Agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza inspecionarão imóveis da capital em busca de focos do mosquito Aedes aegypti , transmissor da dengue, febre chikungunya e do zika vírus. A ação envolve mais de mil agentes de saúde e faz parte do segundo Levantamento do Índice Rápido Amostral para o Aedes aegypti (Lira) de 2015, exigido pelo Ministério da Saúde para a elaboração de estratégias de combate ao mosquito.
O primeiro Lira do ano detectou em Fortaleza que 1,42% dos imóveis visitados tinham focos do Aedes aegypti. O percentual, pela escala do ministério, que vai de 1% a 3,9%, coloca a capital em estado de alerta. Fortaleza é a cidade cearense onde se concentra mais de 50% dos casos de dengue confirmados no estado, com incidência de 554 casos por 100 mil habitantes.
No segundo levantamento, o gerente da Célula de Vigilância Ambiental da SMS, Nélio Morais, disse que a tendência é de aumento no índice de infestação do mosquito. Esse resultado é esperado por causa das últimas chuvas que ocorreram em Fortaleza. Ontem (5), foram registrados 65 milímetros.
O gerente da Secretaria de Saúde está especialmente preocupado com as famílias que acumulam água em potes e tanques para uso em necessidades diárias. Frequentemente, os agentes encontram focos do mosquito nesses locais. Isso ocorre, segundo ele, a despeito de todas as campanhas informativas sobre como evitar a propagação do Aedes aegypti.
Em todo o Ceará, foram confirmados 27,99 mil casos de dengue até 3 de julho o que representa um aumento de 171% em relação ao mesmo período de 2014. Em junho, a Secretaria Estadual da Saúde confirmou a circulação do zika vírus no estado.
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