Três dias depois de participar da festa de lançamento de “Elysium” nos Estados Unidos,Wagner Moura falou com a imprensa neste sábado (10) em Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul, onde veio receber uma homenagem do Festival de Cinema. E destacou as semelhantes entre seu mais recente trabalho e o filme que o consagrou para o grande público, “Tropa de Elite”.
A ficção-científica dirigida pelo sul-africano Neill Blomkamp, de “Distrito 9” estreou na sexta-feira (9) nos Estados Unidos em primeiro lugar nas bilheterias e chega ao Brasil no dia 20 de setembro. Foi o primeiro papel do ator em Hollywood.
“O convite para fazer o filme surgiu porque o Neill é um fã do ‘Tropa de Elite’. Tanto Tropa quanto ‘Distrito 9’ e ‘Elysium’ são filmes bastante populares em termos de alcance de público, mas também são bastante políticos. Há uma identificação entre eles. Para mim, ‘Elysium’ é um filme sobre diferenças sociais, sobre desigualdade social”, analisou o ator.
No filme, Wagner Moura interpreta Spider, um contrabandista que transporta pessoas ilegalmente para Elysium, e atua ao lado de astros internacionais como Matt Damon e Jodie Foster, além do mexicano Diego Luna e da também brasileira Alice Braga.
“Foi um personagem muito bom de fazer. Ele é meio dúbio, cheio de nuances”, disse Wagner, destacando que a maior dificuldade foi mesmo a língua. “Sei falar inglês, mas construir um personagem em uma língua com a qual você não tem identificação foi difícil. Mas foi uma experiência muito boa. Eu gostei muito do filme”, acrescentou.
Aos 37 anos, o ator baiano também falou sobre seus próximos projetos. Disse que, depois de “Elysium”, é provável que receba outros convites para trabalhar nos Estados Unidos, mas que não tem a pretensão de ter uma carreira internacional, apenas de trabalhar com diretores e personagens “interessantes” no “Brasil, nos Estados Unidos ou qualquer outro lugar.”
É quase certo, no entanto, que a carreira internacional do ator tenha continuidade. Conforme disse em Gramado, Wagner Moura recentemente participou de dois dias de filmagens de “Trash”, de Stephen Daldry, no qual vai contracenar com Selton Mello e Martin Sheen. Já o projeto de “Fellini”, sobre o sumiço do artista em sua primeira viagem à América, deve ser retomado em breve, após a interrupção causada pela morte do diretor, Henry Bromell, em março passado.
Mas também há espaço para produções feitas no Brasil, garantiu o ator. Ele citou o pernambucano Kleber Mendonça Filho, do elogiado “O Som ao Redor” exibido em Gramado no ano passado, com um dos diretores com que gostaria de trabalhar. Também revelou que no futuro ele mesmo deve fazer sua estreia na direção, pois já negocia a compra dos direitos autorais de um livro, cujo título ou autor ele não quis revelar.
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