O que parecia impossível para muitos está perto de se tornar realidade. Depois de nove anos afastado das lutas profissionais, Royce Gracie, o primeiro campeão da história do UFC, voltará à ativa na próxima sexta-feira, quando encara seu rival histórico, Ken Shamrock, em combate válido pelo Bellator 149, organização na qual o brasileiro é embaixador. Aos 49 anos, a maior preocupação deveria ser com sua preparação física, certo? Errado, pelo menos para a lenda do jiu-jítsu, essa é a menor de suas preocupações.
"É como se fosse um soldado: meu saque de arma está rápido, os tiros estão agrupados, estou no alvo certo e o equipamento está funcionando perfeitamente... Só não tenho ido para guerra", disse Royce em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br.
A analogia faz sentido, já que a lendas das artes marciais mistas é um apaixonado por armas e frequentemente participa de "brincadeiras" com os amigos policiais. Mais para frente da conversa, no entanto, Royce foi mais direto e explicou os motivos que o levam a não ficar preocupado com sua condição física.
"O que quero dizer é que não estou sentado em casa, ficando gordo, comendo porcarias, sem fazer nada. Nunca bebi e nem fumei, e estou no mesmo peso de quando o venci em 1993: 78 kg. Para você ter uma ideia, a última vez que fiz uma corrida longa, foram 41 milhas (65 km), durante sete horas, e só depois pedi um carro por sentir cãibras. Ou seja, o que não falta é gás", completou Royce.
Royce Gracie e Ken Shamrock foram responsáveis por uma das primeiras rivalidades da história do MMA. Como o brasileiro já falou, tudo começou em 1993, pelo primeiro UFC, em uma espécie de semifinal do evento, em que um lutador fazia até três lutas na mesma noite. Na época, o brasileiro, ainda de quimono, precisou de apenas 57 segundos para finalizar o norte-americano com um mata-leão.
Paixão por armas
"Vim morar nos Estados Unidos com 17 anos e, aqui, você pode ter o direito de portar uma arma. Então criei essa paixão por armas. Tenho várias, gosto de colecionar, levo minhas filhas para ver como é... Acho importante as pessoas aprenderem saber respeitar uma arma, saber que você precisa ter o controle de tudo, que tudo precisa estar sincronizado... Dou aula de jiu-jítsu para os policiais e, como eles sabem que gosto de atirar, fazer a parte tática, eles sempre me levam para fazer uma brincadeira", finalizou.
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