apareceu fazendo boa defesa aos 14, em chute cruzado de Rodrigo.
O Fluminense parecia perigoso, levando perigo apenas em bolas alçadas na área. Em uma delas, em cobrança de escanteio, Digão cabeceou em cima do goleiro Cleber, e a bola ainda bateu na trave antes de sair. No melhor lance do primeiro tempo, Conca arrancou em velocidade, passou por dois marcadores e chutou rasteiro, forte. Cleber defendeu firme.
O goleiro do Madureira brilhou no segundo tempo, defendendo chutes de Souza e cabeçada de Gum. Quando não aparecia, Cleber contava com a sorte. Aos 14, Rafael Moura, livre na risca da pequena área, cabeceou no travessão.
O He-Man, porém, não perdeu na segunda chance que teve. Aos 29, Conca bateu falta na área e, de costas para o gol, Rafael Moura desviou de cabeça para abrir o placar. Foi o quinto gol do atacante em três jogos desde seu retorno ao Flu. O gol que valeu a liderança do grupo B da Taça Guanabara.
Conca tenta levar o Fluminense ao ataque - Foto: Divulgação/Photocamera

Comentario de um fã

Seja lá o que tenha passado pela cabeça da Ariadna pra não confessar que era operada, eu continuo concordando com ela. apesar de se tratar de um reality show é  no mínimo muita inocência pensar que todo mundo que está na casa leva a vida lá dentro normalmente, ao invés de estar representando um personagem. todo mundo ali 'tá louco pela grana, a ariadna só era mais uma. não contou com o preconceito e a falta de informação da população brasileira e acabou perdendo a chance de abocanhar uma boa quantia de dinheiro. agora neguinho vir dizer que "ela não ficou na casa porque não confessou que era transexual" - ah, faça-me o favor! ariadna conhece muito bem o país em que vive e, acima disso, a maldade amalgamada no coração do ser humano, talvez por isso tenha sentido receio e prefiriu não se manifestar a respeito da operação. ela não tem a menor obrigação de dar satisfação nem pro brasil, nem pra senhor ninguém se ela não tiver vontade. infelizmente a felicidade das transexuais (e dos outros em geral) ainda incomodam muita gente. se ela ergue a voz e diz pros quatro cantos do mundos que é mulher - que assim seja! as pessoas têm o direito de ser e dizer o que quiserem. qual o problema dela dizer que é mulher? mesmo se ela dissesse que era unicórnio, duende, anjo, salamandra, espírito santo, exu - quem é que tem a ver com a vida? alguém paga as contas dela? o brasileiro fala é demais. "ah, ela não é mulher porque não tem útero", e quanto as mulheres estéreis, elas não são mulheres porque não podem gerar um bebê? pra ser mulher de verdade é preciso muito mais que um útero. há tantas mulheres no brasil parindo "abortos" que seria preferível que essas (mulheres) fossem estéreis. quanto aos comentários fanático-religiosos de certos "libero-neo-petencon​tais" abaixo, prefiro não responder que é perda de tempo. me recuso a discutir com seres humanos que custeiam instutições religiosas e carros importados para sumo-sacerdotes sem escrúpulos. ariadna é pérola jogada aos porcos neste chiqueiro sem tamanho que é o nosso. mas é normal: as pessoas temem o desconhecido por falta de informação. acorda brasil!

Agora eu quero fazer um pedido aos amigos e leitores

Eu, Guilherme Araújo e um grupo de amigos estiveram na região serrana esta semana e constatamos a realidade desses municípios È DRAMATICA.

Após essa visita resolvemos ir à luta e fazer uma AÇÃO SOCIAL / CAMPANHA entre amigos, blogueiros e empresários para ajudar as famílias vitimas das chuvas da região serrana do Rio de Janeiro.

O nosso objetivo é compra 25 mil dúzias de garrafas de água para doar as famílias e enviá-las até o dia 28/02/2011.

Banco: Itaú
Agencia: 8159
Conta corrente: 02845-8

As doações acima de R$ 30,00 o doador ganha um CD universitário sertanejo. Após a sua doação, envie o numero do seu deposito para este e-mail: blogdoguilhermearaujo@hotmail.com seguido de seus contatos para que você possa receber o CD sertanejo universitário.

A sua doação deve ser de coração e espontânea...

Ariadna revela porque não contou aos brothers sobre mudança de sexo

FAMOSIDADES

SÃO PAULO – Na segunda parte do “Domingão do Faustão” deste domingo (13), os ex-BBBs Ariadna e Cristiano enfrentaram perguntas dos espectadores e, como esperado, o foco foi a cirurgia de mudança de sexo de Ariadna.
Os ex-brothers que já passaram pelo programa afirmaram que, se ela tivesse revelado que era transexual, talvez tivesse ficado mais tempo na casa. Ariadna rebateu, dizendo que, depois de tudo que enfrentou, não devia satisfações.
“Eu não tenho que sair por aí depois de tudo que passei falando ‘sou operada, fui operada, antes eu era travesti’. Gente, acabou! Fui até o outro lado do mundo sem falar nenhuma outra língua, sozinha, consegui o dinheiro pra me operar, hoje eu sou uma mulher”, desabafou.
“Se elas [as pessoas] parassem para ouvir minha história, o R$ 1,5 milhão era meu", arrematou.
Além do assunto sobre a mudança de sexo, Ariadna também comentou sobre o preconceito das pessoas por ela ter sido garota de programa e, em partes, o culpou por sua eliminação.
O domingo também foi de emoções para a ex-sister: além de seu namorado, Gabriel, seu pai (em vídeo) declarou apoio e amor à filha. “Nunca me vi no direito de interferir ou não na vida dela. Apoiei e vou apoiar sempre", declarou seu pai.