A droga acessíveis pode ser uma verdadeira ‘virada de jogo’, de acordo com um estudo publicado na revista Neurology.
Como a demência se desenvolve por anos antes do diagnóstico, os cientistas acreditam que a droga poderia intervir antes da progressão da doença.
O estudo descobriu que os benefícios associados à pílula eram mais fortes para aqueles que também tinham histórico de derrame ou doença isquêmica do coração. Esses pacientes foram, respectivamente, 43% e 54% menos propensos a desenvolver o distúrbio cerebral.
Os números foram calculados após a contabilização de fatores potencialmente agravantes, como pressão alta, tabagismo e atividade física.
No geral, a incidência de demência – que descreve um conjunto de sintomas associados ao declínio cognitivo contínuo – caiu 16% entre os participantes que receberam o medicamento.
E quanto mais tempo os pacientes tomavam pioglitazona, menor era o risco.
A equipe de pesquisa relatou que o risco caiu em 22% e 37% em pessoas que usaram a medicação por dois e quatro anos, respectivamente.
Os resultados do estudo foram baseados em 91.218 indivíduos na Coreia do Sul rastreados por uma década em média, com 3.467 participantes tomando pioglitazona.
Benefício apenas para quem tem diabetes
É importante ressaltar que os resultados do estudo sugerem que apenas pessoas com diabetes podem colher esse benefício.
“Em alguns estudos anteriores de pessoas com demência ou em risco de declínio cognitivo que não tinham diabetes, a pioglitazona não mostrou nenhuma proteção contra a demência”, disse o principal autor do estudo, Dr. Eosu Kim, da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul.
Tal como acontece com todos os medicamentos, o remédio provoca efeitos colaterais potenciais, com os usuários relatando inchaço, perda óssea, ganho de peso e insuficiência cardíaca congestiva.
A equipe acrescentou que são necessárias mais pesquisas, que se concentrarão na segurança a longo prazo do medicamento, bem como na dose ideal.
Sinais de Alzheimer
A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometendo habilidades de pensamento e a capacidade de realizar as tarefas simples do dia a dia.
De acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento (NIA), dos EUA, os sintomas de Alzheimer podem variar de uma pessoa para outra. Problemas de memória são tipicamente um dos primeiros sinais da doença. Outros sinais e sintomas incluem:
- dificuldade para pensar na palavra certa
- Repetir sempre as mesmas perguntas
- perda de espontaneidade e senso de iniciativa
- perder a noção de datas ou da localização atual
- levar mais tempo para concluir as tarefas diárias normais
- problemas para lidar com dinheiro e pagar contas
- desafios no planejamento ou resolução de problemas
- Perder coisas ou guarda-las em lugares estranhos
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