O engenheiro florestal e pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Paulo Barreto afirmou há pouco que o Brasil pode atender demandas de crescimento da produção agropecuária sem continuar com o desmatamento da Amazônia.
O Brasil possui 10 milhões de hectares de áreas desmatadas para pasto ainda não utilizados, chamados de "pasto sujo". Essa área é do tamanho de toda a área plantada de cana de açúcar do País, explicou Barreto. E mais de 80% desse total está em 13 municípios. “Se conseguirmos melhorar a produtividade nos pastos atuais não é necessário desmatar mais. Temos muito desperdício e podemos melhorar muito a produção”, defendeu.
Uma sugestão para favorecer a utilização das terras sem ampliar o desmatamento, segundo o pesquisador, é aumentar o pagamento do Imposto Territorial Rural (ITR) de acordo com a produtividade. “Isso vai gerar mais emprego e oportunidade para quem está produzindo e diminuir a especulação da terra”, disse.
Barreto participa do VI Simpósio Amazônia: Desenvolvimento Regional Sustentável das Regiões Norte e Nordeste organizado pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.
O evento conta com a participação da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal e o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Sistema CNC/Sesc/Senac.
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