Após várias denuncias a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha e seu advogado José Luiz Bueno de Aguiar, divulgaram uma nota à imprensa na quinta-feira (29). Em nota a ex-chefe de gabinete nega as acusações feitas contra ela pela Polícia Federal, de ter praticado tráfico de influência e corrupção quando ocupava o cargo.
Em um trecho da nota, ela diz: "Enquanto trabalhei para o PT ou para a Presidência da República, nunca fiz nada ilegal, imoral ou irregular que tenha favorecido o ex-ministro José Dirceu ou o ex-presidente Lula em função do cargo que desempenhavam".
Só para lembrar, ela foi uma das 18 pessoas indiciadas pela P F na Operação Porto Seguro, essa ação investigou suposto esquema de venda de pareceres em órgãos públicos para favorecer empresas privadas em negócios com o governo, e devido as denuncias a presidente Dilma Rousseff, ordenou que a ex-chefe de gabinete fosse exonerada do cargo, que ocupava desde 2005 na era Lula.
Abaixo a nota enviada a imprensa pelo advogado José Luiz Bueno de Aguiar:
"A respeito das denúncias publicadas a partir da operação Porto Seguro, da Polícia Federal, minha cliente Rosemary Noronha repudia todas as acusações que têm sido divulgadas pela imprensa e tem certeza que sua inocência será provada em juízo. Desde a última sexta-feira, Rose se colocou à disposição do delegado Ricardo Hiroshi Ishida, responsável pelo caso, para prestar todos os esclarecimentos necessários fornecendo os contatos e endereços seus e de seus advogados.
Sobre a operação da Polícia Federal, Rosemary Noronha tem a declarar:
Do dia para a noite, tive minha vida devassada e apontada como pivô de um esquema criminoso que atrai a atenção de toda a mídia. Sou, portanto, a pessoa mais interessada em provar que não tive qualquer participação em supostas fraudes em pareceres técnicos ou corrupção de servidores públicos para favorecimento a empresas privadas.
Enquanto trabalhei para o PT ou para a Presidência da República, nunca fiz nada ilegal, imoral ou irregular que tenha favorecido o ex-ministro José Dirceu ou o ex-presidente Lula em função do cargo que desempenhavam. Nunca soube também de qualquer relação pessoal ou profissional deles com os irmãos Paulo e Rubens Vieira.
Quero dizer que todas as viagens que fiz ao exterior foram por solicitação do cerimonial da PR, em decorrência de meu cargo e função e, para isso, fiz curso no Itamaraty, não havendo, portanto, nada de irregular ou estranho neste fato.
Há mais de 10 anos, tenho com o senhor Paulo Vieira uma forte relação de amizade, hoje abalada por detalhes da operação da Polícia Federal. Mesmo perplexa com o caso, tenho absoluta certeza de minha inocência. Não cometi tráfico de influência nem qualquer ato de corrupção, como em breve ficará provado.
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