A doença celíaca, comumente conhecida como intolerância ao glúten, afeta muitas pessoas ao redor do mundo, apresentando sintomas como dores de cabeça, no abdômen, nas articulações e manchas na pele. Mas de acordo com a ciência, a culpada pode não ser a temida proteína.
Segundo a revista Boa Forma, um estudo apresentado no congresso UEG Week, realizado por cientistas da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha, anunciou que algumas proteínas do trigo chamadas de inibidores amilase-tripsina (ATI, na sigla em inglês) conseguem desencadear uma série de processos inflamatórios no organismo, tais como a sensibilidade ao glúten não celíaca, fazendo com que o portador da sensibilidade apresente todos os sintomas da doença celíaca mas não tenha realmente a doença.
Os efeitos negativos dessas proteínas são sentidos em outros órgãos do corpo, não apenas no intestino. Doenças como lúpus, asma, esclerose múltipla e artrite reumatoide acabam piorando com a ativação dessas proteínas, pois elas abrem portas para inflamações nos gânglios linfáticos, rins, baço e cérebro.
"Esperamos que essa pesquisa nos permita recomendar, no futuro, uma dieta livre de ATI para ajudar a tratar desordens imunológicas sérias", comenta Detlef Schuppan.
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