GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Nota de repudio

É com tristeza que eu informo aos meus seguidores, amigos e moradores de Caraguatatuba em especial os moradores e empresários do bairro Sumaré o descaso que o atual secretário municipal de serviços públicos senhor Sergio Arnaldo Brás e a secretaria adjunta senhora Denise de Oliveira vem tratando a situação da lixeira coloca por ele encima de uma calçada que pelo certo deveria ser usada por pedestres.
Aqui esta as fotos da calçada, haja vista que já tentamos por inúmeras vezes resolver a situação desta lixeira e sem êxito.
Além de colocar a vidas de pessoas em risco, esta lixeira esta sendo utilizada por moradores de outros bairros e esta causando uma verdadeira lixeira a céu aberto.
Na condição de represente legal da SABS eu peço ao poder público que seja retirada esta lixeira localizada na calçada, na frente de uma residência na Rua Siqueira Campos, bairro Sumaré.
E para piorar a situação, á maquina que faz a retirada do lixo quebrou toda a calçada, também esta destruindo o muro, o poste de fios elétricos e iluminação da Empresa Bandeirante esta preste a cair alem de muitas outras irregularidades.

Secretário municipal de serviços públicos senhor Sergio Arnaldo Brás e a secretaria adjunta senhora Denise de Oliveira, após varias tentativas e sem êxito, informo que caso não seja retirada esta lixeira, vamos protocolar no MP um representação informando esta situação.

Observe este poste, ele esta tombando para dentro do Imóvel

Observe este poste, ele esta tombando para dentro do Imóvel

Observe este poste, ele esta tombando para dentro do Imóvel

Observe que esta calçada foi destruída 

Observe que esta calçada foi destruída 

Observe que esta calçada foi destruída e o muro esta tombando

Observe que esta calçada foi destruída e o muro esta tombando

Observe que esta calçada foi destruída e o muro esta tombando

Parabénssssssssssssssssssssssssss, Vocês fazem a diferença...

E quero parabenizar todos os funcionários do CIASE DO SUMARÉ pelo brilhante trabalho e dedicação que vem desenvolvendo as suas atribuições. 

Parabéns prefeito ACS por entender que o CIASE do Sumaré merece toda atenção. Agora só esta faltando trocar as telas para que os pombos não tenham acesso a quadra onde as crianças ficam.



E agora?

O contrato do Instituto Corpore venceu no inicio do mês de março de 2015 e segundo informações até a presente data o Instituto Corpore continua sem contrato, sem as prestações de contas alias esta uma bagunça generalizada.
Agora eu pergunto a secretaria municipal de saúde de Caraguatatuba senhora Marina se o Instituto Corpore esta recebendo pelos médicos que estão afastados e ou os que pediram demissão?

Peço ao presidente da CAR/ Saúde Vereador Aurimar Mansano que esteja atento nos atos desta secretaria e peça informações dos fatos para que sejam esclarecidos.

Hoje serão votadas PEC's importantes como Redução da Maioridade Penal, e fim do Auxílio Reclusão "bandido".


Hoje serão votadas PEC's importantes como Redução da Maioridade Penal, e fim do Auxílio Reclusão "bandido", na CCJC Comissão de Constituição Justiça e Cidadania, e já estou aqui para votar por mudanças em nosso País

terça-feira, 17 de março de 2015

Desabafo

Eu quero esclarecer aos meus seguidores e amigos que o Blog do Guilherme Araújo tem uma base construída ao longo de 20 anos de existência pautada na verdade, informação, ética e não seria uma simples matéria que vai aumentar o numero de acessos ou seguidores.
Aproveito para informar que, no meio das redes sociais não existe exclusividade de matérias, notas e conteúdos postados.
Hoje o Blog do Guilherme Araújo é formado de uma rede de pessoas comprometidas com o bem social, comprometido com o ser humano e que em nenhum momento de suas existências negociou ou fez qualquer tipo de barganha ou troca de favores. Informo aos senhores que o Blog do Guilherme Araújo até a presente data nunca tentou negocias com políticos cargos, favores ou troca de qualquer beneficio.
Se você não se sente bem em ler as minhas postagens, ou não concorda com o que postamos, por favor, não acesse o Blog do Guilherme Araújo, não perca o seu tempo que com certeza você não vai fazer falta.

Imagina diversos meios de comunicação fazendo a cobertura de uma jogo de futebol; Será que apenas um meio de comunicação terá exclusividade dos fatos ocorrido na partida, dos gol e etc,..

Nota de esclarecimento

José Luis, após ler a sua matéria criticando e falando de ética e outras cosias mas, eu aproveito a oportunidade para esclarecer que eu recebi esta denuncia no dia 07/03/2015. E ser você ler com calma, vai observar que no meu texto não existe plagio e tão pouco eu faltei com a ética.

E para te deixar, mas informado, leia a matéria postada no Blog do Guilherme Araújo no dia 08 de março de 2015 na qual eu falo quanto a esta mesma licitação. Como eu faço plagio de algo que eu denunciei bem antes de vc postar qualquer conteúdo referente aos fatos narrados.

Olhe o texto abaixo e depois confira as datas para que não haja duvidas;

Texto publico no Blog do Guilherme Araújo em 08 de março de 2015

Moral ou Imoral:
Xiiiiiiiiiiiiiiii, mas uma bomba. Filha de chefe do gabinete do prefeito de Caraguatatuba venceu a licitação para combater os MOSQUITOS (pernilongos e borrachudos) e segundo dados levantados esta empresa tem como proprietária a filha da Chefe de Gabinete do Prefeito de Caraguatatuba.

Agora eu pergunto aos meus seguidores! Isso é ilegal? Imoral? E ai vereadores de Caraguatatuba?

O passo a passo para comprar uma franquia

Respondido por Lyana Bittencourt, especialista em franquias

No sistema de franquias existem dois personagens muito importantes e extremamente interdependentes uma da outra: franqueado e franqueador. O primeiro fez a opção por franquia para realizar um grande sonho, o do negócio próprio. O segundo escolheu o franchising com a expectativa de crescimento e aumento do seu market share.
Para que as duas partes alcancem o que desejam, é importante que o franqueador tenha um processo de seleção dos franqueados. 
O franqueado ideal é aquele que tem o perfil adequado, com afinidade com o tipo de empresa e experiência e disponibilidade para ficar à frente da operação. Além de ter capital suficiente para fazer o investimento inicial para montar a franquia e sustentar o negócio até atingir o ponto de equilíbrio, esse candidato deve também ter um conhecimento da região onde pretende instalar a franquia.

Depois disso, é hora do candidato fazer um cadastro e o franqueador avaliar as informações. Estando de acordo, é feita a primeira reunião para apresentação do negócio e aplicação das ferramentas de análise de perfil. 
Após este passo, há uma discussão ampla com esse candidato sobre a planilha de simulação de resultados do negócio e investimento inicial.

É importante nesta etapa que aconteça a comprovação de renda do franqueado, quanto tem de recursos disponíveis para aplicar na franquia e se tem o suficiente para capital de giro.
Em seguida, acontece o alinhamento de expectativas com o candidato em relação às projeções de ganhos, de dedicação ao negócio e do relacionamento com a franqueadora. Por fim, o franqueado aprovado recebe a Circular de Oferta de Franquias e a minuta do contrato de franquia. 

Lyana Bittencourt é especialista em franchising e diretora de Marketing e Desenvolvimento do Grupo Bittencourt.

Empresa contratada para combater MOSQUITOS (pernilongo e borrachudos) na cidade de Caraguatatuba que esta em ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA NA SAÚDE pertence a filha da chefe de gabinete do prefeito de Caraguatatuba.

A Empresa que venceu a licitação da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba para combater os MOSQUITOS (pernilongos e borrachudos) e segundo dados levantados esta empresa tem como sócia a da filha da Chefe de Gabinete do Prefeito de Caraguatatuba. Agora eu pergunto, “Cadê os vereadores de Caraguatatuba que tem como função legislar e fiscalizar que não estão vendo isso?”


Basta ressaltar que o Prefeito fez um Decreto de Calamidade Pública (Saúde) pela epidemia de mosquito da dengue que acontece na cidade. Até a presente data eu não vi nenhuma ação por parte desta empresa, nenhum carro de fumace, nenhuma visita desta empresa no bairro do Sumaré que possa justificar esta licitação.


Pessoas morrendo, município em estado de CALAMIDADE na Saúde e Caraguatatuba esta sem médicos nas unidades.

Depois tem pessoas que falam que nos estamos perseguindo a atual gestão municipal de Caraguatatuba, se na verdade o que queremos para Caraguatatuba, é o que é de direito. Nunca persegui a atual administração municipal, até porque e na minha visão, o prefeito Antonio Carlos da Silva é um grande líder, político e articulador, mas que tem se deixado ser influenciar por pessoas próximas que vem destruindo todo o seu legado.

Na condição de morador e atual presidente da Sociedade amigos do Bairro do Sumaré - (SABS) desejo que as coisas funcionem e para funcionar é necessário que se coloque empresas e pessoas comprometidas com os interesses do município.

Hoje as UBS de Caraguatatuba estão lotadas de pessoas com suspeita de dengue, e para piorar não tem MEDICO e segundo informações o Dr. Alexandre pediu demissão, a Dra. Patrícia esta de licença para tratamento de saúde e até agora não foi contratado substituto para ocupar estas vagas disponíveis.

Quando o prefeito Antonio Carlos da Silva decretou ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA (Saúde) todos imaginavam que haveria contração de médicos, compra de equipamentos, comprar de medicamentos e etc. Mas até agora não estamos vendo nada disso.

Peço ao prefeito Antonio Carlos da Silva e aos nobres vereadores (a) que seja EXONERADA a secretaria municipal de Saúde e toda a atual diretoria da saúde e que seja contratada profissionais técnico (a) para ocupar as funções sem que haja intervenção política ou a saúde municipal de Caraguatatuba se tornara um caos.

AQUI A DENGUE TEM ESPAÇO PARA MORAR

Na condição de morador, informo que o bairro Sumaré esta batendo recorde de pessoas infectadas com o vírus da “DENGUE” e o secretario municipal de serviços públicos senhor Sergio Arnaldo Brás esta mantendo diversas lixeiras a céu aberto na Rua: Siqueira Campos. Peço que sejam retiradas todas as lixeiras localizadas ao longo Rua: Siqueira Campos para que não venha servir de deposito de lixo e entulhos.

As calçadas do bairro Sumaré estão sendo utilizadas pelo poder público municipal de Caraguatatuba como local de container de lixeiras e as pedestres tem que transitar pela rua correndo risco de serem atropeladas.


segunda-feira, 16 de março de 2015

Joaquim Barbosa diz que Dilma errou ao não se pronunciar após protestos

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa avaliou que a presidente Dilma Rousseff errou ao não se pronunciar neste domingo sobre as manifestações em todo o Pais contra o governo. "Num dia como o de hoje, achei um erro botar ministros de Estado para falar. O momento era para a chefe de Estado se dirigir à Nação", afirmou em sua conta oficial no Twitter. 

<p>Ex-presidente falou sobre reação do governo aos protestos e se posicionou favorável ao fim das doações de empresas a campanhas políticas.</p>

Barbosa também criticou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Na avaliação do ex-presidente do STF, Cardozo insiste em um erro "deliberado e frente": o de insinuar que as iniciativas do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) são impulsionadas pelo governo. Ele, porém, avaliou como bastante apropriada a fala do ministro em defesa do fim da doação de empresas a campanhas eleitorais. 
Joaquim Barbosa também classificou  como "corretíssimas" as observações  do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, contra os pedidos de retorno da Ditadura Militar vistos durante os protestos deste domingo. "Seria um imenso retrocesso para o Brasil", afirmou o ex-ministro, que agora trabalha como advogado. 
Rossetto e Cardozo foram escalados pela presidente Dilma para comentar as manifestações de hoje. Em entrevista à imprensa, eles avaliaram os protestos como democráticos e anunciaram como resposta que o governo enviará em breve ao Congresso Nacional um pacote de medidas contra a corrupção; promessa feita desde a campanha eleitoral de 2014. 

Após protestos, ministro pede 'maturidade' para aprovar reforma política

No dia seguinte ao maior protesto político desde a Diretas-Já, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta segunda-feira, 16, que é o momento de se "minimizar divergências" e "ter maturidade" para aprovar a reforma política, considerada por ele a resposta adequada às manifestações ocorridas nesse domingo. Quase dois anos depois de apresentar a mesma proposta defendida em 2013, durante os protestos de junho, Cardozo argumentou que a medida não avançou naquela ocasião por decisão do Congresso, mas que agora as últimas manifestações vão "canalizar a reflexão para todas as lideranças políticas".
"O problema [apontado nas manifestações] persiste. Temos que ter sensibilidade de perceber que a sociedade deseja um novo sistema político, que garanta representatividade aos seus olhos. Não podemos permanecer com um sistema que abre as portas para a corrupção", afirmou o ministro nesta manhã. Escalado pela presidente Dilma Rousseff para comentar os protestos, Cardozo repetiu que a indignação com a corrupção é a principal bandeira das pessoas que foram às ruas e, segundo ele, além de medidas anticorrupção, é preciso realizar mudanças no sistema político brasileiro.
Parte das propostas foram apresentadas pela presidente Dilma Rousseff em 2013, mas pouco avançaram no Congresso. Na época, parlamentares da base e da oposição reivindicaram o direito de liderar as discussões por ser uma atribuição do Legislativo. A defesa da reforma política, no entanto, volta em um momento de turbulência entre o Planalto e o Congresso. "Temos que ter sensibilidade de buscar nesta hora convergências e minimizar divergências. (...) Temos que ser maiores neste momento", afirmou Cardozo.
O ministro voltou a enfatizar a necessidade de coibir a doação de campanha por empresas, tema já em discussão pelo Supremo Tribunal Federal. No início da atual legislatura, Câmara e Senado retomaram os debates sobre a reforma com a promessa de aprovar propostas ainda neste ano. "Tenho a confiança de que as manifestações irão canalizar a reflexão para todas as lideranças políticas do país, para todas as lideranças da sociedade civil, para que nós possamos ter maturidade de pactuar as mudanças que são necessárias", afirmou o ministro ao cobrar "maturidade" para fazer as mudanças necessárias. "O governo fez lá em 2013 o que tinha que fazer. Nem tudo dependia dele. Nada mais justo que agora, uma vez que os problemas persistem, que nós venhamos a insistir e a dialogar", disse Cardozo.
Na lista das medidas avaliadas pelo governo federal para responder às manifestações, o Planalto inclui o pacote anticorrupção, que será enviado ao Congresso nos próximos dias. Ele prevê tornar crime o caixa 2 e o confisco de bens adquiridos de forma ilícita por agentes públicos.
Não eleitores. Cardozo procurou também explicar a declaração do ministro Miguel Rossetto, nesse domingo, segundo quem "majoritariamente" eleitores que não votaram em Dilma participaram dos protestos. "As falas devem ser bem compreendidas. Tivemos manifestações em que visivelmente o universo que estava posto envolvia segmentos dos mais diferenciados. Ele disse que predominantemente, tendo em vista os locais onde as manifestações foram mais densas, uma grande quantidade de pessoas que não votaram na presidente participou. É natural que seja assim. (...) Sem menosprezar quem foi às ruas. É legítimo. Cabe ao governo ouvir e dialogar", disse.

Levy Fidelix é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações homofóbicas

Levy Fidelix é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações homofóbicas.

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o ex-candidato do PRTB à presidência da República Levy Fidelix ao pagamento de R$ 1 milhão, em indenização por danos morais, a movimentos ligados à população LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).
A decisão foi tomada com base em declarações feitas pelo então presidenciável durante debate pré-eleitoral transmitido pela Rede Record em setembro do ano passado, quando Levy Fidelix usou expressões como “dois iguais não fazem filho” e “aparelho excretor não reproduz” ao se referir a casais homossexuais.
O valor da indenização, corrigido, será destinado a ações de promoção de igualdade da população LGBT. A sentença é em primeira instância e ainda cabe recurso.
A assessoria de imprensa de Levy Fidelix informou que ainda não tem um posicionamento sobre a sentença. Já a defesa do ex-candidato à presidência da República informou que não recebeu nenhuma intimação e que não conhece o teor da sentença.

Qual é a saída para Dilma? Analistas e políticos listam três áreas de atuação

(Reuters)

Acuada pela oposição, por aliados hostis e pelas críticas vindas das ruas ─ inclusive de seus próprios eleitores ─ a presidente Dilma Rousseff enfrenta a maior crise desde que chegou ao Planalto, há pouco mais de quatro anos: tem diante de si a árdua tarefa de superar o isolamento e restaurar a confiança da população em meio a um escândalo de corrupção de grande monta, uma economia fragilizada e ânimos cada vez mais polarizados.
No último domingo, pouco mais de 1 milhão de pessoas (de acordo com as Polícias Militares) saíram às ruas de várias cidades brasileiras para externar sua insatisfação com as políticas do governo, pressionando ainda mais a presidente que deverá se empenhar em encontrar uma solução para a crise.
A BBC Brasil ouviu lideranças sociais, cientistas políticos e parlamentares para entender como a petista pode vencer a prova de fogo por que passa seu governo e assegurar a governabilidade de seu segundo mandato, principalmente após os protestos, a grande maioria a favor de seu impeachment, no último domingo (15).
Segundo eles, a solução passaria por um tripé que inclui recuperar a confiança do seu eleitorado, ampliar o diálogo com a base aliada e retomar o crescimento da economia ─ este último pilar, acreditam, não erradicaria, mas atenuaria as fortes críticas que vem recebendo, sobretudo, de opositores.
"Dilma montou uma "cilada" para si mesma durante a eleição, ao prometer que não mexeria em algumas das conquistas socioeconômicas ocorridas nos últimos anos. Agora, mudou o discurso e tem dificuldade de explicar o ajuste fiscal que, invariavelmente, se viu obrigada a executar, especialmente, para os seus eleitores", afirmou à BBC Brasil Carlos Melo, cientista político e professor-adjunto do Insper.
Na última sexta-feira (13), protestos convocados por entidades ligadas a movimentos sociais, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e UNE (União Nacional dos Estudantes), tomaram as principais cidades do país para defender "os direitos trabalhistas, a Petrobras, a democracia e a reforma política".
Apesar de ter sido chamado nos bastidores de "Blinda Dilma", pelas manifestações de apoio à presidente e por ter ocorrido dois dias antes dos protestos de domingo, o ato não foi "nem a favor nem contra o governo", afirmaram lideranças à BBC Brasil.
"Queremos registrar nossa insatisfação com o rumo que o governo está tomando. Achamos que é necessário fazer ajustes fiscais, mas sem mexer no direito dos trabalhadores. A presidente pedir paciência não resolve o nosso problema. A saída é o diálogo. Não vamos pagar com nosso emprego essa crise que a presidente diz que existe. Ela tem um compromisso assumido conosco durante as eleições", disse à BBC Brasil Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP, que defende a retirada das MPs (Medidas Provisórias) 664 e 665 que alteraram as regras de acesso a benefícios sociais, como seguro-desemprego, auxílio-doença, pensão por morte, entre outros.
Para a UNE, o protesto de sexta-feira foi uma forma de "pressionar o governo" para rever algumas das medidas tomadas recentemente.
"Nós fomos às ruas e conquistamos essa vitória. Agora seguimos em frente por mais direitos para garantir os 10% do PIB para a educação e para aprovar uma reforma universitária democrática no nosso país", afirmou a presidente da UNE, Vic Barros, após a manifestação.
Segundo Ricardo Ismael, cientista político da PUC-Rio, Dilma precisa "urgentemente" reconhecer que "errou", mas ainda tem dificuldades sobre qual estratégia de comunicação adotar junto à opinião pública.
"A presidente Dilma não conseguiu explicar por que mudou o discurso de campanha nem por que a população deve se submeter a tantos sacrifícios. A insatisfação popular não é pelo terceiro turno; ela é objetiva: o governo está tomando medidas impopulares e não resta dúvida de que isso gera uma reação negativa da população", disse ele à BBC Brasil.
(AFP)
A dificuldade de Dilma em dialogar também é motivo de críticas no universo político.
"Uma das principais falhas da presidente é, sem dúvida, a falta de articulação política. Sem apoio no Congresso, Dilma não consegue tomar medidas que possam garantir sua governabilidade, o que acaba impactando sua popularidade", afirmou à BBC Brasil Paulo Baía, cientista político e professor da UFRJ.
"Ela precisa repactuar sua base aliada, que está completamente fragmentada, e ter como interlocutor o vice-presidente Michel Temer, que é um homem de bom trânsito em todos os setores do Parlamento. Mas ela não o usa como deveria em grande parte devido a seu estilo de governar", acrescentou.
Na opinião de Ismael, da PUC-Rio, a postura unilateral adotada pelo governo, especialmente com o PMDB, explica o impasse político no Congresso, cujo ápice ocorreu quando o presidente do Senado, Renan Calheiros, devolveu a MP que reduz a desoneração da folha de pagamento. Recentemente, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ameaçou pedir demissão caso o Senado derrubasse o veto à prorrogação até 2042 dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empresas do Nordeste.
"Dilma precisa de apoio político, ou seja, que o PT, o PMDB e a maioria do Congresso defendam o governo. Mas parte expressiva dos parlamentares do PT, o partido da presidente, é contra o ajuste fiscal. O governo errou, principalmente em tentar isolar o PMDB. Não conversa com ninguém e quer impor medidas", disse Ismael.
Para o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder do PMDB na Câmara, a discussão tem de ser mais "ampla".
"O que o PMDB deseja é uma participação efetiva no núcleo institucional decisório do governo, deseja ser ouvido para a tomada das decisões estratégicas, políticas e da reformulação das políticas públicas. Mas, infelizmente, não foi dessa forma como esse processo foi conduzido nos últimos tempos", criticou ele à BBC Brasil.
"O PT exerceu uma posição hegemônica no núcleo de decisão política do governo, estremecendo as relações entre o Executivo e o Legislativo e desorganizando a base aliada. Agora, essa relação precisa ser recomposta com diálogo e com a consolidação de uma coalizão verdadeira. Se o diálogo for sincero, e essa é a intenção, não vejo dificuldade para que isso ocorra. Do contrário, de fato, não irá avançar", afirmou.
Já para o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), líder do PSD na Câmara, outro partido da base governista, o Congresso "não pode estar de forma passiva analisando as medidas do governo".
"Queremos uma agenda positiva e propositiva. A presidente precisa ampliar seu núcleo político. Essa ampliação significa ouvir mais opiniões e pensamentos. Como líder do partido, acredito ser importante o estreitamento entre o governo e a base aliada", disse Rosso à BBC.
Na semana passada, o governo deu uma indicação de que estaria aberto a ampliar o diálogo ao incluir ministros de partidos da base, além de chamar outros membros da gestão, para as reuniões de articulação política.
Nominalmente, Dilma citou os ministros Gilberto Kassab (PSD, Cidades), Aldo Rebelo (PC do B, Ciência e Tecnologia) e Eliseu Padilha (PMDB, Aviação Civil). Na ocasião, a petista aproveitou para negar a possibilidade de retirada de Aloizio Mercadante (Casa Civil) da articulação após rumores de que ela estaria insatisfeita com sua atuação.
(Reuters)
Embora considerem "pequena, quase impossível" a possibilidade de Dilma conquistar o eleitorado de oposição, especialistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que a retomada da economia ajudaria a conter os ânimos exaltados dos opositores.
"A possibilidade (de se aproximar do eleitorado de oposição) é muito pequena. Acho que se estabeleceu uma resistência de alguns setores sociais à presidente, ao governo e ao próprio PT. Mas o presidente Lula, é preciso lembrar, teve esse apoio em determinado momento. A própria elite se surpreendeu com ele. É claro que Lula foi favorecido pelo bom momento econômico que o Brasil vivia, especialmente em seu primeiro mandato, mas foi muito hábil politicamente, garantindo uma boa interlocução com setores-chave da economia, como a indústria e os bancos", afirmou Melo, do Insper.
"Mas isso requer, sobretudo, um perfil menos autoritário. Na política, liderança e blindagem são imprescindíveis. E hoje Dilma não tem nenhuma das duas", concluiu.

O que significam os poderes especiais concedidos a Maduro?

Maudro (reuters)

A Assembleia Nacional da Venezuela (Parlamento) concedeu ao presidente Nicolás Maduro poderes especiais para governar por decreto até o fim do ano.
A medida, chamada Lei Habilitante, foi aprovada neste domingo, na esteira de um pedido feito por Maduro, que afirma que esses poderes são necessários para que ele possa "lidar com a ameaça do governo dos Estados Unidos".
Na semana passada, a Casa Branca declarou que a Venezuela era uma ameaça para o interessa nacional dos Estados Unidos e aprovou novas sanções contra mais membros do governo da Venezuela, por supostos atos de corrupção e violações de direitos humanos.
Em discurso ao Parlamento, Maduro justificou seu pedido: "Essa lei surgiu como uma necessidade de ter poderes constitucionais que me permitam me mover no complexo cenário que se abriu na Venezuela."
Ao entregar a Maduro a aprovação dos poderes especiais, o presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, defendeu a medida.
"Este é o momento de estar com a pátria ou com os traidores", disse.

Prática

A Lei Habilitante é um dispositivo previsto na Constituição do país para lidar com situações emergenciais para agilizar os processos administrativos e dar uma resposta rápida a pessoas afetadas.
Protesto na Venezuela
O primeiro artigo da lei afirma que seu objetivo é "proteger o povo da atuação de outros países ou órgãos econômicos ou internacionais."
Agora, Maduro agora pode colocar em prática leis que considere necessárias para lidar com o que vem classificando como "ameaça americana".
Em 2013, quando o Parlamento lhe concedeu esses poderes especiais pela primeira vez, Maduro aprovou 40 leis no período de seis semanas. Entre elas, a que fixou uma margem de lucro para as empresas e a que centralizou a distribuição de alimentos.
Pela lei aprovada neste domingo pelo Parlamento, Maduro agora tem autorização para legislar por decreto em âmbitos como fortalecer as maneiras de proteger o país e ampliar alianças estratégicas na América Latina.

Críticas

Mas a aprovação da Lei Habilitante foi criticada pela oposição, que condenou os novos poderes dados ao presidente e questionou os verdadeiros motivos por trás da medida.
Críticos como Rocío San Miguel, da ONG Control Ciudadano, ressaltaram a possibilidade de que a lei seja usada para a repressão.
"A Lei Habilitante Anti-imperialista será um instrumento contra o inimigo interno, como a outra (Lei) Habilitante de Maduro, serve para minar os direitos humanos", diz San Miguel.
Antonio Ricóveri, da coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), também criticou a aprovação. "Querem impedir manifestações e neutralizar as forças políticas, agora que as eleições parlamentares estão se aproximando."
Para Eduardo Gómez Sigala, que é parlamentar da oposição, o objetivo da lei é criar uma cortina de fumaça.
"O objetivo é esconder os verdadeiros problemas dos venezuelanos, como a escassez de produtos, a desvalorização (da moeda), entre outros problemas sociais", disse Sigala.