As ameaças feitas contra o jornalista Leonardo Sakamoto serão investigadas pela Polícia Civil de São Paulo, após pedido realizado pelo Ministério Público Federal nesta quarta-feira, 11. A Procuradoria da República encaminhou um ofício à Polícia com cópia do depoimento de Sakamoto.
Em depoimento, o jornalista disse que, desde maio deste ano, quando surgiu a iniciativa do Facebook, seu nome passou a ser vinculado como “o responsável pela censura” na rede social. Entre os responsáveis por disseminar a falsa notícia aparece o nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro(PSL-SP) e o procurador de Justiça do Rio Marcelo Rocha Monteiro.
Recentemente, o jornalista passou a receber ameaças na internet onde é acusado de ser proprietário das agências de checagens de notícias Lupa e Aos Fatos. Recentemente, as empresas foram contratadas pelo Facebook em uma campanha contra a disseminação de fake news na internet. Leonardo Sakamato, no entanto, não tem relação alguma com o boato.
Com uma vasta carreira empenhada na defesa dos direitos humanos, Sakamoto é colunista do Uol, professor de jornalismo na PUC de São Paulo e diretor da ONG Repórter Brasil – cujo trabalho denuncia o trabalho escravo. É ainda conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão.
Da internet para o mundo real
Com a divulgação das fake news, Sakamoto passou a receber ameaças, inclusive de morte, nas mídias sociais. Recentemente, o jornalista foi abordado na rua duas vezes por desconhecidos que o questionaram sobre a “censura” – motivo que o fez procurar o Ministério Público Federal.
Entre as provas apresentadas por Sakamoto, destaca-se prints de algumas ameaças recebidas na internet, a exemplo de uma que dizia: “É só me dar uma arma que meto uma bala no meio da cara desse filho da puta!”. O jornalista acionou também sua advogada que está tomando providências no campo cível.
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