Irritado com o governo, o PT e o ex-presidente Lula, que não teriam se movimentado em favor de seu habeas corpus, o senador Delcídio do Amaral pode aderir à delação premiada. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a especulação é justificada pela contratação por parte do político do advogado Antonio Figueiredo Basto, especialista em acordos de colaboração com a Justiça.
Se efetivamente aderir à delação, Delcídio abrirá mão de defender seu mandato como senador, pois o acordo prevê a confissão de crimes.
Delcídio foi levado para a Polícia Federal de Brasília na manhã de 25 de novembro, na 21ª fase da operação Lava Jato, quando também foram presos seu chefe de gabinete Diogo Ferreira e o presidente do banco BTG Pactual, André Esteves.
O Complexo Médico-Penal, em Pinhais (região metropolitana de Curitiba) é onde estão detidos os políticos, ex-dirigentes da Petrobras e executivos de empreiteiras condenados na Operação Lava Jato.
A Folha destaca que entre os detentos estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado de usar sua empresa de consultoria como fachada para intermediar propina da Petrobras, e Marcelo Bahia Odebrecht, herdeiro e principal executivo do quarto maior grupo privado do país até ser preso por ordem do juiz Sergio Moro em junho do ano passado.
As celas tem aproximadamente 12 metros quadrados e três presos – a proporção de 4 m² por prisioneiro é superior aos padrões da Corte Europeia de Direitos Humanos (3m² por pessoa).
A publicação explica que as cama são de cimento e há uma latrina rente ao chão, chamada pelos detentos de "boi", e um pequeno tanque. A luz natural entra por uma janela retangular pelo extremo oposto à porta do cubículo.
A sala de banho é coletiva, com há quatro duchas que saem da parede. O chão é de cimento queimado.
No Complexo, os presos acordam às 6h30 e se recolhem às 22h.
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