Vozes de ouro, vidas perigosas e mortes prematuras: Billie Holiday, Janis Joplin e Amy Winehouse dão às boas-vindas a Withney Houston no clube das estrelas da música que viveram intensamente, entraram no mundo das drogas e foram levadas ao inferno, sem importar quanto sucesso tiveram nas suas carreiras.
Whitney Houston, que morreu aos 48 anos, viveu quatro anos a mais do que a fundadora desse clube, Billie Holiday, a voz do dor, que deu o seu último suspiro a 17 de Julho de 1959, em Nova Iorque, após longos anos de consumo de medicamentos.
Como a maior parte das cantoras afro-americanas, Houston teve como modelo artístico Lady Day, como Billie era conhecida entre os fãs. Houston chegou a gravar uma versão de um dos maiores clássicos da diva do jazz, «God Bless the Child», e da mesma forma que a sua inspiradora, não conseguiu evitar os seus erros e mostrou a sua degradação pessoal para o público.
Billie Holiday morreu em prisão domiciliária, após ter passado vários meses detida por posse de heroína. A sua voz marcou um estilo no jazz, mas no final da carreira a cantora estava arruinada e nem sequer podia entrar nos clubes de Nova IOrque.
A solidão e o desamor fizeram dos quartos dos hotéis cenários de trágicos desenlaces na história da música. Pouco mais de quarenta anos antes de Whitney Houston, Janis Joplin foi encontrada morta na suite do hotel Landmark Motor, em Los Angeles.
A vida desenfreada da jovem estrela terminou a 4 de Outubro de 1970 por causa de uma overdose de heroína, que matou o espírito rebelde de um dos ícones femininos mais poderosos do rock.
No seu caso, a ascensão e a queda ocorreram num ritmo vertiginoso. Janis, que publicou o seu primeiro disco em 1967, morreu aos 27 anos, como ocorrera pouco tempo antes com Brian Jones e Jimi Hendrix. Mais tarde, outras estrelas entraram para o grupo dos que perderam a vida nessa mesma idade, como Jim Morrison e Kurt Cobain. E, mais recentemente, Amy Winehouse.
A cantora britânica também teve tudo, fama, reconhecimento e dinheiro. E uma incapacidade gritante para se livrar da sua dependência.
Nos últimos anos, Amy e Whitney submeteram os seus fãs a uma tortura, com actuações patéticas, nas quais mal conseguiam ficar em pé. Uma intoxicação por álcool acabou com a vida de Amy a 23 de Julho de 2011. Ela morreu em casa, em Londres.
A próxima na lista poderia ser Whitney Houston, mas os seus admiradores sempre esperaram que ela conseguisse recuperar e não cumprisse o triste desígnio das estrelas que se foram. Mas o destino mais uma vez mostrou-se implacável.
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