GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Prima de brasileiro condenado à morte na Indonésia diz que ele está enlouquecendo na prisão

A prima do brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, disse ao "Fantástico" da TV Globo, por e-mail, que o primo está enlouquecendo na prisão em Cilacap, a 400 km da capital Jacarta, onde recebe a visita constante de médicos e religiosos. Angelita Gularte visitou o primo três vezes na prisão na última semana. Ela tenta um laudo de autoridades da Indonésia constatando que o primo sofre de esquizofrenia, que o livraria do fuzilamento. Rodrigo foi preso em 2004 no aeroporto de Jacarta tentando entrar no país com 6 quilos de cocaína em pranchas de surfe. Em 2005, ele foi condenado à morte.
"Ele me conta histórias sem pé nem cabeça, delírios sobre guerras no planeta, pessoas que invadem a prisão à noite por ondas eletromagnéticas. Fala de um passado que nunca existiu e de um futuro surreal que vai acontecer", disse Angelita, por e-mail.
"Estive com os médicos sexta-feira na prisão, ele aceitou conversar e ficamos juntos uma hora e meia. Não entendi o que diziam. Falavam na língua da Indonésia! Mas se sentia no ar a gentileza no tom de suas palavras. Cooperou respondendo todas as perguntas. O padre Carolus tem sido incansável, sabe de sua doença mental e sabe o coração bom que ele tem!", complementa a prima de Gularte, em e-mail enviado ao "Fantástico".
Fabiana Mesquita, uma brasileira que morou em 2007 na Indonésia e fez trabalho voluntário com presos, conta que Rodrigo tentou se matar na prisão após uma discussão com Marco Archer, brasileiro fuzilado no fim de semana passado na Indonésia, pelo mesmo crime.
- O Rodrigo entrou em depressão profunda. Ele teve um desentendimento sério com o Marco. A gente não sabe exatamente o que foi. A gente sabe que eles brigaram e ele tentou o suicídio, colocando fogo na própria cela com outros detentos dentro - disse Fabiana à TV Globo.
A brasileira acrescentou que Rodrigo tinha muitas alterações de humor. O brasileiro, segundo a prima Angelita, resiste às tentativas de tratamento médico.
"Ele não quer ir ao hospital, não aceita tratamento, muito menos tomar remédios! "Estar numa prisão de segurança máxima é seguro, ir a um hospital seria perigoso", segundo ele. Diz que ouve vozes que logo o avisam que ele vai voltar para casa", escreve Angelita Gularte por e-mail.
A prima de Rodrigo conta que ele adoeceu em certa altura da vida e que o divórcio dos pais e a doença do irmão podem ter contribuído. "Acredito que isso adoeceu seu coração. E com o passar do tempo e o uso das drogas, essa doença se somatizou", escreveu Angelita.
- Era uma pessoa que nas reuniões de família era muito alegre. Trazia essa alegria. E hoje a gente está nessa situação - diz Juliana Gularte, outra prima do brasileiro.

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