A defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu nesta sexta-feira, 30, que um inquérito instaurado contra o tucano com base na delação da Odebrecht seja retirado do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e redistribuído para o ministro Gilmar Mendes.
O inquérito em questão diz respeito a acusações contra o senador por causa de obras nas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Estado de Rondônia.
Segundo a defesa do tucano, os fatos investigados não trazem “qualquer relação” com os fatos apurados no âmbito da Operação Lava Jato, da qual Fachin é relator. Além disso, o senador alega que esse inquérito possui “íntima relação” com um outro processo, de relatoria de Gilmar, que apura irregularidades no setor elétrico - no caso, Furnas.
“O cotejo entre ambas as portarias de instaurações — conforme detalhadamente realizado na petição nº 19560/2017 — não deixa dúvidas”, diz o advogado Alberto Zacharias Toron, que representa o tucano.
Gilmar já é relator de um outro inquérito instaurado contra o tucano com base na delação da Odebrecht, que foi redistribuído por determinação da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
O caso diz respeito à acusação de que o Aécio recebeu em 2014 valores indevidos pelo grupo Odebrecht para a sua campanha eleitoral. De acordo com delatores, os pagamentos teriam sido feitos de forma dissimulada por meio de contratos fictícios firmados com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda. O tucano nega as acusações.
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