GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

64% dos moradores de São Paulo, Minas e Rio pensam ou já estocam água com medo da seca

A pior seca dos últimos 80 anos provocou mudanças no comportamento de paulistas, fluminenses e mineiros. Além de fechar as torneiras e reduzir o consumo de água, 64% dos moradores de São Paulo, Rio e Minas Gerais afirmam que já estão estocando ou pensam em estocar água para enfrentar a crise hídrica que afeta mais de 130 cidades nos três estados. Entre os que já sofrem com o desabastecimento, a proporção sobe para quatro de cada cinco entrevistados.
Além de economizar água, o hábito de consumo também está mudando para 88% dos 2.072 entrevistados pelo painel “#brasilsemfiltro” organizado pela consultoria mineira Expertise. O que mais mudou foi o tempo de permanência no banho. De acordo com o levantamento feito em 350 cidades de Rio, Minas e São Paulo, 83% das pessoas declararam passar menos tempo no banho por medo do desabastecimento. O tempo de escovar o dente ou lavar a louça também mudou: 74% dos entrevistados declararam que estão fechando a torneira durante o uso.
O reaproveitamento da água também já é hábito para a maioria dos entrevistados. Seis de cada dez pessoas ouvidas no levantamento afirmaram estar reutilizando a água de alguma formou. E a mesma proporção está cobrando e incentivando mudanças nos hábitos de parentes e amigos. Hábitos condenáveis em períodos de estiagem como lavar o carro e a calçada também saíram da rotina de mineiros, paulistas e cariocas. Lavar calçadas saiu da rotina de 57% das pessoas ouvidas. Enquanto 47% reduziram a frequência da lavagem do carro.
— As pessoas passaram a refletir sobre seus costumes e parecem estar mais conscientes em relação ao desperdício. A maioria readmitiu que poderiam usar um pouco menos ou bem menos de água do que usam atualmente — observa Christian Reed, CEO da Expertise.
O pessimismo em relação ao futuro também ficou evidente. Para 47% das pessoas, a situação vai piorar nos próximos 12 meses e outros 20% não acreditam que ela vai melhorar. Os que já sofreram ou sofrem com os problemas de abastecimento são ainda mais pessimistas: destes, 74% acham que a situação vai piorar ou continuar igual nos próximos 12 meses. Além disso, 84% dos entrevistados acham que o valor da água vai aumentar nos próximos seis meses.
Por outro lado, 41% das pessoas creem na mudança de comportamento da população após o “trauma” da crise hídrica e os que acreditam que a população retomará velhos hábitos de consumo – leia-se desperdício – quando e se a situação voltar ao normal (39%).
De quem é a culpa?
Os entrevistados foram questionados sobre de quem é a culpa pela falta d’água. De maneira geral, 78% acreditam que a própria população tem muita responsabilidade pela situação atual. E 75% acreditam que o governo tem muita responsabilidade. Enquanto 62% das pessoas atribuem muita responsabilidade às companhias de abastecimento. No Rio de Janeiro, este número aumenta para 70%.
— Os resultados mostram que apesar de 2014 ter sido comprovadamente um ano de escassez de chuvas em todo o país, as pessoas entendem que se a população fosse mais consciente em relação ao uso da água e se os agentes responsáveis tivessem tomado as medidas necessárias, a situação não teria chegado a níveis tão drásticos — analisa Reed.

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