GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Como a forma de digitar revela a sua identidade

Homens teclam mais rápido que mulheres e também pressionam teclas por menos tempo

"Diga-me como digitas e te direi quem és." Pode parecer surpreendente, mas cada pessoa tem uma forma pessoal de digitar em um teclado.
É possível, portanto, identificar quem está se escondendo atrás de uma tela de computador pela forma como as teclas são apertadas.
A técnica nada mais é do que a aplicação da grafologia (estudo que utiliza a análise da escrita para deduzir traços de personalidade) na era do teclado.
Entre outras características analisadas, estão o tempo durante o qual apertamos cada tecla e o intervalo entre o momento em que apertamos uma tecla e a seguinte.
Na 2ª Guerra Mundial, serviços de inteligência militar já identificavam indíviduos pela forma como teclavam mensagens em código morse, o que lhes permitia distinguir aliados de inimigos.
A realidade atual é diferente, mas em meio às discussões sobre a segurança da internet, tais técnicas de reconhecimento estão se tornando cada vez mais importantes.

Tecnologia militar

Uma das aplicações do estudo da dinâmica de digitação é minimizar o risco de roubo de contas no mundo virtual.
"Um software que analise a forma de teclar de uma pessoa reduz em até 94% a possibilidade de alguém sequestrar uma conta na internet, mesmo se souber a senha", explica à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Christophe Rosenberg, pesquisador da Escola Nacional Superior de Engenheiros de Caen (França) e especialista na área.
A tecnologia já é usada em submarinos, diz um especialista.
A vantagem é que tem "custo muito baixo" e não exige que o usuário baixe qualquer programa, pois pode ser inserida nas páginas web, diz Rosenberg.
A tecnologia "já é utilizada", diz Rosenberg, por exemplo, "para monitorar o lançamento do míssil submarino".

Homem ou mulher?

Se por um lado, estes conhecimentos poderiam garantir a segurança na internet, por outro, permite também construir um perfil do usuário do outro lado da tela.
Por exemplo, homens e mulheres teclam de forma diferente.
Segundo especialistas, homens digitam "mais rapidamente" e pressionam cada tecla durante menos tempo do que as mulheres.
Rosenberg afirma que ele e sua equipe de pesquisadores precisam de apenas cinco frases para adivinhar o gênero de quem escreve com uma probabilidade de acerto de 80%.
Também é possível deduzir a idade do usuário ou se é destro ou canhoto.
O especialista diz acreditar que, em cinco anos, já será possível descobrir até o estado emocional de uma pessoa pela forma como ela escreve.

Segurança

Embora o objetivo da técnica seja aumentar a segurança na internet, algumas pessoas demonstram preocupação sobre os riscos de invasão de privacidade.
Recentemente, Paul Moore, consultor em segurança da informação, escreveu em seu site que o roubo de um perfil biométrico traria consequências "muito mais amplas e difíceis de mitigar" do que a simples descoberta de uma senha.
"Você não pode mudar a maneira como você tecla e mesmo se fizesse isso, seu perfil voltará a ser roubado".
"Fala-se que bancos do Reino Unido estão realizando testes para detectar e minimizar o risco de fraude. Mas será que eles vão te informar sobre isso?"

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