O Brasil sofreu por Maria Júlia, ou simplesmente Maju, a
garota do tempo do Jornal Nacional. Digo Brasil porque mais da metade dos
brasileiros se reconhecem como negros, pessoas que sentiram na pele as ofensas.
A outra metade, sofreu por vergonha mesmo.
Essa indignação inundou as redes: #SomostodosMaju
Essa indignação inundou as redes: #SomostodosMaju
Racismo, essa ferida nunca curada, se manifesta com freqüência na covardia do anonimato, atrás da tela de um computador, camuflado entre milhares de torcedores em um estádio, na negativa de uma oportunidade de um emprego, no olhar desconfiado no elevador, o racismo caminha nas sombras.
Mas ontem, ele tentou emergir à luz, atacando uma pessoa no exercício da sua profissão. Em uma clara manifestação de incomodo com o sucesso alheio. Essa covarde investida, no entanto, teve resultado oposto ao esperado. Como quem compra a briga de um irmão, os brasileiros compraram a briga da Maju e mostraram que não há espaço para este CRIME no nosso país.
Se a ofensa teve o objetivo de diminuir, elevou. Se teve o objetivo de enfraquecer, fortaleceu. Se teve o objetivo de humilhar, enalteceu. Se tinha o objetivo de incitar o discurso do ódio, gerou uma onda de amor.
O Brasil saiu forte deste episódio.
Mas não podemos parar por aí. O tempo fechou para estes criminosos. O Ministério Público deve identificá-los e prende-los. Para que eles possam ver da cadeia que o tempo está muito bom para Maju.
A cadeia, por suas características, é o lugar perfeito para abrigar pessoas já que vivem em um mundo estreito e limitado, que são aquelas que acham que a cor da pele define se um ser humano é melhor ou pior que outro.
Eu, como Maju, sou negro e tenho muito orgulho e honra disso.
Como ela bem disse, “os cães ladram e
a caravana passa”.
#somostodosmaju
Nenhum comentário:
Postar um comentário