A boa notícia é que um quilo continua a pesar um quilograma. Melhor ainda é que uma fórmula matemática aprovada pela comunidade científica em novembro de 2018 passou a substituir, desde hoje, o cilindro de platina e irídio que servia como padrão há 130 anos. O novo padrão vigora a partir desta segunda-feira, 20, Dia Mundial da Metrologia.
O quilograma passa a ser definido pela constante de Planck, representada pela letra “h”, que relaciona a energia de um fóton com a sua frequência. Conhecida como “o grande quilo”, a unidade era até então definida pelo cilindro guardado em um cofre trancado a três chaves em Sèvres, nos arredores de Paris.
Devido às variações no padrão notadas pela comunidade científica, a solução encontrada foi substituir o objeto sólido pela fórmula matemática, considerada mais confiável. A decisão foi aprovada por unanimidade pelos representantes dos 60 Estados-membros do Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), entre os quais o Brasil, em 16 de novembro de 2018, ao final de três dias de debate.
Além do quilo, os cientistas também revisaram o ampere (unidade de medida da corrente elétrica), o kelvin (unidade de temperatura) e o mol (unidade utilizada para expressar a quantidade de matéria).
“É uma mudança radical de paradigma. Desde 1799, o sonho de estabelecer constantes universais para as unidades de medida esteve na mente de todos os físicos”, declarou a secretária-executiva do Comitê Consultivo de Unidades do BIPM, Estefanía Mirandés.
Além da importância histórica, o “grande quilo” ainda possuirá uma utilidade científica, já que poderá servir para o estudo de suas variantes de massa e dos motivos pelos quais isso acontece.
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