O ex-marido da juíza Glauciane Chaves de Melo, de 42 anos, que foi assassinada a tiros no gabinete do Fórum de Alto Taquari, na última sexta-feira, 07 de junho, confessou nesta segunda, 10, que matou porque não aceitava a separação, segundo informou o delegado João Ferreira Borges Filho, que investigou o crime.
O enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima disse que estava transtornado com o fato da magistrada estar supostamente com outra pessoa, mas negou ter ido ao Fórum de Alto Taquari, a 509 km de Cuiabá, na sexta-feira (7) exclusivamente na intenção de matá-la. A vítima foi morta com dois tiros na cabeça no gabinete onde trabalhava.
Segundo informações, os dois estavam separados desde dezembro do ano passado. "Ele contou que a separação foi amigável e que continuava tendo livre acesso à ex-mulher, porém, não aceitava essa separação", disse o delegado. O casal era de Belo Horizonte (MG) e se mudou para Alto Taquari após Glauciane tomar posse como juíza, há um ano.
Ainda de acordo com a publicação, ele contou à polícia que estava com a arma usada no crime desde que se mudou com a então mulher para Alto Taquari. "A arma seria usada para fazer a segurança da vítima", afirmou Borges Filho. O revólver calibre 38 foi encontrado pela polícia em um gramado na frente do Fórum após ter sido abandonado pelo suspeito, após o crime. A arma foi encaminhada para a perícia, mas, segundo a Polícia Civil, tudo indica que seja a arma usada para assassinar a magistrada.
O capitão da PM Fernando Galindo, que coordenou a operação na mata, informou que o suspeito foi encontrado há aproximadamente 12 quilômetros do perímetro urbano de Alto Taquari e estava bastante debilitado. "Ele estava muito cansado e com cãimbra", disse. Evanderly estava sem nenhuma mala e com a roupa que tinha fugido na data do crime.
A família da juíza emitiu uma nota após a prisão do suspeito e agradeceu o empenho dos policiais e do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) e do promotor do caso.
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