GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Governo Temer suspende programa de combate ao analfabetismo 13 milhões de brasileiros não sabem decifrar nem um bilhete simples


O Brasil, com uma das piores taxas de analfabetismo da América do Sul, interrompeu o programa federal que ensina jovens e adultos a ler e escrever. No país, 13 milhões não sabem decifrar nem um bilhete simples, o equivalente a 8,3% da população com 15 anos ou mais.
Esse contingente era o foco do 'Brasil Alfabetizado', executado por Estados e municípios com verba do governo federal.
Segundo a Folha de S. Paulo, o Ministério da Educação diz que o programa está em operação, prefeituras e governos estaduais, no entanto, relatam um bloqueio no sistema da pasta que impede o cadastro de alunos -o que inviabiliza o início de novas turmas.
A interrupção do programa foi confirmada pelo Ministério a uma cidadã que o questionou sobre o tema por meio da Lei de Acesso à Informação. "Até o momento não há previsão de reabertura do Sistema Brasil Alfabetizado para ativação de novas turmas", respondeu, em junho, a pasta chefiada pelo ministro Mendonça Filho (DEM).
Somente os alunos cadastrados antes desse bloqueio estão frequentando as aulas. De acordo com o ministério, são 168 mil no atual ciclo, iniciado em outubro do ano passado.
O número explicita o encolhimento do programa. Relatórios da pasta mostram que, até 2013 (dados mais recentes), eram ao menos 1 milhão de atendidos ao ano.
O jornal questionou a todos os governos do Nordeste, onde estão 54% dos analfabetos do país, sobre a situação do Brasil Alfabetizado. Sete dos nove Estados da região responderam, e relataram, no mínimo, expressiva queda de atendimento desde o bloqueio do programa e, nos piores casos, o fim dos cursos de alfabetização.
"Em 2016, devido à suspensão do Programa Brasil Alfabetizado pelo MEC, as atividades letivas ainda não tiveram início", disse a secretaria de Educação do Ceará.
Os governos de Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia também relataram redução e descontinuidades do programa, que foi criado em 2003.
Um documento deste ano feito por um grupo que incluiu o Ministério da Educação aponta uma taxa de alfabetização de 47% a 56% dos alunos.
A pouca integração com a Educação de Jovens e Adultos (EJA - antigo supletivo) é uma das explicações para resultados negativos do programa, ao lado da baixa qualificação de educadores.
Os problemas deixam o Brasil ainda mais atrasado no compromisso assumido em conferência mundial, em 2000, de chegar a 2015 com uma taxa de analfabetismo de 6,7%. Se seguir no ritmo atual, só chegara à meta em 2022.
O Ministério da Educação afirma que o Brasil Alfabetizado "está mantido e encontra-se em execução", e que está iniciando a preparação de novas turmas, mas ainda não há uma data para que isso ocorra.
A gestão do ministro Mendonça Filho (DEM), que assumiu em maio, também afirma que encontrou cortes no orçamento de 2016 para os programas Brasil Alfabetizado, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Pro Jovem no valor de R$ 120 milhões, e que os mesmos programas já haviam sofrido corte na ordem de R$ 112 milhões em 2015.
É o que aconteceu com cinco Estados de 2013 para 2014, ano com dados mais recentes: AL, GO, PI, RS e SP.
A assessoria do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT), que comandou a área até o afastamento da presidente Dilma Rousseff, atribuiu problemas orçamentários da pasta à situação política e criticou o que chamou de "desmonte" da área.
Ele disse ter mantido ações no Brasil Alfabetizado em 2016, mesmo com restrições financeiras.

Lei que proíbe burquíni pode criar tensões irreparáveis, diz ministro Várias personalidades da direita se pronunciaram a favor de uma lei que proíba este traje de banho islâmico


Uma lei que proíba o uso do burquíni seria "inconstitucional, ineficaz" e poderia criar "tensões irreparáveis", advertiu neste domingo (28) o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, em uma entrevista ao jornal "La Croix".
Embora várias personalidades da direita se pronunciaram a favor de uma lei que proíba este traje de banho islâmico centro de uma forte polêmica, o governo socialista "rejeita legislar a esse respeito, visto que uma lei seria inconstitucional, ineficaz e de natureza capaz de suscitar antagonismos e tensões irreparáveis", declarou o ministro.
Na sexta-feira (26), a mais alta instância jurídica francesa pôs um freio às proibições do burquíni. E chamou os prefeitos "ao respeito das liberdades garantidas pelas leis", evocando todos os municípios que proibiram na França esse traje de banho islâmico.
Essa decisão não apagou a polêmica que agita a classe política francesa, no momento em que vários candidatos da direita realizaram atos de campanha durante o fim de semana visando as primárias de novembro, que determinarão seu candidato para as eleições presidenciais de 2017.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy, que se lançou em uma campanha com uma inclinação muito à direita, defendeu a proibição do burquíni, em nome de preservar o "modo de vida francês".
Seu rival na direita, o ex-primeiro-ministro Alain Juppé, líder nas pesquisas, ao contrário, se opõe a uma lei antiburquíni "de circunstância". "Onde vai parar esse frenesi que se apoderou da sociedade francesa? Vamos amanhã proibir vestir saias longas nas escolas?", ironizou. 

Governo Temer suspende programa de combate ao analfabetismo

O Brasil, com uma das piores taxas de analfabetismo da América do Sul, interrompeu o programa federal que ensina jovens e adultos a ler e escrever. No país, 13 milhões não sabem decifrar nem um bilhete simples, o equivalente a 8,3% da população com 15 anos ou mais.
Esse contingente era o foco do 'Brasil Alfabetizado', executado por Estados e municípios com verba do governo federal.
Segundo a Folha de S. Paulo, o Ministério da Educação diz que o programa está em operação, prefeituras e governos estaduais, no entanto, relatam um bloqueio no sistema da pasta que impede o cadastro de alunos -o que inviabiliza o início de novas turmas.
A interrupção do programa foi confirmada pelo Ministério a uma cidadã que o questionou sobre o tema por meio da Lei de Acesso à Informação. "Até o momento não há previsão de reabertura do Sistema Brasil Alfabetizado para ativação de novas turmas", respondeu, em junho, a pasta chefiada pelo ministro Mendonça Filho (DEM).
Somente os alunos cadastrados antes desse bloqueio estão frequentando as aulas. De acordo com o ministério, são 168 mil no atual ciclo, iniciado em outubro do ano passado.
O número explicita o encolhimento do programa. Relatórios da pasta mostram que, até 2013 (dados mais recentes), eram ao menos 1 milhão de atendidos ao ano.
O jornal questionou a todos os governos do Nordeste, onde estão 54% dos analfabetos do país, sobre a situação do Brasil Alfabetizado. Sete dos nove Estados da região responderam, e relataram, no mínimo, expressiva queda de atendimento desde o bloqueio do programa e, nos piores casos, o fim dos cursos de alfabetização.
"Em 2016, devido à suspensão do Programa Brasil Alfabetizado pelo MEC, as atividades letivas ainda não tiveram início", disse a secretaria de Educação do Ceará.
Os governos de Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia também relataram redução e descontinuidades do programa, que foi criado em 2003.
Um documento deste ano feito por um grupo que incluiu o Ministério da Educação aponta uma taxa de alfabetização de 47% a 56% dos alunos.
A pouca integração com a Educação de Jovens e Adultos (EJA - antigo supletivo) é uma das explicações para resultados negativos do programa, ao lado da baixa qualificação de educadores.
Os problemas deixam o Brasil ainda mais atrasado no compromisso assumido em conferência mundial, em 2000, de chegar a 2015 com uma taxa de analfabetismo de 6,7%. Se seguir no ritmo atual, só chegara à meta em 2022.
O Ministério da Educação afirma que o Brasil Alfabetizado "está mantido e encontra-se em execução", e que está iniciando a preparação de novas turmas, mas ainda não há uma data para que isso ocorra.
A gestão do ministro Mendonça Filho (DEM), que assumiu em maio, também afirma que encontrou cortes no orçamento de 2016 para os programas Brasil Alfabetizado, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Pro Jovem no valor de R$ 120 milhões, e que os mesmos programas já haviam sofrido corte na ordem de R$ 112 milhões em 2015.
Foi o que aconteceu com cinco Estados de 2013 para 2014, ano com dados mais recentes: AL, GO, PI, RS e SP.
A assessoria do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT), que comandou a área até o afastamento da presidente Dilma Rousseff, atribuiu problemas orçamentários da pasta à situação política e criticou o que chamou de "desmonte" da área.
Ele disse ter mantido ações no Brasil Alfabetizado em 2016, mesmo com restrições financeiras.

Temer vai privatizar presídios, creches e hospitais


O presidente interino, Michel Temer, já definiu quando iniciará o processo programa de concessões em parceria com os estados: será após a viagem que fará à China, para a reunião do G-20. O objetivo é privatizar áreas como hospitais, creches, presídios e saneamento.
Temer quer dar a abertura para o capital privado em todos os setores possíveis, fugindo do formato tradicional de fazer concessões apenas na área de infraestrutura. De acordo com o jornal O globo, os estados receberão uma garantia da União, por meio de seus ativos, para fechar os contratos. O governo estuda usar os Fundos de Participação dos Estados e Municípios como uma segunda garantia para as PPPs darem certo.
"Vamos acabar com o conteúdo nacional exacerbado, que só traz superfaturamento. Só vamos manter aquilo em que formos competitivos. Ao invés de generalizado, será setorizado. Temos que mudar a visão do investimento público, ampliando ao máximo as concessões. Faremos PPPs (parcerias público-privadas) para esgoto, penitenciárias, hospitais e creches, comprando vagas para as crianças. É mais racional do ponto de vista do gasto público", disse um auxiliar de Temer envolvido nos programas.

sábado, 27 de agosto de 2016

O universo privatizado

Ao ler uma notícia recentemente, lembrei-me do Tratado de Tordesilhas, que ainda deve ser ensinado nas escolas, devido à importância do tema.
O tal tratado, de 1494, ganhou o nome da cidade espanhola onde o documento foi assinado e estabelecia uma linha imaginária a 370 léguas de Cabo Verde, sendo que as terras achadas ou ainda por achar, a leste, pertenceriam a Portugal e a Oeste seriam da Espanha, com o direito de explorá-las. Ou seja, o que Portugal e Espanha fizeram foi, basicamente, dividir o mundo entre eles.
Agora – neste ano da graça de 2016, do século XXI – o governo americano deu “total liberdade” a uma companhia de transportes para planejar viagens à Lua. A empresa chama-se Moon Express e localiza-se no Vale do Silício, região da Califórnia onde se concentram companhias de inovação e tecnologia. Outras empresas, como a SpaceX e a Bigelow Aerospace, também disputam os direitos de mineração na Lua, que é rica em recursos naturais.
Passados mais de 500 anos do Tratado de Tordesilhas, a história se repete. Os Estados Unidos concedem direito de exploração a empresas, com objetivos comerciais, como se fossem donos da Lua.
Alguém poderia argumentar: “Bom, mas eles chegaram lá primeiro”. Esse me parece mau argumento, primeiro, porque “chegar primeiro” deveria valer apenas para disputas esportivas e não para decisões cruciais para o destino da humanidade. Depois, porque a Rússia poderia reivindicar-se dona do espaço, já que foi a (antiga) União Soviética a pôr um homem fora da órbita da Terra, Yuri Gagarin.
E, antes dos americanos, um equipamento soviético (não tripulado) também chegou à Lua. A espaçonave Luna 2 tocou o solo lunar e espatifou-se por lá (ainda não havia tecnologia para o pouso). A operação seguinte, a Luna 3 foi ao lado escuro da lua e fez fotos de alta resolução. Em 1970, os soviéticos foram mais longe: fizeram pousar uma sonda em Vênus. Por isso, os russos seriam donos da Estrela d’Alva?
Porém, se a empresas – com recursos econômicos e tecnologia de ponta – fosse negado o direito de explorar os corpos celestes – já que a humanidade vai necessitar expandir-se algum dia -, de que modo isso poderia ser feito?
Alguns analistas defendem um acordo internacional para estabelecer critérios para a exploração do espaço. Seria um tratado para pôr sob a responsabilidade da comunidade internacional todos os corpos celestes, tornando-os patrimônio da humanidade.
Porém, é óbvio que algo assim iria contrariar os grandes grupos econômicos, que olham para o céu como os portugueses e espanhóis olhavam para o “novo mundo”: como oportunidade de negócios.
E, também, será que estamos sozinhos no universo ou poderemos nos encontrar com outras formas de vida inteligentes, como os europeus encontraram, por aqui, os donos primordiais das terras “descobertas”? Se fosse assim, como isso se resolveria?
Mas, enfim, aquele negócio de vender terreno na Lula tornou-se verdade. Não pela façanha de estelionatários enganando incautos, mas sob o controle da maior potência econômica e militar do planeta. Comprar terrenos na Lua tornou-se realidade – vejamos se a serviço de uma boa causa ou para atender aos interesses de uma pequena elite no topo da pirâmide econômica. Uma passada de olhos pela história não admite bons prognósticos.
NOTAS
Hotel no espaço
A empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, pretende enviar uma nave não tripulada até Marte, em 2018. A Bigelow Aerospace, do magnata Robert Bigelow, quer explorar o espaço para fins turísticos. Ele já colocou em órbita uma nave para testar a possibilidade de um hotel espacial.

Morando em Marte
A empresa Mars-One recruta voluntários para uma viagem sem volta até Marte, onde fundariam uma colônia de humanos. A previsão é que a viagem seja feita em 2022. Milhares de pessoas inscreveram-se para participar da experiência.

“Escola sem partido” quer transformar estudante em dedo-duro

O movimento “escola sem partido” insere-se no conservadorismo que assola o mundo, cujo maior representante, atualmente, é Donald Trump, tendo como antípoda complementar o autodenominado Estado Islâmico. Não se engane: ambos querem a mesma coisa e um precisa do outro para sustentar sua política tacanha, repressiva e autoritária.
Não por acaso havia admiração recíproca entre o nazismo e o stalinismo, pois ambos buscavam a uniformização da sociedade: um em nome da “pureza da raça”; o outro idealizando um “igualitarismo” que pressupunha o assassinato da individualidade.
Esses caras acham que se pode chegar a um mundo asséptico, livre de “ideologias”, como se as pessoas vivessem fora da cultura, em um mundo absolutamente objetivo, em que todas as coisas tivessem valor único. O que não sabem – ou sabem muito bem – é que o conjunto de ideias defendidas por eles constitui-se ideologia, mesmo sem ousar dizer o nome, a qual querem vender pelo valor de face, sob a capa da objetividade e da “neutralidade”. Compre quem for ingênuo.
Esse tipo de gente odeia a diversidade, em qualquer forma que ela se apresente; acha “antinatural” fugir do papai-e-mamãe; entende que sexo é só para gerar filhos; condena o amor entre iguais, como se fosse algo aberrante; e vê uma conspiração dos devassos para dominar o coração e as mentes de crianças e jovens inocentes.
O que esses projetos de lei da “escola sem partido”, tramitando no Congresso e em Assembleias e Câmaras em todo o Brasil propõem, entre outras coisas, é que em toda sala de aula seja colado um cartaz com os “deveres do professor”, com seis itens genéricos; e a obrigação de todas as secretarias de educação criarem um dispositivo para receber denúncias anônimas contra professores que supostamente violarem direitos dos alunos.
Ou seja, querem emparedar o professor e transformar cada estudante em potencial dedo-duro, pronto a denunciar o mestre “doutrinador”. Ora, um estudante de esquerda pode sentir-se “doutrinado” quando o professor estiver falando sobre liberalismo; já um de direita pode pensar o mesmo quando a aula for a respeito do marxismo. O professor teria de caminhar sobre o fio da navalha e desenvolver mecanismos de autocensura para não ofender a sensibilidade de nenhum estudante, ou seja, uma educação castrada intelectualmente.
O tal cartaz, aparentemente razoável quando lido distraidamente, traz em seu item 5: “O professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções”.
Mas será que eles, os partidários da “escola sem partido”, pensam que todas as famílias pensam exatamente do mesmo jeito? Como o professor vai resolver esse dilema? E a escola não seria um lugar para o estudante ter contato com alguma coisa diferente, com ideias diversas e até opostas àquelas que vê na própria família, de modo a abrir-se para o mundo?
Claro que é equivocado o professor usar a sala de aula para “doutrinar” estudantes ou fazer proselitismo político ou religioso, de qualquer confissão. O bom professor é aquele que desafia a inteligência do aluno, levando-o a pensar de forma independente, apresentando os diversos aspectos de um problema, de um fato ou de uma situação histórica.
Mas não será com meia dúzia de regrinhas, aterrorizando professores, e transformando alunos em vigilantes dos bons costumes, que se alcançará o objetivo de melhorar a educação.
NOTAS
Escola de espiões
Vejam o que recomenda o portal Escola sem Partido ao estudante “que está sendo vítima de doutrinação política e ideológica” na sala de aula: “Na dúvida, não se precipitem. Planejem a sua denúncia. Anotem os episódios, os conteúdos e as falas mais representativas da militância política e ideológica do seu professor. Anotem tudo o que possa ser considerado um abuso da liberdade de ensinar em detrimento da sua liberdade de aprender”(…).

Senado
O projeto de lei da Escola sem Partido é de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), pastor evangélico. Em consulta pública lançada pelo Senado, o projeto já recebeu comentários de mais de 330 mil pessoas.

Assembleias e Câmaras
Projetos semelhantes tramitam na Câmara dos Deputados, em sete Assembleias Legislativas (incluindo o Ceará) e em 12 Câmaras Municipais.

Página informa sobre prêmios de jornalismo

Os jornalistas Katia Brembatti (Gazeta do Povo/PR), Ana Krüger e Gustavo Panacioni criaram uma página que informa sobre todos os prêmios de jornalismo.
Uma das seções informa, por ordem cronológica, o prazo de inscrição e a categoria do prêmio (temático, estudantes ou profissionais), com um link levando para o regulamento.
Também é possível assinar a newsletter gratuitamente e receber informações quinzenalmente.

O universo privatizado

Ao ler uma notícia recentemente, lembrei-me do Tratado de Tordesilhas, que ainda deve ser ensinado nas escolas, devido à importância do tema.
O tal tratado, de 1494, ganhou o nome da cidade espanhola onde o documento foi assinado e estabelecia uma linha imaginária a 370 léguas de Cabo Verde, sendo que as terras achadas ou ainda por achar, a leste, pertenceriam a Portugal e a Oeste seriam da Espanha, com o direito de explorá-las. Ou seja, o que Portugal e Espanha fizeram foi, basicamente, dividir o mundo entre eles.
Agora – neste ano da graça de 2016, do século XXI – o governo americano deu “total liberdade” a uma companhia de transportes para planejar viagens à Lua. A empresa chama-se Moon Express e localiza-se no Vale do Silício, região da Califórnia onde se concentram companhias de inovação e tecnologia. Outras empresas, como a SpaceX e a Bigelow Aerospace, também disputam os direitos de mineração na Lua, que é rica em recursos naturais.
Passados mais de 500 anos do Tratado de Tordesilhas, a história se repete. Os Estados Unidos concedem direito de exploração a empresas, com objetivos comerciais, como se fossem donos da Lua.
Alguém poderia argumentar: “Bom, mas eles chegaram lá primeiro”. Esse me parece mau argumento, primeiro, porque “chegar primeiro” deveria valer apenas para disputas esportivas e não para decisões cruciais para o destino da humanidade. Depois, porque a Rússia poderia reivindicar-se dona do espaço, já que foi a (antiga) União Soviética a pôr um homem fora da órbita da Terra, Yuri Gagarin.
E, antes dos americanos, um equipamento soviético (não tripulado) também chegou à Lua. A espaçonave Luna 2 tocou o solo lunar e espatifou-se por lá (ainda não havia tecnologia para o pouso). A operação seguinte, a Luna 3 foi ao lado escuro da lua e fez fotos de alta resolução. Em 1970, os soviéticos foram mais longe: fizeram pousar uma sonda em Vênus. Por isso, os russos seriam donos da Estrela d’Alva?
Porém, se a empresas – com recursos econômicos e tecnologia de ponta – fosse negado o direito de explorar os corpos celestes – já que a humanidade vai necessitar expandir-se algum dia -, de que modo isso poderia ser feito?
Alguns analistas defendem um acordo internacional para estabelecer critérios para a exploração do espaço. Seria um tratado para pôr sob a responsabilidade da comunidade internacional todos os corpos celestes, tornando-os patrimônio da humanidade.
Porém, é óbvio que algo assim iria contrariar os grandes grupos econômicos, que olham para o céu como os portugueses e espanhóis olhavam para o “novo mundo”: como oportunidade de negócios.
E, também, será que estamos sozinhos no universo ou poderemos nos encontrar com outras formas de vida inteligentes, como os europeus encontraram, por aqui, os donos primordiais das terras “descobertas”? Se fosse assim, como isso se resolveria?
Mas, enfim, aquele negócio de vender terreno na Lula tornou-se verdade. Não pela façanha de estelionatários enganando incautos, mas sob o controle da maior potência econômica e militar do planeta. Comprar terrenos na Lua tornou-se realidade – vejamos se a serviço de uma boa causa ou para atender aos interesses de uma pequena elite no topo da pirâmide econômica. Uma passada de olhos pela história não admite bons prognósticos.
NOTAS
Hotel no espaço
A empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, pretende enviar uma nave não tripulada até Marte, em 2018. A Bigelow Aerospace, do magnata Robert Bigelow, quer explorar o espaço para fins turísticos. Ele já colocou em órbita uma nave para testar a possibilidade de um hotel espacial.

Morando em Marte
A empresa Mars-One recruta voluntários para uma viagem sem volta até Marte, onde fundariam uma colônia de humanos. A previsão é que a viagem seja feita em 2022. Milhares de pessoas inscreveram-se para participar da experiência.

Sobrou o golpe

Passa-se um mês e o Brasil parece continuar patinando (quase) no mesmo lugar. Porém, firma-se cada vez mais a dificuldade de a presidente Dilma Rousseff voltar a governar o País, apesar da impossibilidade de comprovar a participação dela em qualquer ato justificador de seu afastamento. Golpe portanto, ainda que sob uma aparente réstia de legalidade.
Tem ficado também cada vez mais claro que os que se puseram contra o impedimento não eram, necessariamente, “petistas” ou partidários do governo Dilma. O Psol, cuja oposição ao petismo é induvidosa, desde o princípio manteve-se nas trincheiras da democracia, que sairá ferida com a banalização do impeachment.
O PSTU – talvez o partido da esquerda mais radical em atividade – rachou recentemente, pois uma de suas alas defendia que a sigla se manifestasse claramente contra o impeachment, porém, mantendo as críticas (ferozes) que historicamente fez aos governos do PT.
Até mesmo colunistas do establishment, como Elio Gaspari, admitem que “Há golpe”, título de artigo dele, publicado na edição de 29/6/2016. Gaspari revolteia e diz que há um golpe “no sentido vocabular”, seja lá o que isso signifique. Talvez uma confissão envergonhada pela percepção tardia.
As tais “pedaladas” já estão desmoralizadas. Agora, o governo de Michel Temer vem fazendo o mesmo que Dilma fazia ao autorizar gastos extras com medidas provisórias. A “diferença” é que Temer pede o aval do TCU para efetuar os gastos.
Sob o argumento de “urgência”, já conseguiu liberar R$ 2,9 bilhões para o governo do Rio usar nas Olimpíadas. O novo pedido é para abrir crédito extraordinário em socorro a áreas de desastre. Se o tribunal continuar condescendente com Temer, terá de analisar se errou ao considerar irregular o mesmo procedimento de Dilma, em 2015.
Portanto, os argumentos dos defensores do impeachment estão se estreitando, e vai restar apenas um: golpe.

Explicando Tia Eron ao modo acadêmico

A deputada Tia Eron (PRB-BA) foi um show à parte (sem ironia) na votação do Conselho de Ética que aprovou o parecer pela cassação do deputado Eduardo Cunha. Ela demonstrou segurança, mandou recados à esquerda e à direita. E, de quebra, recomendou aos jornalistas que lessem Umberto Eco.
Gosto de seguir conselhos ajuizados e lembrei que a minha modesta biblioteca guardava um exemplar, da década de 1980, do livro “Viagem na irrealidade cotidiana”, do mestre italiano, e resolvi rever alguns ensaios nele contidos.
Talvez Tia Eron se referisse ao que Eco escreveu no ensaio “Guerrilha semiológica”, no qual afirma, em relação aos grandes meios de comunicação em massa: “Não muito tempo atrás, se quisessem tomar o poder político num país, era suficiente controlar o exército e a polícia (…). Hoje, um país pertence a quem controla os meios de comunicação”.
(Mas, como se verá abaixo, o próprio Eco tratará de contestar essa premissa.)
Lembrei-me, também, de outro livro “Nós, o povo”, em que o autor, Timoth Garton Ash, narra a derrocada dos regimes comunistas na Polônia, Hungria, Alemanha Oriental e na República Checa (antiga Checoslováquia). Em um trecho, ele reproduz uma negociação entre o sindicato Solidariedade e burocratas do regime comunista na Polônia. Os representantes sindicais reivindicam uma televisão pública, “como a BBC”, e não governamental. Um veterano integrante do Partido Comunista responde: “Nós lhes daremos a Zomo (tropa de choque), antes de dar-lhes a televisão”.
Voltando a Eco, ele diz que, nos tempos atuais (o artigo reproduzido no livro é de 1967), não importa o quê e como a mensagem é transmitida, pois a disputa se dá no nível receptor, isto é, no modo de interpretar a informação. Para ele, não é verdade que o conteúdo da mensagem “pode converter” quem a recebe, “uma vez que quem recebe a mensagem parece ter um resto de liberdade: a de lê-la de modo diferente” (grifo do autor).
Assim, para Eco, não é se apropriando dos meios de comunicação que se controlará o conteúdo: “A batalha pela sobrevivência do homem como ser responsável na Era da Comunicação não é vencida lá, de onde a comunicação parte, mas aonde ela chega”. Para isso, diz, a estratégia é “uma solução de guerrilha”. Eco afirma que “uma organização educativa que conseguisse fazer um determinado público discutir a mensagem que está recebendo poderia inverter o significado dessa mensagem”. Ele ressalva que não está propondo uma nova “e mais terrível forma” de controle de opinião, mas uma ação para “impelir o público a controlar a mensagem e suas múltiplas formas de interpretação”.
Ele dá uma exemplo: para um trabalhador de classe média, a publicidade de uma geladeira é um estímulo ao consumo, mas, para um camponês desempregado, a mesma imagem significa a “denúncia de um universo de bem-estar que não lhe pertence”; portanto, funciona como “mensagem revolucionária”.
Ocorreu-me outro livro sobre o fim do regime comunista (este não lembro o título) em um país do Leste Europeu. O autor dizia que o Partido Comunista (como ainda faz a Coreia do Norte) proibia qualquer tipo de filme ou série americanos, incluindo os mais banais, mas que as pessoas os viam clandestinamente.
Para os americanos e ocidentais, podia ser mera diversão; mas, para quem vivia em regimes fechados, o significado era revolucionário, pois descobriam haver outras formas de viver. E os ditadores comunistas – talvez muito à frente de certos “teóricos” brasileiros – sabiam disso.
NOTAS
Internet
Umberto Eco escreveu o ensaio quando nem se cogitava a possibilidade da internet. Imaginem o quanto se ampliou a possibilidade de “guerrilha” pela interpretação das mensagens com o surgimento da rede mundial de computadores.

Guerrilha
O modo de fazer essa “guerrilha”, Eco diz que precisaria ser estudado, mas sugere formas que se parecem com as oportunidades abertas pela internet: “Adotar um mídia para comunicar uma série de juízos sobre um outro mídia”.

Férias
Aviso aos eventuais leitores que eles terão férias desta coluna nas próximas semanas.

Os candidatos

Quem nunca ouviu: “Brasileiro não sabe votar”? Ou: “O culpado pelo mau político é o eleitor que o elege. Assim, transfere-se a culpa da desgraça para a vítima, como se fosse responsável pelos malfeitos decorrentes de seu voto, sobre o qual não tem mais controle depois que o digita na urna eletrônica. E isso acontece porque inexistem instrumentos permitindo a participação direta das pessoas nas políticas públicas.
Portanto, funciona assim: se, de repente, um governador amanhece com vontade de construir um aquário, ele manda fazer, e não há força que o impeça. Depois, deixa a conta para o próximo governo, isto é, para o cidadão contribuinte.
Outro problema é a falta de diversidade entre as opções eleitorais, apesar da quantidade de candidatos. Vejamos os quatros principais concorrentes nestas eleições municipais.
Capitão Wagner (PR): apresenta-se como “novidade”. Mas, sabemos, há moços velhos e velhos moços. Wagner enquadra-se no primeiro caso. A sua proposta é uma repetição de chavões; foi líder de uma greve armada na polícia que deixou a cidade refém dos PMs. Tem como um dos tutores o senador Eunício Oliveira (PMDB), cuja especialidade é cavar cargos para seus aliados.
Heitor Férrer (PSB): o deputado tornou-se mais conhecido pelos discursos ácidos contra os Ferreira Gomes, e não por ter um programa para a cidade. Vamos ver como vai se arranjar sem os irmãos sobralenses (diretamente) na disputa.
Luizianne Lins (PT): ficou oito anos chefiando a Prefeitura, tendo como aliados o governo federal, o governo estadual e a Câmara dos Vereadores. Mesmo com essas facilidades, não fez uma fração do que poderia ter feito.
Roberto Cláudio (PDT), atual prefeito: acolheu a Moroni Torgan (DEM) como vice de sua chapa. Moroni é uma espécie de Capitão Wagner de tempos idos: mau sinal.
Frente a esse quadro, não estaria o eleitor condenado a “votar mal”?
PS. Tem ainda João Alfredo, do Psol, partido que tenta recolher as bandeiras deixadas no caminho pelo PT.

Sem partido, sem ideologia e sem noção

Vem crescendo a polêmica sobre o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional – e que se reproduz como os Gremlins Brasil afora – visando proibir o que seus defensores chamam de “doutrinação ideológica” nas escolas. Para eles, o professor aparece como um sujeito assustador, pronto a levar os estudantes para as sendas escuras do “esquerdismo”.
O interessante é que o Escola sem Partido, que pretende salas de aula “sem ideologia” é defendido, por exemplo, por um movimento chamado Endireita Brasil, por pastores evangélicos e políticos conservadores. Para eles, “ideologia” é uma espécie de vírus, do qual estão livres da contaminação.
Mas a proposta é tão canhestra que até o ministro da Educação de Temer, Mendonça Filho – cuja primeira medida ao assumir a pasta foi receber o especialista em educação Alexandre Frota – está contra a sua implementação.
Para o ministro, os professores devem ter compromisso “com a amplitude do conhecimento” oferecido aos estudantes, mas entende que não será uma lei a resolver o problema. Ele disse ainda não conhecer nenhum país do mundo com legislação para “controlar posicionamento dentro da sala de aula”, vendo a “quase impossibilidade” em aplicar uma medida desse tipo.
No entanto, ao ser perguntado se, caso a lei seja aprovada, recomendaria o veto ao presidente interino Michel Temer, evitou responder diretamente.
O ministro disse que não iria “antecipar um posicionamento de um projeto” que ainda não foi votado, acrescentando que o presidente saberá como se comportar “tendo em vista o interesse geral de uma boa educação e de conceitos como pluralidade, liberdade e preservação do direito do estudante de conhecer todos pontos de vista históricos e ideológicos”.

Fintechs, os novos bancos

Levante o braço quem nunca se aborreceu com a burocracia bancária, amargando uma fila ou tendo de providenciar uma lista de documentos para abrir uma simples conta; ou nunca precisou implorar para ter um mínimo de atenção do gerente; ou nunca ficou irritado ao se confrontar com juros extorsivos quando precisou de um empréstimo.
Se uma pesquisa com perguntas desse tipo fosse feita no Brasil, é bem possível que 60% respondessem que já haviam passado por pelo menos um dos perrengues anotados acima. Digo 60% pois este é o índice de pessoas “bancarizadas” no Brasil, isto é, que dispõem de conta em banco.
Da mesma forma que as empresas de tecnologia, as “startups”, chacoalharam vários ramos de negócios solidamente estabelecidos – desde a comunicação até os transportes urbanos -, chegou a vez de os bancos terem de enfrentar esses novos e ágeis concorrentes. Como aconteceu com os outros negócios, as novas plataformas de serviços bancários não surgiram a partir de empresas financeiras já estabelecidas, mas com novos empreendedores, com conceitos inovadores.
Na brecha das grandes, burocráticas, lentas e caras (para os clientes) estruturas bancárias, estão brotando as chamadas “fintechs” – das palavras em inglês “financial” (finanças) e “technology” (tecnologia) – oferecendo praticamente todos os serviços bancários a custos e juros mais baixos – e com a facilidade de tudo ser feito online.
Alguns analistas preveem que, em um curto espaço de tempo, as fintechs substituirão os bancos tradicionais. Entretanto, as instituições financeiras estão procurando adaptar-se aos novos tempos, com os bancos criando departamentos de “inovação” para não ficar fora desse novo mercado – e seus executivos acompanham de perto a movimentação das fintechs, viajando periodicamente para o Vale do Silício (Estados Unidos), onde se concentram as novas empresas de tecnologia. Os grandes bancos internacionais também se preocupam com o avanço das startups financeiras.
Não por acaso, as fintechs ganharam força com a crise de 2008, que levou à desestruturação de gigantes bancários, obrigando o governo dos Estados Unidos a intervir para que não fossem à falência, pois, sendo “grande demais para quebrar”, poderiam levar a uma crise de proporções inauditas, caso não fossem socorridos. Tornou-se público também a sua cara estrutura, com seus executivos de salários exorbitantes.
Como a tecnologia dos smartphones está disseminada – mesmo entre a população de menor poder aquisitivo -, além dos clientes tradicionais dos grandes conglomerados bancários, as novas empresas podem capturar a clientela que não tem conta em banco, cerca de 55 milhões de brasileiros. Algumas fintechs apresentam-se mesmo como especializadas em serviços para pessoas de baixa renda.
Uma ressalva que sempre gosto de fazer a respeito dessas novas empresas de tecnologia: elas não são entidades de benemerência ou surgem apenas para facilitar a vida das pessoas (ainda que possam fazer isso) como algumas gostam de alardear. Elas visam a resultados econômicos.

A Uber, por exemplo, quando surgiu, apresentava-se como um inocente aplicativo de “carona compartilhada”, e não como uma empresa capitalista. Essas empresas, como qualquer outra, visam ao lucro. Por óbvio, não há problema nenhum nisso, mas sempre é bom esclarecer.
NOTAS
Serviços
Alguns serviços oferecidos pelas fintechs: seguros, empréstimos (a juros mais baixos), cartões de crédito (sem cobrança de anuidade), pagamentos, gestão financeira para pequenos negócios, transferência de recursos.

Especialização
Normalmente, cada empresa é especializada em um tipo de negócio e pode atender pessoas físicas e jurídicas. No Brasil existem 130 fintechs; no mundo, mais de 1.400.

Tribunal da história espera os golpistas

Inicia-se hoje o julgamento da presidente Dilma Rousseff no Senado. Julgamento é modo de dizer, pois o veredito já está dado, assistir-se-á (mesóclise em homenagem a Temer) a uma pantomima.
A presidente já não fala para convencer os senadores, mas para a história. Porém, fala mal à posteridade: a sua carta, “mensagem ao povo brasileiro”, é burocrática e deixa de apontar as verdadeiras razões políticas pelas quais será imolada.
Uma única vez ela aponta (indiretamente) os seus algozes: “Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou traição (Temer). Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém (Eduardo Cunha)”.
Vejam a diferença da Carta Testamento de Getúlio Vargas: “Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes”.
Notem como são os mesmo temas em debate: “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma”. (Petrobras, interesses americanos no Sul, salário mínimo, impostos.)
Na segunda-feira, a presidente faz pessoalmente sua defesa no Senado. Como a legalidade atropelada, sua fala teria de ser, no mínimo, uma espécie de “Eu acuso”; mas é difícil prever seu comportamento.
Porém, de um jeito ou de outro, os golpistas serão condenados pelo tribunal da história.

Modelo Inovador é a Aposta de Conceituados Consultores da Rede Otimiza Brasil para ampliar horizontes em tempos de crise

Com uma fertilização da visão internacional de tendências de negócios a Otimiza Brasil começa a operar em algumas áreas importantes no formato de remuneração ”‘ad exitum”, esse é o grande diferencial do seu time de consultores. A alta competência profissional da Rede formada por especialistas brasileiros e europeus garantirá as boas soluções e a rentabilidade.

São Paulo, 26 de agosto de 2016 - O Brasil vive uma fase de profunda racionalidade nos custos e potencialização de receitas, face aos desafios impostos pela retração de mercado nos diversos segmentos. Neste cenário, renomados consultores internacionais, se uniram em uma plataforma única que oferece soluções para organizações empresariais de médio e grande porte, nacionais e internacionais, que, muitas vezes, já não têm onde cortar custos e ainda aguardam a reação das vendas retomarem a normalidade. 


"A Rede Otimiza diferencia-se em seu setor de atuação porque o olho clínico do time de consultores brasileiros e europeus abre possibilidades que, em geral, nunca foram pensadas pelos executivos da empresa. Como por exemplo, recuperação de impostos pagos indevidamente sobre a folha de pagamento por conta da complexidade da legislação trabalhista brasileira, expurgos de cobranças abusivas por operadoras de telecomunicações, revisão de enquadramentos aduaneiros submetidos à tributação incorreta, redução drástica no consumo de energia e telecomunicações por intermédio de sistemas inovadores de monitoramento e prevenção de gastos, entre outras. E, o modelo da Otimiza Brasil é também inovador por estabelecer, para algumas áreas importantes de atuação a remuneração com pagamentos apenas sobre a performance obtida na efetiva recuperação ou redução de custos", explica *Gilberto Lima Junior, que foi responsável pela Unidade de Internacionalização da Apex Brasil e hoje também é Alto Representante para a América Latina e Caribe da União dos Exportadores da CPLP e preside a Going Global Consulting, parceira da Otimiza Brasil. 



Competitividade em tempos de crise pressupõe eficiência de Gestão
A Rede Otimiza diferencia-se ainda em seu setor de atuação por ter no comando e na prestação de serviços, profissionais que trazem intensa experiência executiva, além do trabalho em consultoria. Trabalharam em empresas de grande porte e instituições financeiras no Brasil e no mundo. E tem a meta de oferecer serviços para os gestores comprometidos com a última linha do balanço: a lucratividade efetiva das operações pelas quais respondem. 



Os consultores da Rede possuem três grandes focos de atuação, Custos onde irão operar em Aduaneira e Logística, Energia, Fiscal e Tributária e Telecomunicações. A área de Vendas pelas Relações Institucionais e Parcerias Público Privadas, Investigação de Mercado, Comunicação, Comércio Exterior e Monitoramento de Mercado. E a área de Patrimônio pela Captação de Investidores, Financiamento de Projetos, Fusões e Aquisições, Proteção de Ativos e Compliance. 



Para auxiliar o universo empresarial brasileiro e das multinacionais, a Rede possui talentos de peso do mundo corporativo. "Muitas vezes, os empresários brasileiros desconhecem as possibilidades de otimização com alto grau de especializações existentes, e que podem mudar a situação de uma empresa ou grupo econômico. Estamos atendendo grandes grupos, mas conseguimos também resultados únicos em empresas menores. Um exemplo de conquistas recentes foi à recuperação, na parte fiscal e previdenciária, de mais de R$ 9 milhões para a filial brasileira de uma multinacional Suíça com 250 funcionários, e sem nenhuma necessidade de recursos judiciários. Na parte energética conseguimos reduzir em até 60% as faturas dos nossos clientes e, até 54%, nos custos de telecomunicações. Estamos ainda abrindo mercados, e expandindo o horizonte de nossos clientes com estratégias de parcerias inovadoras e funding. O fato de sermos globais, com remuneração baseada principalmente em sucess fee criou um vínculo de Win Win com resultados efetivos para esses tempos difíceis", explica *Bertrand Dupont, CEO da Rede Otimiza Brasil (foto), especialista em Fusões & Aquisições com longa trajetória em empresas multinacionais e organismos financeiros em países da Europa e da América do Sul e também CEO da Sudamérica Consulting Group. 



Trabalho sem Fronteiras
A Otimiza Brasil já nasce com várias alianças de peso como, por exemplo, com a Going Global Consulting que tem um trabalho muito forte para alavancar processos de internacionalização de empresas. "Assim teremos mais inteligência no processo de internacionalização dos projetos da Otimiza, a parceria só agrega porque iremos viabilizar mais negócios, blindar riscos e favorecer acordos de cooperação para diversos segmentos da economia no Brasil e nos mercados alvo de nossos clientes", avalia Bertrand Dupont, o fundador da Otimiza Brasil. Seus profissionais trazem experiência coletiva que compreende cada tipo de indústria ou disciplina, conectados globalmente e compromissados localmente. 



"A Rede Otimiza representa uma dupla funcionalidade para uma Consultoria Internacional como a Going Global. Por um lado atuamos como parceiros de prestação de serviços às empresas associadas para viabilizarmos exportações nos mercados árabe e centro-americano, por intermédio de nossas bases em Dubai e no Panamá. As empresas contam com nosso apoio na avaliação estratégica e nomeação de canais de distribuição nos países alcançados remunerando sob performance. Por outro lado, somos potenciais usuários das soluções das empresas integrantes desta Inteligente Rede Colaborativa de Negócios", finaliza Gilberto Lima. 



*Gilberto Lima Junior é Conselheiro Estratégico da Otimiza Brasil, atuante no comércio exterior há mais de 20 anos, comandou a Unidade de Internacionalização da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos do Brasil – Apex Brasil, no período de 2008 a 2011; a Presidência do Conselho Empresarial da Confederação Empresarial da CPLP (2014 – 2015);
Vice-Presidente da Câmara Americana de Comércio-DF; Alto Representante para a América Latina e Caribe da União dos Exportadores da CPLP.



*Bertrand Dupont – Diretor da Rede OTIMIZA, atuante nos mercados da América Latina há mais de 20 anos. Criador do conceito Rede OTIMIZA Brasil, Bertrand Dupont possui uma longa trajetória em empresas multinacionais na França, Espanha, Inglaterra, Argentina, Chile, Uruguai e Brasil. É CEO da Sudamérica Consulting Group especializado em Fusões e Aquisições, funding de operação, internacionalização de empresas e relações governamentais, CEO da Alizarine Intelligence. Foi representante para América do Sul da parte de consultoria do maior banco europeu o Crédit Agricole, parceiro na América do Sul da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.