GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pesquisadores pedem prioridade para ações que fomentem a economia verde

Ambientalistas sugerem a criação de um PAC Florestal e o aumento de impostos para propriedades rurais que produzem menos.
Ambientalistas e pesquisadores defenderam nesta terça-feira (6) a adoção de ações governamentais para desenvolver a economia verde no Brasil. Eles participaram do 6º Simpósio Amazônia: Desenvolvimento Regional Sustentável das Regiões Norte e Nordeste, organizado pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.
Segundo o presidente Comissão da Amazônia, deputado Wilson Filho (PMDB-PB), ao final do encontro será enviada uma carta à presidente Dilma Rousseff com sugestões para o desenvolvimento sustentável das regiões Norte e Nordeste. “O diálogo e entendimento são os meios mais eficazes para bons resultados”, afirmou o parlamentar.Para o técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Jorge Hargrave é necessário criar incentivos adequados e condições gerais mais apropriadas para desenvolver a economia verde, que significa crescimento econômico que leve em conta também fatores ambientais e sociais. “O Estado brasileiro poderia induzir setores para áreas mais sustentáveis”, disse Hargrave. Segundo ele, boa parte dos investimentos estatais atuais se destina a produtos que não terão utilidade daqui a 50 anos.
Maurício Amazonas disse que a economia verde precisa ser aliada a um processo de inclusão social para ser efetiva. “A desigualdade é condição necessária para que o padrão atual de consumo se mantenha. Ele tem de ser repensado e isso só pode acontecer se houver inclusão”, afirmou Amazonas.

Paulo Barreto (Engenheiro Florestal, Mestre em Ciências Florestais pela universidade Sênior do instituto do Homem e Meio - IMAZON)
Paulo Barreto defende mais impostos para quem produzir menos.
Dilema
O diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Paulo Moutinho, disse que é necessário quebrar o dilema do crescimento econômico versus preservação ambiental. “Precisamos quebrar esse raciocínio e passar para outro em que a preservação ambiental seja alavanca para o crescimento econômico.”
Segundo ele, é necessário ter mecanismos de governança, algo como um PAC Florestal, para o assegurar o desenvolvimento sustentável e a economia verde ganharem força. “Sem agricultura forte e pecuária intensificada é impossível manter floresta em pé”, afirmou.
Desmatamento
O engenheiro florestal e pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Paulo Barreto afirmou que o Brasil pode atender demandas de crescimento da produção agropecuária sem continuar desmatando a Amazônia.
O Brasil possui 10 milhões de hectares de áreas desmatadas para pasto ainda não utilizados, chamado de “pasto sujo”. Essa área é do tamanho de toda a área plantada de cana de açúcar do País, explicou Barreto. E mais de 80% desse total está em 13 municípios. “Se conseguirmos melhorar a produtividade nos pastos atuais não será necessário desmatar mais. Temos muito desperdício e podemos melhorar muito a produção”, afirmou.

Uma sugestão para favorecer a utilização das terras sem ampliar o desmatamento, segundo o pesquisador, é vincular o Imposto Territorial Rural (ITR) à produtividade obtida na propriedade. “Isso vai gerar mais emprego e oportunidade para quem está produzindo e diminuir a especulação da terra”, disse.

Dep. Sarney Filho (PV/MA)
Sarney Filho reclamou das políticas de governo que, segundo ele, não se preocupam com as crises climáticas no Norte e Nordeste. 
O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, deputado Sarney Filho (PV-MA), criticou as políticas de governo, as quais, segundo ele, estão alheias à crise climática sofrida pelas regiões Norte e Nordeste, dificultando o desenvolvimento sustentável.
Sarney Filho lembrou que o Nordeste passa pelo pior período de seca dos últimos 83 anos. Cerca de 180 municípios do semiárido nordestino já decretaram estado de emergência. “Espero que esta Casa saiba aproveitar essa oportunidade para influenciar as políticas de governo.”

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