Nesta segunda feira (20) a Câmara de Comércio dos Estados Unidos liberou uma licença temporária permitindo a Huawei de manter as redes de telefonia que a empresa já possui no país e, assim, podendo enviar atualizações para os dispositivos móveis que já foram vendidos para os clientes americanos por mais um tempo.
A licença vem como forma de diminuir o baque da restrição imposta na semana passada pelo governo dos Estados Unidos, que colocou a companhia em uma “lista especial” que exige que a companhia chinesa obtenha aprovação governamental para fechar qualquer negócio com qualquer empresa dos Estados Unidos.
Ainda que a gigante chinesa tenha vendido poucos de seus smartphones nos Estados Unidos por não ter conseguido encontrar um fornecedor local para distribuir seus aparelhos, os equipamentos da companhia são utilizados por diversas operadoras de telefonia móvel e de internet, e com o decreto a empresa ficava impossibilitada de atualizar esses equipamentos ou até mesmo dar a manutenção preventiva necessária a eles.
A licença temporária tem início imediato e permitirá que a companhia continue a operar nos equipamentos já existentes no país até o dia 19 de agosto, dando à empresa cerca de três meses para negociar um acordo mais duradouro. Além das operadoras de telefonia, a proibição também afetaria os consumidores locais que compraram smartphones da Huawei, pois receberiam apenas as atualizações de software disponibilizadas pela Google(que desenvolve o sistema operacional Android utilizado nos smartphones da empresa), e não receberiam nenhuma atualização que viesse da própria Huawei, como novas versões de firmware, por exemplo.
Já há alguns anos o governo dos Estados Unidos vive em “pé de guerra” com a companhia chinesa, pois acusa a Huawei de utilizar seus equipamentos para espionar as comunicações do país e enviar gravações dessas conversas para o governo chinês. E, com a escalada da “guerra fiscal” entre os Estados Unidos e a China nas últimas semanas, não é de se espantar que a gigante chinesa — atual segunda maior fabricante de smartphones do mundo — tenha sido o primeiro alvo específico do governo estadunidense.
Desde que a Huawei entrou para a “lista especial” do governos dos Estados Unidos, a chinesa perdeu contratos com alguns de seus principais fornecedores do país — como a Google, a Qualcomm e a Intel —, que finalizaram todas as transações com a empresa até que a disputa com o governo seja resolvida.
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