GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Mostra fotográfica exibe super-heróis em pontos turísticos da cidade de SP


Mostra fotográfica exibe super-heróis em pontos turísticos da cidade de SP













O Incrível Hulk no Edifício Copan? O Batman invadindo o Mosteiro de São Bento? Ou que tal o Homem-Aranha pendurado na Estação da Luz? Essas e outras fotografias podem ser vistas na Exposição Heróis Urbanos, aberta ao público nesta semana, na Gibiteca Henfil, no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista.
A mostra da fotógrafa Katia Arantes mescla pontos turísticos de São Paulo a bonecos de famosos super-heróis dos quadrinhos, games e filmes. Além da exibição das imagens, os bastidores da composição dos 18 painéis são exibidos em vídeo durante a mostra.
As fotos foram feitas com uma lente grande angular. Desta forma, os bonecos, que têm cerca de 30 centímetros de altura, ganham tamanho real. Mulher-Maravilha, Thor, Wolverine e outros heróis são apresentados em cartões postais de São Paulo, como a Ponte Octávio Frias de Oliveira e o Edifício Copan.
Segundo Katia Arantes, idealizadora da Heróis Urbanos, o conceito da exposição não é casual e está diretamente ligado à luta diária dos trabalhadores da metrópole. "Vivemos em uma cidade com mais de 11 milhões de habitantes que lutam pela sobrevivência. Essas pessoas são heroínas de uma batalha que travam todos os dias. Às vezes, São Paulo pode parecer dura e fria, mas possui uma beleza singular", afirma a fotógrafa.
A associação dos super-heróis aos locais da cidade foram feitas por intermédio dos conceitos específicos de cada personagem. "O Hulk, por exemplo, está em frente ao Copan, um monumento gigantesco. Trata-se de uma obra de Oscar Niemeyer, nosso gigante da arquitetura. Tony Stark é considerado um dos maiores gênios científicos do universo HQ e sua armadura de ferro a maior invenção. Uma espécie de engenheiro de tecnologia, Tony é moderno como a Ponte Estaiada, que é feita de concreto sustentado por cabos de aço inoxidável", complementa.
Todas as idades. A pequena Aline Vitória, 8, não conseguia tirar os olhos do herói do Quarteto Fantástico, A coisa, em frente ao estádio do Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu. "Ele chama atenção pelo tamanho. Lembro de ter visto em um filme. Gostei bastante", sorri discretamente a estudante.
Maria de Andrade, 58, também não esconde o gosto pela exposição. "Acho bacana essa mescla entre a cidade de São Paulo e os super-heróis. Há cores vivas e os pontos turísticos da metrópole são muito bem explorados. É uma metáfora da batalha de muitos paulistanos", relata a aposentada.
Com entrada gratuita, a exposição Heróis Urbanos pode ser conferida de terça a domingo, até 28 de outubro, das 10h às 19h30. O Centro Cultural São Paulo fica na Rua Vergueiro, nº 1.000, próximo à estação Vergueiro do Metrô.
Serviço
Heróis Urbanos
Quando: De 11 de setembro a 28 de outubro
De terça a sexta, das 10h às 19h30; fins de semana e feriados, das 10h às 17h30
Local: Centro Cultural São Paulo.Endereço: Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso
Telefone:  (11) 3397-4090
Entrada gratuita

Rota X PCC Ação da Rota contra tribunal do crime termina com nove mortos

Policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) mataram nove pessoas que participavam de um "tribunal" do crime em Várzea Paulista (SP) na terça-feira (11/09)

Ação da Rota contra tribunal do crime termina com nove mortos - 1 (© Alex Silva AE)

Salário regional paulista

O piso salarial tem três faixas, R$ 690, R$ 700 e R$ 710, de acordo com a atividade profissional (a lista das atividades por faixa está no Projeto de Lei 1/2012 em 23 de fevereiro de 2012, que vale a partir de Março, para pagamento em Abril) e não se aplica a trabalhadores que têm piso definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho nem a servidores públicos, aposentados e pensionistas.

Estados e municípios terão nota de risco


O governo federal vai passar a calcular um "rating" da situação fiscal de Estados e municípios. A classificação, que funciona como uma espécie de nota da capacidade de pagamento, servirá de base para subsidiar a concessão de aval da União nos empréstimos dos governos regionais no Brasil e no exterior. A metodologia antiga levava em consideração o resultado primário (receitas menos despesas para pagamento da dívida), que deixa de ser preponderante na análise do crédito.
A adoção das novas regras ocorre num momento em que o Ministério da Fazenda ampliou em R$ 58,31 bilhões o limite fiscal de 21 Estados para novas operações de crédito voltadas a investimentos de infraestrutura, saneamento ambiental, habitação e mobilidade urbana. Esses investimentos significarão maiores despesas dos Estados, o que deve reduzir o esforço fiscal dos governos no próximo ano.
Num modelo muito parecido com o que é adotado pelos bancos e até mesmo pelas agências de classificação de risco, as notas vão variar de A+ (nos casos em que situação fiscal é excelente e o risco de crédito quase nulo) até D- (quando há um quadro de desequilíbrio fiscal). Só terá aval da União o Estado e os municípios que receberem de A+ a B- (casos em que a situação fiscal é boa e o risco de crédito é médio).
A análise do crédito será feita pela equipe técnica do Tesouro com base numa complexa metodologia, com várias fórmulas matemáticas, publicadas ontem no Diário Oficial da União.
Segundo o Ministério da Fazenda, o cálculo estabelecido na portaria continuará levando em consideração o resultado primário, mas expandirá a análise para considerar outros indicadores relevantes.
O nível de endividamento (relação entre a dívida pública consolidada e a receita líquida) terá o maior peso na análise. A Fazenda não informou se a medida representa, na prática, uma flexibilização das regras. Também não informou se a nota será divulgada. 

Bancários de São Paulo aprovam greve a partir de terça-feira


Os bancários de São Paulo rejeitaram proposta de acordo da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e aprovaram, em assembleia realizada na noite de ontem, greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 18. A decisão foi tomada por unanimidade.
Além de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Florianópolis, Pernambuco, Ceará, Bahia, Pará, Paraíba, Alagoas, Piauí, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Amapá, Sergipe, Londrina e Campinas, entre outros, encerraram as assembleias também com decisão favorável à greve.
A expectativa do Comando Nacional dos Bancários é de que todos os Estados aprovem a greve. "Os bancários estão indignados com essa provocação que os banqueiros fizeram e estão respondendo à Fenaban com a decisão pela greve", disse Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Sem acordo sobre a campanha salarial da categoria, o anúncio da greve é usado como forma de pressionar a Fenaban. Até agora, os banqueiros apresentaram proposta de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%, o que representa um aumento real de 0,58%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores, que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real.
Segundo o Comando Nacional dos Bancários, o aumento real proposto é menor que o índice da quase totalidade dos acordos salariais feitos por outras categorias no primeiro semestre, que obtiveram ganhos reais superiores a 5%.
No dia 17, a categoria realiza novas assembleias, dessa vez com o objetivo de organizar a greve. "Os bancos têm até lá para apresentar nova proposta. Estamos à disposição", afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite.

Na TV, Haddad e Serra trocam acusações


Os candidatos Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) levaram para o horário eleitoral da noite desta quarta-feira o embate que tradicionalmente polariza as duas candidaturas em São Paulo. Enquanto Haddad abriu seu programa acusando o tucano de desinformar o eleitorado sobre uma das principais propostas de sua candidatura, o Bilhete Único Mensal, a campanha tucana questionou a nomeação para o Ministério da Cultura da senadora Marta Suplicy (PT-SP) após sua adesão à campanha petista.
Na última segunda-feira (10), após caminhada pelo centro da cidade com Marta Suplicy, Haddad revelou sua preocupação com a estratégia tucana de criticar sua proposta de bilhete único mensal. Na noite desta quarta, o horário eleitoral começou com um tipo de comunicado ao eleitorado à parte do programa. "O candidato Serra tem tentado inutilmente confundir as pessoas com dados falsos sobre o Bilhete Único Mensal de Haddad", diz um apresentador. O narrador afirma que o bilhete, de uso ilimitado, custará R$ 140 e metade do valor para os estudantes, mas que os usuários de transporte público poderão continuar usando o Bilhete Único tradicional se desejarem.
Ao defender o respeito ao dinheiro do contribuinte e a utilização dos impostos "de maneira inteligente", Haddad prometeu reduzir impostos para atrair empresas para as regiões periféricas, como Itaquera (zona leste). Nesta área, segundo o candidato, será possível implantar um polo tecnológico e uma universidade federal. Em seguida, o programa exibiu um novo depoimento da presidente Dilma Rousseff elogiando a "ousadia" e os "pés no chão" do petista. "Se tem uma coisa que admiro em Fernando Haddad é que ele consegue, ao mesmo tempo, ser ousado e ter os pés no chão. Se tem uma coisa que São Paulo está precisando é isso: um prefeito que saiba aliar ousadia e realismo, capacidade planejar e capacidade de fazer", enfatiza a presidente.
O programa de Serra começou listando as realizações do candidato para em seguida criticar a ida da senadora Marta Suplicy para o ministério. "Peraí, ministério como moeda de troca e a gente que paga a conta?", critica um ator, ressaltando o que chamou de prática da política do "toma lá, dá cá do PT" para o partido "chegar ao poder e criar taxas".
Além de exibir depoimentos de eleitores atacando a nomeação de Marta, o programa mostrou cenas de hospitais abandonados em 2005, quando Serra assumiu a Prefeitura de São Paulo. Segundo o programa, aquela situação teria sido o resultado da junção das administrações de Paulo Maluf, Celso Pitta e do PT. "Foi duro recuperar o sistema e avançar", afirmou o narrador. Passadas as críticas ao PT, Serra propôs zerar as filas de espera na área de saúde através de mutirões e integrar as redes municipal e estadual de saúde.
O candidato do PMDB Gabriel Chalita exibiu um programa gravado numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bauru, no interior de São Paulo, para mostrar ao eleitor como funciona o programa federal que ele pretende trazer para São Paulo, se for eleito. "Bauru é um exemplo de um prefeito que resolveu fazer parceria com o governo federal", afirmou o candidato, que se disse envergonhado com a maneira como os pacientes em São Paulo são tratados. O peemedebista apresentou sua vice de chapa, a médica Marianne Pinotti, filha do ex-deputado José Aristodemo Pinotti, falecido em 2009.
O pedetista Paulo Pereira da Silva destacou as dificuldades enfrentadas pela população no atendimento em hospitais e postos de saúde e prometeu "um choque de gestão na área". José Maria Eymael (PSDC) também criticou o atendimento no setor, assim como Miguel Manso (PPL), que prometeu criar uma Fundação Municipal de Gestão Pública para melhorar a administração da rede de atendimento em saúde. Carlos Giannazi (PSOL) condenou a "privatização" da saúde em São Paulo.
Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas de intenção de voto, repetiu o programa exibido à tarde onde mostrou o sofrimento de famílias que perderam suas casas nos últimos incêndios em favelas. "Isso vai mudar, isso tem que mudar", afirmou. Soninha Francine (PPS) defendeu a desburocratização do sistema para regularizar pequenos negócios.
O candidato do PRTB, Levy Fidelix, pregou o deslocamento da Rodoviária do Tietê, do Ceagesp e do aeroporto de Congonhas para melhorar o trânsito na cidade. Ana Luiza Figueiredo (PSTU) acrescentou à sua "lista de envolvidos com escândalos" o candidato Celso Russomanno. "Russomanno não tem nada de novo, é cria do Maluf", apontou. Anai Caproni criticou o processo criminal contra os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) que invadiram a reitoria no ano passado.

Show de Caetano rendeu R$ 200 mil ao PSOL no Rio


O show de Caetano Veloso e Chico Buarque rendeu pelo menos R$ 200 mil para o candidato do PSOL à Prefeitura do Rio, Marcelo Freixo. O valor estimado pela produção do evento e o pelo partido é o total arrecadado com a venda dos 900 ingressos da apresentação que lotou o Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, na noite de terça-feira, 11. Representa 46,5% dos R$ 430 mil que Freixo havia arrecadado até o início do mês. Eleitores declarados do candidato do PSOL, Caetano e Chico vão doar seus cachês. Só será descontado o aluguel do teatro.
As dificuldades de Freixo não são apenas financeiras. A última pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quarta-feira, 12, mostra que o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que busca a reeleição, continua liderando as intenções de voto por larga vantagem. Embora o candidato do PSOL esteja em ascensão, saindo de 13% para 18%, o peemedebista venceria no primeiro turno se o pleito fosse hoje. Ele está com 54%, com elevação de um ponto porcentual em comparação à pesquisa anterior.
Rodrigo Maia (DEM), com 4%; Otávio Leite (PSDB), com 3%; Aspásia Camargo (PV), com 2%; e Cyro Garcia (PSTU), com 1%, completam o quadro na cidade do Rio. Todos em empate técnico. Fernando Siqueira (PPL) e Antonio Carlos (PCO) não atingiram 1%. Brancos e nulos somam 9% e os eleitores indecisos são 8%.
Os recursos obtidos no show ainda serão repassados para a campanha de Freixo. As limitações financeiras e estruturais do candidato do PSOL ficam ainda mais evidentes quando se compara suas planilhas com as de Paes (PMDB). Na segunda prestação parcial apresentada à Justiça Eleitoral, o peemedebista registrou R$ 6,99 milhões em contribuições para a campanha.
Freixo tinha no advogado e amigo pessoal João Tancredo, que atua na área de direitos humanos, seu principal doador até agora. Foram R$ 260 mil em quatro contribuições registradas no mês de agosto. Na campanha do prefeito, a Multiplan Empreendimentos Imobiliários, incorporadora residencial e comercial e dona de vários shoppings pelo País, aparece com a contribuição mais volumosa, com R$ 500 mil.
Paes, no entanto, ainda registrou R$ 5,5 milhões, o que representa 78,5% do total de suas receitas, na modalidade que ficou conhecida como doação oculta. Trata-se de recursos que aparecem como repasse partidário - o que impossibilita rastrear a origem dos recursos. R$ 2 milhões vieram da Direção Nacional do PMDB. Os outros R$ 3,5 milhões constam como repasses do Comitê Financeiro Municipal Único, que banca despesas da campanha do prefeito e de candidatos à Câmara Municipal.
Dos R$ 430 mil já arrecadados, Freixo usou R$ 140 mil com pagamento de pessoal e R$ 59,5 mil para pagar despesas de produção de programa de rádio e TV. Paes teve como gasto principal com pessoal: R$ 1,7 milhão. Suas despesas com publicidade somam R$ 868 mil.
Showmício. Alertado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), que já avisara que sua presença no evento configuraria showmício, que é vedado pela legislação, Freixo não compareceu ao show. Uma equipe de sete pessoas da Justiça Eleitoral gravaram o show, mas, de acordo com coordenador da fiscalização da propaganda do TRE-RJ, juiz Luiz Fernando Pinto, não foram constatadas irregularidades.
Apesar do teatro estar lotado de simpatizantes, as manifestações de apoio foram mínimas e discretas. Caetano chegou a agradecer à plateia por festejar com ele a chegada da "primavera carioca". O termo, usado para batizar o show de terça, é repetido com frequência por Freixo, numa analogia entre a sua campanha e os movimentos de revolta que ocorreram em países árabes no ano passado.
Caetano e Chico cantaram três músicas juntos: "O X do Problema", de Noel Rosa, "Medo de Amar", de Vinícius de Moraes, e "A Voz do Morro", de Zé Kéti. Os dois gravaram depoimentos que são repetidos com frequência nos programas eleitorais de Freixo.

Serra diz que Dilma 'mal conhece São Paulo' e quer 'meter o bico' na eleição


Serra diz que Dilma 'mal conhece São Paulo' e quer 'meter o bico' na eleição
"José Serra durante encontro com trabalhadores na Casa de Portugal, na Liberdade."












O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, atacou a entrada da presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral de Fernando Haddad (PT) e a nomeação da senadora Marta Suplicy para o Ministério da Cultura. O tucano disse após um evento com sindicalistas nesta quarta-feira, 12, que a presidente "mal conhece São Paulo" e tenta influenciar o eleitorado da cidade.
"Ela (Dilma) vem meter o bico em São Paulo, vem dizer para os paulistanos como é que eles devem votar. Não se pode impedir isso. Mas ela, que mal conhece São Paulo, vem aqui dar seu palpite", disse Serra.
O tucano ironizou a nomeação da senadora e ex-prefeita petista Marta Suplicy para um ministério do governo Dilma. Marta entrou há cerca de duas semanas na campanha de Haddad e fez críticas frequentes a Serra, a quem chamou de "rei da embromation".
"A Marta Suplicy fez três insultos a mim e ganhou um ministério. Isso mostra que me insultar vale bastante", afirmou.

'Quem não reagiu está vivo', diz Alckmin sobre mortes da Rota


O governador Geraldo Alckmin afirmou que, na ação da Rota que acabou com nove mortos nesta terça-feira, 11, "quem não reagiu está vivo". "Você tem num carro quatro: dois morreram, dois estão vivos, se entregaram", disse, ao ser questionado sobre o alto índice de letalidade do batalhão.
A operação policial flagrou um tribunal do crime do Primeiro Comando da Capital (PCC), que julgava um estuprador a pedido da família, em um sítio em Várzea Paulista.
"Está claro nesse episódio que nós tínhamos um grande número de criminosos, com armamento extremamente pesado, participantes de uma facção criminosa e que a polícia surpreendeu todos eles", disse o governador durante o início das obras do polo viário de Itaquera, na manhã desta quarta-feira, 11.
De acordo com ele, dentro da polícia, a Rota é o grupo ideal para esse tipo de ação. "Sempre que você tem casos de muito armamento, vários criminosos, organização criminosa, a Rota é mais preparada pra isso. Então, ela é chamada", afirmou.
Alckmin disse que, em ações policiais envolvendo mortes, sempre há apuração. "A resistência seguida de morte: investigação. A própria polícia militar investiga e DHPP (Departamento de Homicídios) investiga."
Nove mortes. Policiais das Rota mataram, no fim da tarde desta terçca-feira, 11, em Várzea Paulista (SP), oito acusados de compor um "tribunal" do crime organizado que julgava um homem acusado de estupro, que também morreu.
Outros oito suspeitos foram presos pelos policiais. Segundo a Polícia Militar, todos os acusados morreram porque reagiram e a ação foi classificada como legítima pelo comandante-geral, coronel Roberval Ferreira França. Nenhum dos 40 policiais que participaram da ação ficou ferido.

'Rejeição impedirá Serra de circular', diz petista


O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ironizou ontem o índice de rejeição do adversário tucano, José Serra, dizendo que isso em breve o impedirá de andar livremente pelas ruas da capital.
"Ele (Serra) está batendo recordes atrás de recordes de rejeição. Daqui a pouco não vai poder circular pela cidade", afirmou. Pesquisa Datafolha divulgada ontem apontou que a rejeição de Serra alcançou 46%, seu maior patamar desde o início da série.
Haddad se irritou com uma propaganda tucana levada ao ar ontem que vincula seu nome ao ex-ministro e réu do mensalão José Dirceu, ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e ao ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que o apoia.
O petista se esquivou de comentar o conteúdo da peça e desferiu críticas à propaganda eleitoral do adversário.
"A baixeza de Serra é conhecida e ele está pagando por isso. A população repudia esse estilo. Ele tenta iludir, confundir, mal informar. Não é assim que se faz política, não é assim que se ganha eleição", disse o petista. "Eu quero ver ele dizer que em Londres, em Paris, isso (o Bilhete Único Mensal) prejudica o trabalhador", referindo-se à uma inserção tucana que diz que sua proposta de Bilhete Único Mensal "não tem pé nem cabeça" e "tem jeito de taxa".
Brando. Em relação ao líder nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB), Haddad adotou um tom brando e chegou a defendê-lo contra Serra, citando cartilha produzida para cabos eleitorais tucanos com a informação de que Russomanno teria patrimônio de R$ 2 bilhões. "O Serra tem faltado com a verdade em tantas ocasiões, por exemplo com os ataques ao Russomanno, sugerindo que ele tem uma fortuna."
Em seus discursos, Haddad estimula a militância do PT a polarizar com o tucano. "O Serra não joga limpo, todo mundo sabe disso, vocês viram o que ele fez com a Dilma. Mas nós já estamos empatados com o Serra, e vamos deixar ele comendo poeira", afirmou ontem para cerca de 50 pessoas, após ato de campanha em Heliópolis, zona sul.
Durante a caminhada, Haddad ouviu da aposentada Maria Teresina Santos da Silva, de 67 anos, críticas às propagandas negativas no horário eleitoral. "O sujeito pesa o ambiente, fica contaminado", disse Teresina.

Suplente é contra projeto de Marta sobre casamento gay


Ligado a 22 paróquias da Igreja Católica na zona sul, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), suplente que vai assumir a vaga de Marta Suplicy (PT) no Senado, é contra o casamento gay e o aborto. "Vou seguir sempre as posições da Igreja Católica nas votações. Para mim homem é homem e mulher é mulher. Também sou contrário ao aborto e à eutanásia", afirmou ontem o vereador paulistano, após uma sessão na Câmara Municipal marcada pelas homenagens dos colegas ao novo senador por São Paulo.
A proposta que inclui no Código Civil a união civil de pessoas do mesmo sexo, já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, é da própria Marta. Rodrigues, de 62 anos, já adiantou que vai fazer oposição ao casamento gay. "Sem dúvida nenhuma vou sempre acompanhar o que a Igreja falar. Sou um católico praticante. Sempre fui contra o casamento de pessoas de sexo igual, não tenho preocupação em perder voto por causa disso", argumentou. Ele também vai manter sua campanha a vereador na capital.
O cargo foi cedido a Rodrigues após Marta ser nomeada ministra da Cultura. Indiferente à composição política dentro do PT, Carlinhos, como é conhecido, disse que vai votar no Senado de acordo com suas "convicções religiosas". "Vocês vão ouvir falar muito de mim, podem esperar. Já estou pleiteando uma vaga na Comissão de Constituição e Justiça para a minha bancada."
O novo senador insiste em dizer que não está fora da campanha do candidato José Serra (PSDB), apesar de seu material de campanha não fazer menção ao tucano. "Peço voto pro Serra, sim. O maior evento dele até agora fui eu quem fez no Campo Limpo. Falo com ele toda semana, pode perguntar pro Edson Aparecido. Vou cumprir meu compromisso na campanha municipal e depois vou para o Senado acompanhar o Executivo nas votações", afirmou.
Carlinhos entra de licença amanhã, por 23 dias. Depois, a partir de 8 de outubro, o vereador entra em licença definitiva para assumir o Senado. Em seu lugar na Câmara assume o suplente José Carlos de Oliveira (DEM). "Vocês vão ver o que eu vou fazer pela minha região lá no Senado. Vou ser um vereador-senador", declarou.

'Continuo na campanha, nos sábados e domingos'


Na véspera de assumir o Ministério da Cultura, a petista Marta Suplicy prometeu ontem manter o engajamento na campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Para ela, a tríade formada pela presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ela própria "vai dar certo" e levará o PT ao segundo turno. "Lula é deus, eu sou a pessoa que faz e Dilma é bem avaliada", afirmou, confiante em "recuperar votos de petistas e martistas" para Haddad.
Na despedida do Senado, Marta deixou a vice-presidência para outro petista, Anibal Diniz (AC) - que era suplente de Tião Viana, hoje governador do Acre. Além de homenageada pelos colegas, viu a Casa aprovar, após sua articulação, uma emenda constitucional que cria o Sistema Nacional de Cultura. "Já começo com um gol de placa", disse Marta, que escolheu um tailleur vermelho sangue e sapatos alvinegros, imitando couro de vaca, como figurino do último dia no Congresso.
Após assumir a Cultura, a sra. vai continuar a fazer campanha para Fernando Haddad?
Claro que sim. Aos sábados e domingos, como já venho fazendo. Eu sempre disse que eu ia entrar na campanha do Haddad na hora em que eu achasse que faria diferença. E fiz isso.
Sua entrada na campanha vai alavancar Haddad?
O trio é capaz de alavancar: a presidente Dilma, o Lula e eu. Eu, porque tenho o apelo de quem fez; eu sou a pessoa que faz. O Lula porque é um 'deus' e a presidente Dilma porque é bem avaliada. Então, com a entrada desse trio, vai dar certo.
Celso Russomanno lidera as pesquisas de intenção de voto. Haddad briga pela segunda posição com o tucano José Serra.
O Russomanno tem votos um pouco dele, de petistas, de martistas, de quem rejeita o Serra e de eleitores que não sabiam quem era Haddad e Chalita (Gabriel Chalita, do PMDB). Vou tentar recuperar os votos de petistas e martistas para o Haddad.
Depois de preterida pelo PT na disputa pela Prefeitura, a sra. se sente agora com a alma lavada?
Não escondi de ninguém que fiquei triste. Falei para o Haddad que primeiro ele tinha que gastar sola de sapato conhecendo a cidade. Mas sempre disse: na hora que eu achar que eu faço diferença, vou estar lá. E vi nas carreatas que já começou a fazer diferença.
A sra. assume um dos ministérios de menor orçamento. Vai lutar por mais verba para 2013?
O orçamento da Cultura teve um acréscimo substancial. Vou trabalhar com isso e tentar ampliar no Congresso, com emendas, e não pedindo para a presidente. Para começar, (o orçamento) está satisfatório.
O fato de a sra. ser política vai facilitar sua gestão?
Espero que ajude. Estou contente, é um desafio grande. Sempre inovei por onde passei. As marcas que existem em São Paulo fui eu que deixei. Tenho certeza de que vou deixar marca na Cultura, como deixei no Ministério do Turismo.
Havia muita insatisfação com a ex-ministra Ana de Hollanda.
Tenho uma vantagem: não pertenço a nenhum grupo nem milito na cultura. Estou aberta ao diálogo. Vou conversar com todos.
No último dia como senadora, a sra. viu aprovada a criação do Sistema Nacional de Cultura.
Já começo com um gol de placa. Esse fundo permite financiamentos mais ágeis para municípios e Estados. Quem me explicou foi a Ana, quando me pediu para relatar essa emenda.

Russomanno 'feliz' vê Serra e Haddad elevarem o tom por vaga no 2º turno


A menos de um mês da eleição que definirá o novo prefeito de São Paulo, tucanos e petistas elevam o tom na disputa por uma vaga no 2º turno. Enquanto o candidato Celso Russomanno (PRB) diz estar "feliz" com a liderança isolada nas pesquisas de intenção de voto, as campanhas de José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT), que dividem tecnicamente a segunda posição, nacionalizam o duelo, prometendo lembrar até mesmo as gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2010) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
"Chegou o momento de politizar a disputa", afirmou o deputado Edson Aparecido (PSDB-SP), coordenador da campanha de Serra. "A fase de discutir quem é o mais preparado, quem tem mais competência já passou."
A equipe de Haddad também decidiu, após reuniões com Lula, mesclar propostas para a cidade com "lembranças" sobre maus momentos das administrações do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e do ex-presidente FHC. A nova estratégia será posta em prática nos próximos dias.
"Serra está desesperado, mas nós não vamos apanhar calados", disse o deputado Vicente Cândido (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Haddad. O plano do PT é comparar os governos de Kassab com o de Marta Suplicy, que esteve à frente da Prefeitura entre 2001 a 2004 e assume hoje o Ministério da Cultura. Podem entrar no ar, ainda, peças que mencionam as privatizações e o racionamento de energia na gestão FHC.
Ao mesmo tempo, Lula e a presidente Dilma Rousseff, que ontem gravou novas mensagens de apoio a Haddad, aparecerão mais nos programas de TV do petista. "Um partido que precisa dar um ministério para Marta apoiar o candidato do seu partido vive momentos difíceis", provocou Aparecido, negando que, com a ida de Antonio Carlos Rodrigues (PR) para a vaga de Marta no Senado, o PR vá fazer corpo mole na campanha de Serra.
Mensalão. Depois de levar ao ar Fernando Henrique falando sobre o escândalo do mensalão, nos comerciais do PSDB, Serra vinculou ontem o nome de Haddad ao do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado pela Procuradoria Geral da República de ser o chefe da "quadrilha".
A inserção foi exibida um dia depois de Dirceu pregar, em seu blog, que petistas concentrem as críticas no tucano e deixem para depois o embate com o candidato do PRB. "Celso Russomanno é numa etapa seguinte", escreveu Dirceu. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, outro réu do mensalão, e o deputado Paulo Maluf (PP-SP), acusado de lavagem de dinheiro e aliado de Haddad, também aparecem na propaganda. "Sabe o que acontece quando você vota no PT?", questiona o comercial de TV de Serra. A resposta vem acompanhada da foto de Dirceu, Delúbio e Maluf: "Ele volta".
Líder das pesquisas, Russomanno assiste de camarote à briga entre o PSDB e o PT e parece não se preocupar com oscilações negativas em seu desempenho, ainda na margem de erro. "Fico muito feliz", disse o candidato do PRB, que é apoiado pela Igreja Universal. "Recebo as pesquisas com humildade, com os pés no chão e vontade de continuar trabalhando", afirmou.
Fator surpresa. O "fator Russomanno" deixa atônitas as campanhas do PT e do PSDB. Na seara tucana, a ordem é intensificar o tiroteio na direção de Haddad, com o objetivo de capturar o eleitorado "antipetista", que hoje está com o ex-deputado. A campanha de Serra evita atacar Russomanno diretamente por temer que o esvaziamento de sua candidatura beneficie mais o PT do que o PSDB.
Para conquistar esses votos, a equipe tucana adotou uma estratégia de "politização" do debate eleitoral, com reforço do discurso ligado à ética e com críticas a escândalos de corrupção que envolveram petistas. "Não se trata aqui de uma briga entre mocinhos e bandidos", rebateu Vicente Cândido. "Nós não vamos partir para agressões e baixarias, mas daremos respostas à altura."
O PT convocou reunião de sua Executiva Nacional para segunda-feira, em São Paulo, para debater as eleições municipais. Apesar de ter adotado um tom mais agressivo contra Russomanno, Haddad também decidiu poupá-lo na reta final.
A estratégia, agora, é investir em comícios nos bairros da periferia em que Russomanno "roubou" votos do PT, como Cidade Tiradentes, no extremo leste da cidade, e Campo Limpo, na zona sul.

Enfarte mata dois candidatos no interior

Dois políticos morreram de enfarte nestas eleições no Piauí. Há menos de 15 dias, o candidato a vereador em Amarante, Rodevaldo Nunes de Sousa (PDT), morreu logo após um discurso. Ontem, foi a vez do candidato à Prefeitura de Joca Marques, Edilberto Marques (PTB). Ele foi socorrido no hospital de Luzilândia, mas não resistiu. 

Absolvições para quem?


Iniciado o voto revisor no julgamento da terceira "fatia" do chamado processo do mensalão, vai se mostrando possível a concretização de um cenário que contraria o senso comum a respeito da justiça penal brasileira: alguns réus de menor importância têm escapado das condenações, ao passo que os de mais destacada posição social - empresários, banqueiros e até um ex-presidente da Câmara dos Deputados, segunda figura na linha sucessória da presidência - têm sofrido implacáveis condenações, pairando sobre alguns a possibilidade de altas penas.
A exceção foi o ex-ministro Luiz Gushiken, em relação ao qual a própria acusação reconheceu incabível a condenação.
Logo na apreciação de uma questão de ordem, o Supremo Tribunal Federal anulou o processo em relação ao réu José Roberto Quaglia, prejudicado por equívoco burocrático do tribunal. Nas manifestações dos ministros, a gravidade do vício processual foi ponderada juntamente com a precária situação financeira do acusado que, inclusive, teve que contar com a defesa gratuita da Defensoria Pública da União.
Na segunda fatia do julgamento, o tribunal absolveu a ex-funcionária do Banco Rural Ayanna Tenório. Considerou que, a despeito de ocupar cargo relevante na hierarquia do banco, ela fora lá colocada precisamente por sua falta de conhecimento técnico. Um dos ministros sintetizou esse juízo ao rotulá-la de laranja.
Ontem, o ministro do STF Ricardo Lewandowski reservou um longo trecho de seu voto para considerar a peculiar situação de Geiza Dias, objeto da memorável sustentação oral na qual foi qualificada pelo próprio advogado como "funcionária mequetrefe".
Lavagem de dinheiro. O ministro Lewandowski considerou que condená-la pelo crime de lavagem de dinheiro seria equivalente a condenar um frentista por ter abastecido o carro de um motorista criminoso.
Os réus até aqui absolvidos o foram, convém lembrar, por falta de provas. Se o Supremo entendeu que não havia provas contra os menores, mas as havia quanto aos maiores, pode-se inferir que a acusação centrou esforços nos réus de maior relevo político e econômico, seja quanto à quantidade de acusações, seja quanto à reunião de provas (judiciais e extrajudiciais) a eles relacionadas.
Se o acontecido até aqui permite desenhar hipóteses para o futuro do julgamento, réus como assessores e secretárias, que serão julgados em breve, podem ter esperanças de escapar daquilo que, quanto aos acusados de maior prestígio, tem se desenhado, nas palavras de um defensor, como um massacre condenatório.