O governo federal anunciou que reforçará a Força Nacional em Roraima com 120 homens e enviará no próximo domingo (26.ago.2018) 36 voluntários da área da saúde para atendimento aos migrantes em parceria com hospitais universitários. As decisões foram tomadas após uma reunião de 5 horas no Palácio da Alvorada.
As medidas são uma resposta do governo à situação de conflito formada em Pacaraima (Roraima), na fronteira com a Venezuela, após ataques contra imigrantes venezuelanos no sábado (19.ago.2018). O Exército informou que cerca de 1.200 migrantes voltaram ao país vizinho depois do episódio.
Além dos reforços, o palácio anunciou em nota (íntegra) as seguintes medidas, sem detalhar como serão implantadas:
- interiorização: “intensificação dos esforços de interiorização dos venezuelanos para outros Estados”;
- abrigo de transição: “estabelecimento de abrigo de transição em Roraima, entre Boa Vista e Pacaraima, para atendimento humanitário dos migrantes que aguardam o processo de interiorização, de forma a reduzir o número de pessoas nas ruas”;
- comissão interministerial: “o deslocamento de comissão interministerial para avaliar medidas complementares”.
O governo também marcou para esta 2ª feira (20.ago) a realização de uma reunião para concluir as negociações início das obras do “linhão” de integração de Roraima ao sistema elétrico nacional.
Estiveram presentes o general Joaquim Silva e Luna, ministro da Defesa, o general Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, Rossieli Soares, ministro da educação, Moreira Franco, de Minas e Energia, Raul Jungmann, da Segurança Pública e Marcos Galvão, secretário-geral das Relações Exteriores.
Ao fim do comunicado, o governo federal afirma que segue em “condições de empregar as Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem em Roraima”, mas que por determinação da lei esta solicitação deve ser feita pela governadora do Estado, Suely Campos (PP).
No início do mês, a ministra do STF, Rosa Weber, indeferiu o pedido de fechamento da fronteira de Roraima com a Venezuela feito pela governadora de Roraima, Suely Campos. A ministra suspendeu também o decreto do governo do Estado que aumentou o rigor da segurança pública e da vigilância das forças policiais na fronteira com a Venezuela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário