O Brasil vive momentos de incerteza. Em meio à maior crise econômica de décadas - causada pela política econômica do governo federal - vivemos também uma crise política que paralisa o Estado e que nos impede de avançar e tomar as medidas para consertar os estragos. Essa crise política gira em torno do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que acaba de ter o rumo profundamente alterado pelo STF.
Já me posicionei a favor do impeachment nas redes sociais. Queremos aproveitar este canal de comunicação privilegiado que temos com vocês para explicar nosso posicionamento em mais detalhes.
O motivo que nos leva a defender o impeachment é simples. A presidente praticou crime contábil ao atrasar pagamentos do governo para bancos e outras instituições como forma de melhorar a aparência das contas públicas, escondendo os déficits que sua política havia produzido. Dezenas de bilhões de reais foram escondidos dessa maneira.
Foi só em 2015 que a real extensão do problema foi revelada e que a prática das "pedaladas" - como as manobras ficaram conhecidas - parou. O governo, que se comprometera a apresentar superávit, admitiu que terá déficit neste ano, e as coisas não devem melhorar para o próximo. Não haverá dinheiro para gastar e é provável que os impostos aumentem.
O que o governo Dilma fez foi grave e está tendo seríssimas consequências para o Brasil. O TCU, ao rejeitar as contas do governo para 2014, comprovou a ilicitude da prática. Se a presidente não for punida, estaremos abrindo um precedente para todos os futuros ocupantes do cargo. Deixaremos a lição de que o mandatário do governo federal pode desprezar a responsabilidade fiscal, maquiar dados contábeis e sair impune. É por esse motivo que defendemos o impeachment.
Dito isso, mais do que se posicionar contra os erros do governo atual, estou focado no que precisa ser feito. Seja qual for o resultado do processo, precisamos trabalhar juntos para crescer e dar as soluções para o Brasil: um Estado eficiente, focado no que é essencial e que deixa a economia crescer com liberdade.
Atenciosamente,
Guilherme Araújo, Jornalista MTB nº 79157