GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Em conversas interceptadas pela Lava Jato, Lula e Dilma são 'Luma'

Dilma e Lula

Dentre os tantos apelidos descobertos pela Operação Lava Jato, até a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham um... em conjunto. Mensagens obtidas do celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro mostram que executivos da empresa se referiam a Lula e Dilma como "Luma". "Vai ser duro! Haja Luma [Lula + Dilma]", disse um deles sobre a vantagem de ACM Neto (DEM) sobre Nelson Pellegrino (PT) na campanha à prefeitura de Salvador em 2012. ACM Neto acabou vencendo o pleito.
Na troca de mensagens, Pinheiro e o ex-diretor da OAS parecem bastante empenhados em salvar a campanha do petista diante do avanço de ACM Neto nas pesquisas. "Dilma/ Lula/Militância ofensiva. São as únicas formas de vencer", escreveu Ribeiro Filho. O apoio da OAS a Pellegrino foi intermediado pelo então governador da Bahia e hoje ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, segundo os investigadores. "Só Lula e o Papa. Ainda bem que cheguei em Roma", escreve um número que seria ligado a Pinheiro, em outubro de 2012, sobre possível vitória do PT. "Leo: A propaganda [de ACM Neto] está inteligente. Neto não bate ou bate com elegância", diz o ex-diretor. Em 2014, Ribeiro Filho foi nomeado secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, na gestão Wagner.
Em 2014, César Mata Pires, fundador da OAS, diz a Pinheiro que "acabou o tempo de eleger poste" e faz referência à derrota de Pellegrino em 2012. "LP [Léo Pinheiro], Acabou o tempo de eleger poste. JW [Jaques Wagner] que se cuide... não aprendeu com a vitória do Grampinho [ACM Neto]. Temos que pensar nessa hipótese X nossos interesses na Bahia. Deus nos proteja. CMP [César Mata Pires]." Wagner já disse estar à disposição para prestar esclarecimentos sobre o caso. A OAS afirmou que "não tem nada a comentar".

Palestras ao custo de U$ 200 mil encobriram propina a Lula, suspeita MPFLava Jato encontrou repasses de empreiteiras ao instituto e pagamentos à empresa do ex-presidente petista por eventos na América Latina

Ex-presidente Lula discursa no Sindicato dos Bancários, em São Paulo, na noite desta sexta-feira (04)

O Ministério Público Federal suspeita que as palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exterior, pelas quais costumava receber cerca de 200.000 dólares de empreiteiras do petrolão, tenham sido uma maneira de "dissimular o recebimento de vantagens indevidas" no esquema de corrupção da Petrobras e compra de apoio político ao governo dele. A força-tarefa da Operação Lava Jato também lançou suspeita sobre doações feitas pelas mesmas construtoras ao Instituto Lula.
"Considerando os dados colhidos no âmbito da Operação Lava Jato, há elementos de prova de que Lula tinha ciência do esquema criminoso engendrado em desfavor da Petrobras e também de que recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas decorrentes dessa estrutura delituosa", afirmou o Ministério Público ao pedir a condução coercitiva do ex-presidente petista, realizada nesta sexta-feira. "Existem indícios consistentes de que o ex-presidente Lula, por meio de pessoas de seu círculo mais íntimo, o familiar, pode ter recebido vantagens indevidas de construtoras envolvidas nos ilícitos perpetrados em desfavor da Petrobras."
O embasamento da 24ª fase da Operação Lava Jato partiu da movimentação financeira do Instituto Lula - entidade sem fins lucrativos - e da empresa dele, a LILS Palestras, Eventos e Publicações, da qual é sócio o presidente do Instituto, Paulo Okamotto. A Receita Federal e o Ministério Público afirmam que a entidade e a empresa de Lula se misturaram, e que funcionários registrados do Instituto trabalhavam para a empresa. "Há, portanto, evidente desvio de finalidade do Instituto Lula, entidade sem fins lucrativos, cuja estrutura muitas vezes confunde-se com a da LILS Palestras, entidade com fins lucrativos. Pode-se concluir que o instituto era utilizado não apenas como meio para o recebimento de recursos, ao que tudo indica, dissimulados de doações, como também emprestava sua estrutura, em completo desacordo com a finalidade jurídica por si sustentada, para possibilitar o funcionamento da LILIS Palestras", sustentaram os investigadores.
Publicidade
O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que a força-tarefa está "verificando" se houve algum ato de governo vinculado a essas palestras, na Petrobras ou outros órgãos públicos, para favorecer as empreiteiras. Ele afirmou que o valor pago à LILS Palestras não é simples de precificar porque "palestra é um bem imaterial".
Tanto o Instituto Lula quanto a empresa LILS receberam recursos milionários das maiores empreiteiras envolvidas no cartel que fraudou licitações na Petrobras: respectivamente, 20,7 milhões de reais e 10 milhões de reais. Os principais repasses de dinheiro partiram de Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Correa, OAS, Queiroz Galvão e UTC.
Pagamentos ao Instituto Lula e à LILS Palestras, fundados em 2011 pelo ex-presidente da República
Pagamentos ao Instituto Lula e à LILS Palestras, fundados em 2011 pelo ex-presidente da República
Para o MPF, os recursos são vantagens indevidas que podem ter sido transferidas a Lula - e depois repassadas pela LILS a empresas dos filhos dele e de assessores e colaboradores políticos de longa data. Conforme relatório de investigação, a empresa G4 Entretenimento e Tecnologia, de Fábio Luís, o Lulinha, Kalil Bittar e Fernando Bittar (laranja do ex-presidente no sítio de Atibaia), foi "de longe, dentre os destinatários dos recursos da entidade, a empresa que mais recebeu recursos" - 1,3 milhão de reais, entre 2011 e 2014. Outro filho de Lula, Luís Claudio Lula da Silva recebeu da empresa de palestras do pai outros 227.138,85 reais, entre 2011 e 2013. A FlexBr Tecnologia, empresa de Marcos Claudio Lula da Silva, Sandro Luis Lula da Silva (ambos herdeiros de Lula) e Marlene Araújo Lula da Silva (nora do ex-presidente) levou mais 186.621,20 reais. "Algumas dessas empresas para as quais os valores foram repassados não possuíam empregados ou possuíam um quadro de empregados restrito, denotando a pessoalidade do destino do dinheiro", observou a força-tarefa.
O MPF obteve cópias de notas fiscais, de e-mails trocados entre funcionários de Lula registrados pelo Instituto (mas que agiam em nome da empresa LILS Palestras) e das construtoras, além de minutas de contratos de uma série de palestras encomendadas. Agora, os investigadores querem apurar se elas de fato ocorreram - ou se os repasses de dinheiro constituem pagamento sem causa.
A Lava Jato ouviu três executivos da OAS: o diretor financeiro Ricardo Marques Imbassahy, o diretor superintendente Carmine De Siervi Neto, e o presidente Fabio Hori Yonamime. Eles afirmaram que "não se recordam de ter sido noticiada palestra do ex-presidente Lula dentro da OAS ou custeada pela mesma no período em que estiveram no Grupo OAS".
"A partir de tais depoimentos, reforça-se a hipótese de que a LILS Palestras, Eventos e Publicações Ltda possa ter sido usada para dissimular o recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de tais documentos tão somente para justificar os recebimentos de valores a partir do Grupo OAS", anotaram os procuradores da República.
América Latina - Os investigadores encontraram minutas de contrato da LILS Palestras em língua estrangeira e até sem especificação do serviço a ser prestado, como o tema da palestra. Por uma palestra realizada em 2011 no Hotel Hyatt Regency Trinidad, em Trinidad e Tobago, Lula receberia 200.000 dólares livre de impostos. O valor é o mesmo cobrado da OAS por outra exposição de Lula, na sequência, que seria realizada na Costa Rica.
No Chile, em 2013, outra minuta de contrato também indica como custo bancado pela OAS o valor de 200.000 dólares. No mesmo ano, Lula teria ido a Quito, capital do Equador, por 400.000 reais - mais uma vez a pedido da OAS. Também há uma troca de mensagens referente a um evento ao qual Lula atenderia em Montevidéu, capital do Uruguai, mas a polícia não encontrou mais documentos sobre a viagem.
"A falta de profissionalização dos serviços supostamente prestados pela LILS Palestras resta consubstanciada pelo fato de que funcionários do Instituto Lula apresentam-se como responsáveis pelo contato com a empresa contratante, cuidando de detalhes acerca da contratação e dos recebimentos de valores", observam os procuradores.
O MPF também observa que o Instituto Lula pedia "aprovação da Odebrecht para emitir notas fiscais por serviços supostamente prestados, o que denota seu provável caráter de subterfúgio para o repasse de valores indevidos".
Foram obtidas notas fiscais emitidas em 2014 no valor bruto de 479.041,92 reais referentes a serviços de palestra para a Odebrecht em Havana, capital de Cuba. A maior empreiteira do país também teria encomendado, no ano anterior, uma palestra de Lula em Santo Domingo, capital da vizinha República Dominicana, por 372.935,54 reais. As tratativas eram geralmente conduzidas por Alexandrino Alencar, executivo da Odebrecht que foi preso na Lava Jato, e Paulo Okamotto. Eles também combinaram uma palestra em Lisboa, Portugal, por 487.250,87 reais. A Odebrecht também teria custeado uma palestra na Venezuela, em 2011, por 359.281,44 reais.
A Lava Jato observou que a empresa de Lula recebeu 402.993,67 reais da empresa QUIP S.A, "envolvida no repasse de vantagens indevidas ao ex-presidente entre abril de 2010 e maio de 2014". A sociedade de Lula com Okamotto manteve relacionamentos financeiros com a Telos Empreendimentos Culturais, empresa que recebeu 1,19 milhão de reais em patrocínio da Petrobras. O Instituto Lula teve a Telos como fornecedor em 2011 e pagou à empresa 42.776,13 reais. No mesmo ano, a Telos contratou a LILS Palestras e fez dois repasses de 691.720, 42 reais ao todo.

Em nota, Moro justifica a condução coercitiva de Lula

Sérgio Moro durante evento realizado pela revista The Economist no Hotel Grand Hyatt em São Paulo

O juiz Sergio Moro, que coordenada as ações da Operação Lava Jato, emitiu uma nota neste sábado justificando seu pedido para o depoimento coercitivo do ex-presidente Lula, realizado nesta sexta, na seda da Polícia Federal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O magistrado lamenta que "as diligências tenham levado a pontuais confrontos em manifestação políticas inflamadas, com agressões a inocentes". Moro também explica que "as medidas investigatórias visam apenas o esclarecimento da verdade e não significam antecipação de culpa do ex-presidente". Confirma abaixo a nota do juiz Sergio Moro, na íntegra.
A pedido do Ministério Público Federal, este juiz autorizou a realização de buscas e apreensões e condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento. Como consignado na decisão, essas medidas investigatórias visam apenas o esclarecimento da verdade e não significam antecipação de culpa do ex-presidente. Cuidados foram tomados para preservar, durante a diligência, a imagem do ex-presidente. Lamenta-se que as diligências tenham levado a pontuais confrontos em manifestação políticas inflamadas, com agressões a inocentes, exatamente o que se pretendia evitar. Repudia este julgador, sem prejuízo da liberdade de expressão e de manifestação política, atos de violência de qualquer natureza, origem e direcionamento, bem como a incitação à prática de violência, ofensas ou ameaças a quem quer que seja, a investigados, a partidos políticos, a instituições constituídas ou a qualquer pessoa. A democracia em uma sociedade livre reclama tolerância em relação a opiniões divergentes, respeito à lei e às instituições constituídas e compreensão em relação ao outro.
Curitiba, 05 de março de 2016.

Defesa de Lula chama condução coercitiva de arbitrária

Os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, responsáveis pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, emitiram nota neste domingo repudiando o posicionamento da força-tarefa da Operação Lava Jato, que afirmou ontem, também em nota, que as manifestações a favor do ex-presidente em relação à legalidade do processo de condução coercitiva são "cortina de fumaça".
"Não há que se cogitar em 'cortina de fumaça' na presente discussão. Houve, inegavelmente, grave atentado à liberdade de locomoção de um ex-presidente da República sem qualquer base legal", dizem os advogados, classificando o mandado de condução coercitiva como "arbitrário". "A tentativa de vincular Lula a 'esquema de formação de cartel e corrupção da Petrobras' apenas atende anseio pessoal das autoridades envolvidas na operação, além de configurar infração de dever funcional".
A nota divulgada ontem pela força-tarefa da Operação Lava Jato defende a validade do procedimento de condução coercitiva - quando o investigado é levado para depor e liberado - aplicado ao ex-presidente na última sexta-feira. Segundo os procuradores, nas 24 fases da Lava Jato, cerca de 117 mandados de condução coercitiva foram determinados pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba.
"Apenas nesta última fase e em relação a apenas uma das conduções coercitivas determinadas, a do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, houve a manifestação de algumas opiniões contrárias à legalidade e constitucionalidade dessa medida, bem como de sua conveniência e oportunidade", afirmou a força-tarefa.
Teixeira e Martins ressaltam, na nota de hoje, que o ex-presidente já prestou dois depoimentos à Polícia Federal e um ao Ministério Público Federal, e que em nenhum deles houve confrontos ou risco à ordem pública porque foram marcados e realizados de forma adequada. Os advogados afirmaram, ainda, que a condução coercitiva é uma medida que cerceia a liberdade de ir e vir, e que "jamais poderia ter sido requerida ou autorizada nos termos em que se deu".
"O fato de a Operação Lava Jato já ter emitido 117 mandados de condução coercitiva não tem o condão de legitimar a ilegalidade agora praticada contra o ex-Presidente Lula, mas, ao contrário, serve de alerta para tantas outras arbitrariedades que poderão já ter sido praticadas nessa operação", diz a defesa de Lula.
Os advogados terminam a nota afirmando que o MPF "aposta na força das palavras em detrimento dos fatos" e que Lula "jamais participou ou foi beneficiado, direta ou indiretamente, de qualquer ato ilegal".

Lula afirmou que só sairia de casa algemado, diz PFA princípio, ex-presidente se recusou a deixar seu apartamento em São Bernardo para prestar depoimento na última sexta-feira, mas mudou de ideia após falar com seu advogado

CONDUZIDO - Por segurança, a força-tarefa da Lava-Jato ouviu o depoimento de Lula no Aeroporto de Congonhas

Em um documento divulgado neste domingo, o delegado da Polícia Federal Luciano Flores de Lima afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recusou, a princípio, a deixar seu apartamento, em São Bernardo, para prestar esclarecimentos à PF, na última sexta-feira, durante a 24ª fase da Operação Lava Jato. Segundo o jornal O Globo, Lula disse que queria ser interrogado pela PF em sua casa e que só sairia de lá algemado. Depois de conversar com seu advogado Roberto Teixeira, porém, ele concordou em ser levado para o Salão Presidencial do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
De acordo com o Globo, o delegado também afirma no documento, enviado ao juiz Sergio Moro, que parlamentares tentaram entrar na sala onde Lula prestou depoimento e que os advogados do ex-presidente gravaram em áudio e vídeo toda a conversa dele com a PF, que durou três horas. Lima diz que chegou ao apartamento de Lula às 6 horas e que entregou os mandados de busca e apreensão para que ele lesse.
"Informei ao ex-presidente Lula que deveríamos sair o mais rápido possível daquele local, em razão da necessidade de colhermos suas declarações, a fim de que sua saída do prédio fosse feita antes da chega de eventuais repórteres e/ou pessoas que pudessem fotografar ou filmar tal deslocamento. Naquele momento, foi dito por ele que não sairia daquele local, a menos que fosse algemado. Disse ainda que se eu quisesse colher as declarações dele, teria de ser ali. Respondi então que não seria possível fazer sua audiência naquele local por questões de segurança", diz o documento, segundo o Globo.
Lima então disse a Lula que tinha um mandado de condução coercitiva, caso o ex-presidente se recusasse a acompanhá-lo. Lula falou com seu advogado e deixou o prédio por volta das 6h30. Após o depoimento, Lima diz ter oferecido segurança da PF para acompanhar Lula na saída do Aeroporto, proposta que o ex-presidente negou, dizendo que "preferiria sair dali com seus companheiros de partido e seus advogados, em veículo próprio".
Defesa - Mais cedo, neste domingo, os advogados de Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins,divulgaram um comunicado repudiando a condução coercitiva do ex-presidente. "Houve, inegavelmente, grave atentado à liberdade de locomoção de um ex-presidente da República sem qualquer base legal", disseram os advogados, classificando o mandado de condução coercitiva como "arbitrário". "A tentativa de vincular Lula a 'esquema de formação de cartel e corrupção da Petrobras' apenas atende anseio pessoal das autoridades envolvidas na operação, além de configurar infração de dever funcional".
Teixeira e Martins ressaltaram que o ex-presidente já prestou dois depoimentos à Polícia Federal e um ao Ministério Público Federal, e que em nenhum deles houve confrontos ou risco à ordem pública porque foram marcados e realizados de forma adequada. Os advogados afirmaram, ainda, que a condução coercitiva é uma medida que cerceia a liberdade de ir e vir, e que "jamais poderia ter sido requerida ou autorizada nos termos em que se deu".

À PF, Lula diz ser vítima da 'maior campanha de perseguição que já se fez a um líder político'

Depois de ter adotado um discurso vitimista nos tribunais e na manifestação feita à sua militância, na última sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a expor à Polícia Federal a tese de que estaria sendo alvo da "maior campanha de perseguição que já se fez a um líder político neste país". A nova manifestação, não assinada, foi entregue por ele próprio no momento em que prestava depoimento, na sexta, em uma sala do aeroporto de Congonhas. Intitulado "Os documentos do Guarujá: desmontando a farsa", o texto, anexado ao processo que envolve Lula na Operação Lava Jato, é um conjunto de ataques à imprensa e às oposições na tentativa de desvincular sua família e ele próprio do tríplex no edifício Solaris, em Guarujá.
O petista voltou a negar ser o proprietário do tríplex reformado pela empreiteira OAS, cujos dirigentes já foram condenados no petrolão. Em janeiro, a Polícia Federal deflagrou a faseTriplo X da Lava Jato, que investiga a atuação casada entre a offshore Murray, criada pela empresa Mossack Fonseca no Panamá, e a empreiteira OAS. As suspeitas são de que imóveis no condomínio Solaris, construídos pela OAS, possam estar sendo utilizados para camuflar o pagamento de propina do escândalo do petrolão. O próprio apartamento de luxo do ex-presidente petista passou a ser alvo de investigação.
"Diferentemente do que fazem crer os pedidos de prisão e de busca apresentados ao juiz Sergio Moro pela força-tarefa da Lava Jato, as novidades do caso, alardeadas pela imprensa, já estavam disponíveis há meses para qualquer pessoa interessada em investigar esquemas de lavagem de dinheiro - seja policial, procurador ou jornalista 'investigativo'", atacou o documento entregue pelo ex-presidente. Segundo ele, desde agosto do ano passado está anexado no processo que corre em São Paulo informações sobre a existência de tríplex registrados em nome da offshore Murray.
"Mesmo que tenham vindo a público agora, em meio a um noticiário sensacionalista, estes fatos nada têm a ver com o ex-presidente Lula, sua família ou suas atividades antes, durante ou depois de ter governado o País", diz trecho da manifestação. "Fracassaram todas as tentativas de envolver o nome do ex-presidente no processo da Lava Jato, apesar das expectativas criadas pela imprensa, pela oposição e por alguns agentes públicos partidarizados ao longo dos últimos dois anos", completa.
"Aos adversários de Lula, duas vezes eleito presidente do Brasil, maior líder político do País, responsável pela maior ascensão sociais de toda a história, restou o patético discurso de procurar um crime num apartamento de 215 metros quadrados, que nunca pertenceu a Lula nem a sua família", continua o documento. "A mesquinhez dessa denúncia, que restará sepultada nos autos e perante a história, é um final inglório da maior campanha de perseguição que já se fez a um líder político neste país. Sem ideias, sem propostas, sem rumo, a oposição acabou no Guarujá. Na mesma praia se expõem ao ridículo uma imprensa facciosa e seus agentes públicos partidarizados".
Ao autorizar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar esclarecimentos na 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na sexta, o juiz Sergio Moro disse haver suspeitas de "recebimento sub-reptício de valores" por parte do petista e indícios de que ele ocultou e dissimulou patrimônio. O magistrado também colocou em xeque a "generosidade" das empreiteiras em fazer pagamentos milionários para que ex-presidente desse palestras.
O despacho que embasou a condução coercitiva contra o petista, Sergio Moro afirmou que "os elementos probatórios mais relevantes até o momento colhidos estão aparentemente relacionados com o recebimento sub-reptícios de favores pelo ex-presidente das empreiteiras envolvidas no esquema criminoso da Petrobras". Segundo a força-tarefa da Lava Jato, empreiteiras investigadas por participação no propinoduto da Petrobras atuaram na reforma do sítio que seria de Lula, em Atibaia, e na compra de quase 560.000 reais em armários de luxo para o sítio e para o tríplex que, de acordo com as investigações, a empreiteira OAS reformava para o petista.

Policial que entregou dossiê da Lava Jato ao governo pode ser investigado

O presidente do Sindicato dos Policias Federais no DF, Flávio Werneck, que levou um dossiê para o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, contendo informações contra o juiz Sérgio Moro e investigadores da Operação Lava Jato é ligado ao PDT, partido aliado ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em 2014, Werneck disputou mandato de deputado federal pela legenda, sem sucesso. A Coordenação de Assuntos Internos da Corregedoria da PF deverá instaurar investigação para apurar sua conduta nesse episódio do dossiê.
Werneck já ocupou na gestão do governador Agnelo Queiroz (PT) o cargo de chefe da diretoria de assuntos estratégicos da corregedoria de saúde. O petista deixou o governo em 2014 em meio a vários escândalos de corrupção, inclusive na área da saúde.
Delegados da PF já identificaram no seu quadro pessoas com a intenção de produzir dossiês contra investigadores que atuam na Lava Jato, mas não tinham conhecimento do episódio envolvendo Werneck que também é vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, que representa os agentes da PF. A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) irá divulgar nota nesta segunda-feira, dando apoio aos trabalhos dos delegados que atuam na Lava Jato e cobrando explicações de Werneck. "A entidade que ele dirige não representa os delegados", diz a nota.
Sabotagem: O juiz Sergio Moro é apontado como membro de uma conspiração armada por adversários do PT
Werneck justificou que apresentou o caso ao Planalto por se tratar de uma denúncia grave. "Temos um problema de anacronismo na investigação que já tem dois anos e vem pegando pontos-chave de empresas e do governo. Isso afeta diretamente a economia", disse ele a VEJA. No dossiê, a acusação é de que Moro e os outros envolvidos na Lava Jato estão a serviço de um grande plano do PSDB para implodir o PT e o governo. O ministro Jaques Wagner teria dito que encaminharia o dossiê para um promotor baiano de sua confiança dar sequência ao assunto.

Conselho de Ética notifica Cunha sobre processo de quebra de decoro



O Conselho de Ética notificou nesta segunda-feira (7) o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sobre o prosseguimento do processo disciplinar que apura possível quebra de decoro por parte do parlamentar. A notificação segue a aprovação, na última terça (1), do relatório preliminar que pede a continuidade das investigações.
A partir de agora, Cunha tem dez dias úteis para apresentar defesa contra a acusação de que teria ocultado contas bancárias secretas na Suíça. Segundo o G1, o peemedebista nega ser dono das contas, mas afirma que se beneficia de ativos geridos por trustes no exterior.
O presidente da Câmara também é réu em ação que o acusa de ter recebido propina de R$ 5 milhões por intermediar um contrato da Petrobras.

PAT divulga vagas em Caraguá

Veja as vagas do Posto de Atendimento ao Trabalhador de Caraguá (PAT). O interessado deve apresentar os documentos pessoais (RG, CPF, CTPS e PIS) no PAT ou no Poupatempo.
Acabador de mármore e granito, Auxiliar de enfermagem, Cozinheiro geral, Cumim, Farmacêutico, Garçom, Instalador de toldos e painéis, Locutor anunciador, Eletricista de Autos, Motorista carreteiro, Nutricionista, Pizzaiolo, Instrutor de Academia, Professor de inglês, Reparador de aparelhos eletrodomésticos, Vendedor de consórcio e Vendedor pracista
As vagas possuem perfis específicos com relação à experiência, escolaridade, entre outros, podendo sofrer variações e não estarem mais disponíveis se atingirem o limite máximo de encaminhamentos, ou ainda, em caso de encerramento pelos empregadores que as disponibilizaram.
O PAT está localizado na Rua Taubaté, 520, bairro Sumaré. O telefone é (12) 3882-5211.

Inscrições abertas para o Torneio Aniversário da Cidade e Copa Máster 35 anos

Estão abertas as inscrições para o Torneio Aniversário da Cidade da Categoria de Base e a Copa Máster 35 anos. Os interessados devem retirar as fichas no Departamento de Futebol da secretaria de Esportes e Recreação.
No Torneio, os clubes competem nas categorias Sub-7, 9, 11, 13 e 15, com partidas eliminatórias. Já na Copa Máster, podem participar equipes de Caraguatatuba e C.A. Guarani (São Sebastião). As exceções são dois atletas de 34 anos e um goleiro de 32 anos.
O atendimento do Departamento de Futebol é de segunda a sexta, das 8h às 17h, e os prazos de inscrição são até 9 e 16 de março, para o Torneio Aniversário da Cidade e Copa Máster, respectivamente.
Também nos dias 9 e 16 de março, acontece o Congresso Técnico de cada campeonato, no Centro Esportivo Municipal Ubaldo Gonçalves (Cemug). A reunião do Torneio será a partir das 18h, no dia 9, e da Copa a partir das 18h30, no dia 16.
A secretaria de Esportes está localizada na Avenida José Herculano, 50 – Jardim Britânia. Mais informações pelo telefone (12) 3885-2200.

Conselho Tutelar tem novo membro


O Conselho Tutelar de Caraguá possui um novo integrante. A conselheira Adriana Rodrigues de Souza, eleita suplente no último pleito, assumiu recentemente a vaga de titular, devido ao desligamento de um conselheiro.

Também tomaram posse outros dois membros eleitos suplentes, que estão aptos a assumirem qualquer necessidade. Agora, o colegiado conta com os seguintes conselheiros: Ednea Dutra Mariano, Jameson Duarte, Rosangela Mattos, Ana Lucia Rocha e Adriana Rodrigues de Souza.

A solenidade contou com a participação da presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAC), Selma Hecher e do secretário de Desenvolvimento Social e Cidadania, Marcelo Paiva de Medeiros.

Em agosto de 2015, os candidatos ao cargo de conselheiro tutelar passaram por capacitação e por provas objetiva e de informática. Os aprovados nas avaliações tiveram suas candidaturas confirmadas para a eleição unificada, no dia 4 de outubro.

Serviço: O Conselho Tutelar fica na Rua Olímpio José de Oliveira, 79 – Jardim Jaqueira, nos telefones: (12) 3882-1690, (12) 3883-8895 e (12) 3882-2573.

Unidades Básicas de Saúde de Caraguá comemoram Semana Internacional da Mulher

Em menção ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira (8), todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Caraguá terão uma semana repleta de atividades voltadas à saúde feminina até sábado (12).
De acordo com a Secretaria de Saúde, o principal objetivo da Semana da Mulher é a realização da coleta do preventivo para o diagnóstico do câncer de colo de útero em mulheres com idade entre 25 e 64 anos, que nunca colheram o exame ou que não o realiza a mais de dois anos.
Serão desenvolvidas ações de prevenção ao câncer de colo de útero e mama; ações de educação em saúde; orientações sobre os direitos da mulher; realização do teste rápido; diagnóstico em HIV/AIDS e teste sorológicos para hepatites virais.
As mulheres podem procurar a UBS mais próxima para mais informações sobre a programação deste sábado (12) que se destina, principalmente, àquelas que trabalham e não podem comparecer às unidades durante a semana. 

DENGUE MATA....


 Aos moradores e empresários do bairro Sumaré o presidente da SABS em exercício senhor Guilherme Araújo, vem a público através das redes sociais pedir aos moradores e empresários que tomem todos os cuidados com os lixos deixados foram dos locais, caixas d’águas abertas, esgotos e etc. Todo o cuidado neste momento se faz necessário...





Globo cogita contratar Ana Paula do "BBB 16"

A força de Ana Paula Renault, do "Big Brother Brasil", junto ao público impressionou tanto a TV Globo que a mineira deve acabar sendo contratada pelo canal.
Segundo o blog da jornalista Keila Jimenez, a alta cúpula da emissora cogita estender o vínculo com a loira além do acordo habitual previsto para os participantes da atração.
Expulsa do programa no último sábado por ter agredido Renan, a ex-sister ganhou tratamento diferenciado após ser desclassificada da disputa pelo prêmio de R$ 1,5 milhão.
Pelo contrato, quem é eliminado por infrigir uma das regras da produção tem seu contrato rescindido e é "apagado" da história do reality.
No entanto, Ana Paula continua como contratada da Globo e ganhou até um discurso-póstumo de Pedro Bial na edição de sábado - que soou como uma homenagem à protagonista desta temporada.
<p>A força de Ana Paula Renault, do "Big Brother Brasil", junto ao público impressionou tanto a TV Globo que a mineira deve acabar sendo contratada pelo canal.</p><p>Segundo o blog da jornalista Keila Jimenez, a alta cúpula da emissora cogita estender o vínculo com a loira além do acordo habitual previsto para os participantes da atração.</p><p>Expulsa do programa no último sábado por ter agredido Renan, a ex-sister ganhou tratamento diferenciado após ser desclassificada da disputa pelo prêmio de R$ 1,5 milhão.</p><p>Pelo contrato, quem é eliminado por infrigir uma das regras da produção tem seu contrato rescindido e é "apagado" da história do reality. </p><p>No entanto, Ana Paula continua como contratada da Globo e ganhou até um discurso-póstumo de Pedro Bial na edição de sábado - que soou como uma homenagem à protagonista desta temporada. </p>

Após ser eliminada por violência, Ana Paula diz que contrato do “BBB” enfatiza expulsão de quem provocou agressor

<p>Ana Paula Renault, desclassificada da 16ª edição do "Big Brother Brasil" depois de dar dois tapas no rosto de Renan, questionou a veracidade de um suposto termo do contrato que assinou com a TV Globo quando entrou no reality show. </p><p>A mineira disse que uma das cláusulas de vínculo com a emissora carioca era a punição tanto para o agressor quanto para o provocador, sugerindo uma penalidade também para Adélia, que jogou um copo de bebida alcoólica em seu cabelo instantes antes da confusão começar.</p><p>"Eu assinei um contrato [com a TV Globo] escrito 'se a pessoa fizer você perder as estribeiras [cabeça] para chegar ao ponto de dar nela, ela também estará eliminada'", explicou em entrevista ao “Pânico na Band”, no último domingo (6).</p><p>Ana Paula foi desclassificada do "BBB16" após descumprir uma das regras do reality ao dar dois tapas no rosto de Renan durante a Festa Trem Expresso, na madrugada do último sábado (5).</p><p>A confusão teve início quando a advogada entornou um copo de cerveja na cabeça de Ana Paula e a loira passou a provoca-la. O modelo, por sua vez, tentou afastá-la da amiga, os dois trocaram ofensas e, já bêbada, a mineira deu dois tapas no rosto do modelo. Assim que recebeu a agressão, o brother foi ao confessionário registrar a reclamação.</p>

Ana Paula Renault, desclassificada da 16ª edição do "Big Brother Brasil" depois de dar dois tapas no rosto de Renan, questionou a veracidade de um suposto termo do contrato que assinou com a TV Globo quando entrou no reality show.
A mineira disse que uma das cláusulas de vínculo com a emissora carioca era a punição tanto para o agressor quanto para o provocador, sugerindo uma penalidade também para Adélia, que jogou um copo de bebida alcoólica em seu cabelo instantes antes da confusão começar.
"Eu assinei um contrato [com a TV Globo] escrito 'se a pessoa fizer você perder as estribeiras [cabeça] para chegar ao ponto de dar nela, ela também estará eliminada'", explicou em entrevista ao “Pânico na Band”, no último domingo (6).
Ana Paula foi desclassificada do "BBB16" após descumprir uma das regras do reality ao dar dois tapas no rosto de Renan durante a Festa Trem Expresso, na madrugada do último sábado (5).
A confusão teve início quando a advogada entornou um copo de cerveja na cabeça de Ana Paula e a loira passou a provoca-la. O modelo, por sua vez, tentou afastá-la da amiga, os dois trocaram ofensas e, já bêbada, a mineira deu dois tapas no rosto do modelo. Assim que recebeu a agressão, o brother foi ao confessionário registrar a reclamação.