Ao apoiar a criação de uma nova CPI da Petrobras, Eduardo Cunha vai se transformando cada vez mais num adversário, de acordo com avaliação do Palácio do Planalto. Cunha queima pontes para um eventual acordo com o PT na reta final da disputa para a presidência da Câmara, que vai acontecer em 1º de fevereiro.
A defesa de uma CPI da Petrobras aumenta a rejeição da presidente Dilma Rousseff à candidatura de Cunha. Reforça a articulação do governo para tentar derrotá-lo e eleger o deputado federal Arlindo Chinaglia, do PT paulista, para o comando da Câmara.
Houve uma série de vazamentos da Operação Lava Jato. A imprensa faz o trabalho dela. Os vazamentos atingiram petistas e políticos de outros partidos, até da oposição. Quando vazou algo a respeito de Eduardo Cunha, ele atribuiu a uma intenção do governo de prejudicar a candidatura dele.
É uma avaliação que não se sustenta. O governo não tem tido controle sobre esse processo de investigação e é uma das vítimas de vazamentos da Lava Jato. O PT é o partido que mais apanha na Lava Jato. Essa alegação de Cunha faz parte da guerra política. É uma forma de defesa. Mas cujo efeito acirra a disputa entre Cunha e o Planalto.
Reservadamente, um ministro diz que seria menos perigoso ter Cunha como adversário no posto de líder do PMDB do que tê-lo como aliado na presidência da Câmara, porque o governo não confia nele. O dano que o peemedebista poderia causar ao governo seria maior na presidência da Câmara do que na liderança do PMDB. É a política como ela é.
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