GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 16 de novembro de 2014

Ronaldo Fenômeno pega pesado em treino para manter a forma

Embora o Ronaldo esteja aposentado desde 2011, o ex-craque continua suando a camisa para se manter em forma.
Ele já participou do quadro “Medida Certa” no “Fantástico” e sofreu muita pressão no passado devido às dificuldades para manter o peso.
Recentemente, na sua conta pessoal do Instagram, o Fenômeno publicou alguns vídeos mostrando uma parte do seu treinamento. Ele demonstra que consegue pular em cima de uma plataforma de 110 cm.
Em uma das filmagens, Ronaldo quase cai, mas as demais tentativas são todo um sucesso, demonstrando que o ex-atleta não está poupando esforços para manter-se forte e saudável.

Mulher ressuscita sozinha depois de passar 45 minutos “morta”

Durante a realização de uma cesariana na Flórida, Estados Unidos, uma gestante chamada Graupera-Cassimiro sofreu uma parada cardíaca que a deixou aproximadamente três e horas e 45 minutos sem pulso.
Os médicos passaram três horas fazendo procedimentos de reanimação, mas não tiveram sucesso e desistiram. O mais impressionante da história é que, 45 minutos depois que os médicos pararam de mexer no corpo, a mulher recuperou o pulso espontaneamente e acordou.
O porta-voz do hospital, Thomas Chakurda, disse que a paciente não sofreu nenhum dano cerebral detectável e que ela se encontra em perfeitas condições de saúde. Além disso, o bebê também está bem, já que ele havia nascido antes das complicações com a mãe.

Patrícia Poeta gravará mensagem de fim de ano no Projac

Depois de deixar o “Jornal Nacional” e se dedicar a um programa de entretenimento que ainda não foi o ar, a jornalista ex-colega de William Bonner voltará ao Projac no domingo (16), no Rio de Janeiro, para gravar a tradicional mensagem de fim de ano da Globo junto com outras figuras conhecidas.
Segundo informações divulgadas pela emissora, o diferencial deste ano serão as crianças, que foram escolhidas de todas as partes do Brasil por suas habilidades artísticas. No total, serão cerca de 250 celebridades que cantarão a música “Hoje é um novo dia”.
Mel Maia, Mussunzinho, Fernanda Lima, Otaviano Costa, Pedro Bial, William Waack, Glória Pires, Tatá Werneck, Fernanda Montenegro, Leandro Hassum e Angélica são apenas alguns exemplos de artistas participantes.
A aparição de Patrícia na gravação derruba comentários de que a jornalista ficaria algum tempo afastada da TV.

Descoberto vírus que pode deixar pessoas mais “estúpidas”

Cientistas estadunidenses da Escola de Medicina Johns Hopkins e da Universidade de Nebraska fizeram – acidentalmente – uma descoberta que abre precedentes para muitos outros estudos: um vírus que pode deixar seres humanos mais “lerdos”.
Conhecido como “algae”, o microrganismo descoberto quando os pesquisadores faziam testes com micróbios da garganta revelou um padrão assustador: as pessoas portadoras do vírus se saem pior em testes de avaliação de medidas, velocidade e processamento visual, colocando os "não-infectados" em posição de vantagem.
O virologista Robert Yolken, que liderou a pesquisa, disse que organismos inócuos que os seres humanos carregam podem afetar o comportamento e a cognição. Além disso, muitas das diferenças entre pessoas podem ser resultado de micróbios e da forma como eles interagem com os genes.

Aline Bernardes faz ensaio sensual de biquíni em Cingapura

Aline Bernardes, musa da escola de samba Mancha Verde, de São Paulo, fez um ensaio especial para uma revista asiática da Singapura. Nas fotos, a modelo mostra quem o corpo em dia e que está pronta para brilhar no carnaval de 2015.
Aline explicou que não participou do carnaval deste ano porque estava fora do país. “Eu estava com um contrato de um clipe nos Estados Unidos e não pude comparecer aos ensaios. Conversei com o presidente e decidimos que eu não iria desfilar, afinal não era justo com as outras meninas da escola, que se dedicaram bem mais aos ensaios”.
“Me convidaram novamente e eu fiquei muito realizada e estou me dedicando bastante. É o ano do centenário do Palmeiras e eu, que sempre fui palmeirense, estou eufórica e ansiosa”, complementa.
Aline Bernardes faz ensaio sensual de biquíni em Cingapura
Aline Bernardes faz ensaio sensual de biquíni em Cingapura
Aline Bernardes faz ensaio sensual de biquíni em Cingapura
Aline Bernardes faz ensaio sensual de biquíni em Cingapura
Aline Bernardes faz ensaio sensual de biquíni em Cingapura
Aline Bernardes faz ensaio sensual de biquíni em Cingapura

Phil Collins - All Of My Life

All of my life, I've been searching
For the words to say how I feel
I'd spend my time thinking too much
And leave too little to say what I mean
But I've tried to understand the best I can
All of my life

All of my life, I've been saying sorry
For the things I Know I should have done
All the things I could have said
come back to me
Sometimes I wish that it had just begun
Seems I'm always that little too late
All of my life

CHORUS:
Set' em up, I'll take a drink with you 
Pull up a chair, I think I'll stay
Set' em up, 'cos I'm going nowhere
There's too much I need to remember, 
and there's too much I need to say

All of my life, I've been looking
But it's hard to find the way
Just reaching past the goal in front of me
While what's important just slips away 
And it doesn't come back but I'll be looking

CHORUS:
All of my life, there have been regrets
That I didn't do all I could 
Playing records upstairs, while he watched TV
I didn't spend the time I should 
It's a memory I will live with
All of my life 

sábado, 15 de novembro de 2014

Namorado Coloca Câmera Escondida e Não Acredita No Que A Namorada Faz

No Dia Mundial do Diabetes, médicos alertam sobre excesso de peso e sedentarismo

Diabetes

Especialistas alertam no Dia Mundial do Diabetes, lembrado hoje (14), que o excesso de peso e o sedentarismo são as principais causas do diabetes tipo 2, que atinge 90% das pessoas com problemas em metabolizar a glicose. De acordo com a Federação Internacional do Diabetes, existem hoje 12 milhões de diabéticos no Brasil e 5 mil novos casos são diagnosticados por ano.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, João Eduardo Salles, desfaz o mito de que só os doces contribuem para o diabetes. “Não é o fato de comer doce que leva ao diabetes, é sim o fato de engordar e ser sedentário, independentemente de comer doce. Se está engordando o risco de diabetes é maior”, ressaltou Salles, ao acrescentar que com a idade o risco aumenta. Quem tem muita gordura concentrada na barriga também deve ficar atento e fazer exames, pois este é outro fator de risco. Nesta sexta-feira, a entidade promove ações de conscientização em todo o país.
Segundo o especialista, o diabetes é uma das maiores causas de cegueira, de insuficiência renal, além de aumentar em até quatro vezes o risco de doenças cardiovasculares. “Quem se cuida não tem estas complicações”, frisou Salles.
Os alimentos são digeridos no intestino e parte deles se transforma em açúcar (glicose), que é enviada para o sangue para se transformar em energia. Só que para tranformar a glicose em energia, o organismo precisa de insulina, uma substancia produzida nas células do pâncreas. No diabetético, a glicose não é bem aproveitada pelo organismo devido à falta ou insuficiência de insulina, o que causa o excesso de glicose no organismo, a hiperglicemia.
O diabetes tipo 1 ocorre quando o corpo não produz insulina, enquanto a do tipo 2 se dá nos casos em que há produção da insulina, mas em quantidade insuficiente ou quando ela não é processada pelo organismo de forma adequada.
Enquanto o diabetes é uma doença crônica sem cura, o pré-diabetes é um estágio anterior da doença em que ainda há como reverter o quadro. “[Isso] ocorre quando os níveis de açúcar no sangue já estão acima do considerado normal, mas a reversão do quadro ainda é possível, por meio de mudanças no estilo de vida, o que inclui adotar uma alimentação mais saudável, deixar de fumar e praticar exercícios físicos de forma regular”, explicou a gerente científica do Negócio Nutricional da Abbott, Patrícia Ruffo. Quem faz exames periódicos de glicemia pode constatar antes o pré-diabetes e se esforçar para reverter o caso e assim evitar a doença, que não tem cura.
Levantamento feito em parceria entre a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Abbot, empresa de saúde global que conduz pesquisas e desenvolve produtos para a área, apontam que 45% da população não sabem que práticas como o controle de peso e exercícios regulares podem ser parte do controle tanto do pré-diabetes quanto do diabetes. “A falta de informação preocupa, já que o pré-diabetes é uma condição que permite a reversão do quadro a partir de medidas simples no cotidiano”, avaliou Patrícia.
Estudos da Associação Americana de Diabetes mostram que uma pessoa pode reduzir as chances de desenvolver o diabetes tipo 2 em 58% dos casos, ao perder 7% do seu peso corporal e fazer 30 minutos de atividades físicas diariamente. Enquanto isso, a pesquisa da SBD com a Abbott mostrou que a mudança de alimentação é o passo mais difícil de ser incorporado à rotina para 60% das pessoas entrevistadas, mas é também o mais importante para o controle da doença e do pré-diabetes, na opinião dos médicos.
Segundo João Eduardo Salles, o tratamento da doença é baseado em uma mudança de estilo de vida. “Perder peso, fazer exercício e comer adequadamente”, lista ele. Além disso, o uso correto e continuo dos medicamentos é essencial, quando necessários. “ A maioria das pessoa começa a tomar o remédio e para. Diabetes não tem cura, mas tem controle, mas as pessoas não podem deixar de tomar os medicamentos. Tem que tomar o medicamento a vida toda e ser acompanhado pelo médico a vida toda.”

Para importar canabidiol, pai aconselha procurar Anvisa antes de ir à Justiça

Norberto Fischer encorajou outras pessoas em situação semelhante a procurarem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Primeiro pai a receber autorização da Justiça brasileira para importar canabidiol – derivado da Cannabis sativa (nome científico da maconha) – com a finalidade de usá-lo no tratamento médico de sua filha, o bancário Norberto Fischer encorajou outras pessoas em situação semelhante a procurarem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de recorrerem aos tribunais.
Segundo Fisher, mesmo com toda a burocracia estatal, atualmente é muito mais fácil e rápido obter o aval da agência que da Justiça. Ter a autorização é muito mais seguro também. No primeiro semestre deste ano, uma das remessas da pasta de canabidiol que o bancário e sua família importavam ilegalmente dos Estados Unidos, por meio da internet, foi retida no aeroporto.
“Hoje não é mais preciso recorrer à Justiça. As mudanças que a Anvisa já implementou tornou o processo administrativo de autorização mais rápido e menos incômodo que a via judicial. Apesar de ainda haver muito o que melhorar em termos burocráticos, principalmente no que diz respeito à interação entre as autoridades sanitárias e a Receita Federal”, disse Fischer à Agência Brasil.
Segundo o bancário, como o canabidiol consta da lista de substâncias proibidas no país, a maior dificuldade enfrentada pelos pacientes que estão tratando doenças graves e cujos tratamentos convencionais não surtiram efeito é encontrar um médico que prescreva a medicação. De acordo com o médico mastologista Leandro Ramirez da Silva, cujo filho Benício, de 6 anos, trata os efeitos da Síndrome de Dravet, uma forma grave de epilepsia, com o derivado da maconha, dos cerca de 50 mil médicos em atividade em Minas Gerais, apenas cinco ousam receitar o canabidiol por medo das implicações éticas.
“Como o Conselho Federal de Medicina [CFM] ainda não se posicionou oficialmente sobre o tema, é bastante complicado conseguir uma receita médica. Nos casos em que a pessoa não consega a prescrição médica ou que queira pleitear que o Estado pague o produto, a única maneira é recorrer à Justiça”, esclareceu Fischer.
Na quarta-feira (12), durante reunião do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (Conad) em Brasília (DF), o representante do CFM Frederico Garcia explicou que a instituição médica está prestes a publicar uma resolução autorizando os médicos de todo o país a prescrever remédios à base do canabidiol. A substância continuará proibida, situação que só pode ser revertida pela Anvisa, que estuda reclassificar o canabidiol, incluindo-o na lista de produtos controlados. Apesar disso, o aval do CFM ao procedimento médico será importante, pois dará amparo legal para que os médicos emitam receita para os pais que desejam pleitear a autorização de importação na Anvisa.
“A exigência da receita médica é, talvez, o maior empecilho burocrático para quem recorre à Anvisa a fim de obter autorização para importar o canabidiol. Sem o aval do CFM, poucos médicos aceitam assinar termo se responsabilizando por prescrever uma substância proibida. Mas seja via judicial seja via Anvisa, os pais vão precisar do acompanhamento de um bom médico. E com a receita em mãos, o processo administrativo é sem dúvida mais rápido que a via judicial”, ressaltou Fischer.
Segundo a Anvisa, a resposta aos pedidos, atualmente, demora em média nove dias. Segundo Fischer, há exatamente um ano, a análise dos requerimentos podia levar até 40 dias. “A Anvisa não sabia sequer o que solicitar”. A agência informou que, entre abril deste ano e a quarta-feira (12), foram concedidas 168 autorizações administrativas para importação do canabidiol. Dos 208 pedidos feitos no período, sete foram arquivados; 17 estão sob análise e 16 estão à espera de que os interessados forneçam informações adicionais.
Fischer conta que o número de autorizações está muito aquém da real dimensão do problema. Segundo ele, desde que o assunto ganhou espaço na imprensa, a rede de apoio criada pelas próprias famílias não para de crescer. “Aos poucos, as pessoas estão se aproximado, apoiando umas as outras, trocando informações e fortalecendo essa rede. Até por muitas vezes estarem agindo na ilegalidade, são os próprios pais que trocam experiências sobre como usar o produto."
Após publicar matérias sobre o tema a Agência Brasil foi procurada ontem (13) por duas mães em busca de informações do procedimento para obter na Justiça autorização para importar o canabidiol. Uma delas, M.J.P, de Mato Grosso, é mãe de dois filhos diagnosticados com esquizofrenia há cerca de cinco anos. Ao considerar que seus filhos já experimentaram os remédios mais indicados e esgotaram os tratamentos convencionais, ela está convencida de que o canabidiol é uma opção a ser tentada, mesmo não tendo ainda conversado com nenhum médico.
“Já tentamos de tudo. De tratamentos psiquiátrico e neurológico à acupuntura. Eles já usaram todos os medicamentos de ponta. Sinto-me impotente ao ver meus filhos nesta situação. Um tem nível superior e o outro está prestes a concluir a faculdade, mas, de uma hora para outra, passaram a ter esses surtos que só tem piorado. Lendo reportagens sobre as crianças que melhoraram graças ao uso do canabidiol, decidi procurar ajuda e orientação com os pais que já conseguiram a autorização. Vamos procurar um médico que nos ajude neste sentido, que prescreva o canabidiol, pois estou decidida: assim que souber como obter o produto por meios legais, iremos tentar”,contou.
Qualquer que seja o caso, Fischer recomenda que as pessoas procurem um bom médico para ter orientações. “É aconselhável que todos procurem a Anvisa. Assim, terão suporte e estarão agindo legalmente. Se for necessário, busquem entrar em contato pelas redes sociais com outros pais que possam lhes ajudar”, concluiu o bancário, que calcula que ao menos 90% das pessoas já autorizadas pela Anvisa a importar o canabidiol contaram com algum tipo de orientação da rede de pais e pacientes. Em redes sociais como o Facebook é possível encontrar comunidades que reúnem usuários. Basta pesquisar pela palavra canabidiol.

Número de linhas de celulares no país passa de 278 milhões

Brasil atinge 273 milhões de celulares

O Brasil fechou o mês de setembro com 278,48 milhões de linhas ativas na telefonia móvel. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), houve acréscimo de 1,07 milhão de linhas em setembro.
No levantamento, divulgado hoje, os acessos pré-pagos totalizavam 76,49% e os pós-pagos 23,51%. A teledensidade chegou a 137,14 linhas para cada grupo de 100 habitantes.
Em setembro, a operadora Vivo liderava o mercado, com 28,66% de participação, seguida da TIM, com 26,89%; da Claro, com 25,01%; da Oi, com 18,47%; da Nextel, com 0,46%; da CTBC, com 0,41%; da Porto Seguro, com 0,08% e da Sercomtel, com 0,02%.

Em decreto, Marconi Perillo anuncia corte de 16 mil cargos

O governador de Goiás também quer extinguir seis secretarias.

Reeleito, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), anunciou nesta quinta-feira, por decreto, um corte de 16 mil cargos e a extinção de seis secretarias. A Assembleia Legislativa goiana recebeu do governador um projeto de lei. De acordo com o governo, a economia será de R$ 300 milhões por ano.
Se concluída a reforma administrativa, que prevê redução de cargos e gastos, 60% do corte será feito em contratos temporários: 9,5 mil dos 16 mil, cerca de 60%. As exonerações seriam feitas em dois dias: 31 de dezembro de 2014, e 1º de janeiro de 2015.
Perillo encara a reestruturação como medida preventiva para dificuldades financeiras, especialmente para conseguir honrar os reajustes salariais concedidos aos servidores públicos pelo governo goiano.

Pesquisadores brasileiros desenvolvem feijão resistente à seca

O cultivo do feijão, alimento fundamental na mesa dos brasileiros, depende diretamente do volume de chuvas, e a seca pode causar grandes perdas na safra. Uma nova variedade desenvolvida por pesquisadores brasileiros, no entanto, precisa de menos água para crescer, diminuindo assim o impacto causado pela estiagem.
O novo feijão-carioca já está sendo cultivado há um ano e, segundo o coordenador do projeto, Alisson Fernando Chiorato, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a variedade chamada de IAC Imperador apresentou boa tolerância à recente estiagem nas lavouras paulistas e mineiras.
"Com a atual seca, muitos agricultores tiveram que trabalhar com irrigação reduzida, pois tinham pouca água nos açudes, mas mesmo assim essa variedade correspondeu em produtividade", afirma Chiorato.
A descoberta garante a produção do grão típico da culinária brasileira mesmo em períodos de seca. Em média, cada brasileiro consome 17 quilos de feijão por ano. O alimento é rico em proteínas, carboidratos, fibras, vitaminas, ferro, cálcio e outros minerais.
Economia de água e energia
A variedade mais resistente precisa de 30% menos água, além de reduzir os gastos com a energia elétrica usada nos sistemas de irrigação. A economia ocorre devido à diminuição do ciclo de cultivo. Enquanto o do feijão normal é de em média 95 dias, o do IAC Imperador é de apenas 75.
Além disso, a planta desenvolvida possui uma raiz mais robusta, o que possibilita a extração de água e nutrientes do solo e em maiores profundidades.
A falta d'água no cultivo do pé de feijão reduz a qualidade do grão, que nasce murcho e escuro ou morre. Para cada dia em que o feijão fica a mais no campo em períodos de pouca chuva, as perdas na safra podem chegar diariamente a 74 quilos por hectare.
Além disso, a nova variedade é resistente à antracnose – principal doença que ataca as folhas da planta – e também à murcha-de-fusarium – fungo que leva o pé à morte.
O feijão IAC Imperador foi desenvolvido a partir do cruzamento de linhagens, utilizando o banco de germoplasma do próprio instituto e linhagens genéticas desenvolvidas no Centro Internacional de Agricultura Tropical em Cali, na Colômbia.
Os estudos para desenvolver a nova variedade de feijão começaram em 2009. Atualmente, 28 empresas já estão produzindo as sementes.
Feijão para todos
O engenheiro agrônomo Alcido Elenor Wander, da Embrapa, vê com bons olhos o desenvolvimento de variedades de feijão mais produtivas e que necessitam de menos água para o cultivo.
Essas novas variedades possibilitam o cultivo do grão, principalmente em regiões que sofrem com longos períodos de estiagem, garantindo a segurança na produção e diminuindo os custos no processo, afirma Wander.
A diminuição de safras causada por fenômenos climáticos tende a aumentar o preço final do produto nas prateleiras de mercados. Como o novo feijão, esses impactos são reduzidos e garantem a produção.
O pesquisador da Embrapa lembra que o feijão é uma importante fonte de proteína, principalmente entre a população mais carente.
"Nas regiões mais carentes, como é o caso do semiárido, o consumo regular de feijão tem uma importante contribuição na melhoria do estado nutricional e, com isso, da qualidade de vida das pessoas", acrescenta Wander.

Prisões da Lava Jato tornam o clima ainda pior para Dilma

Volte para 2011. Dilma Rousseff, mão do PAC, ungida por Lula e eleita, assumiu o poder como a primeira mulher a subir a rampa do Planalto na qualidade de presidente. Seu antecessor lhe passou a faixa aprovado por mais de 80% dos brasileiros. A eleição não foi fácil, sobretudo após o escândalo Erenice Guerra e o debate sobre aspectos morais e bioéticos. Mas Dilma venceu. A novidade naquele ano foi o fim da verticalização e a parceria formal com o PMDB na chapa como vice. E, para celebrar a aliança, um apoio de 100% do partido na primeira votação expressiva, associada ao salário mínimo, sob um novo Congresso empossado algumas semanas depois de a presidente desembarcar no gabinete.
 Caminhe agora cerca de dois anos após esse instante. O PMDB já não era mais tão fiel, mas ainda assim a presidente tinha forte maioria no Congresso Nacional e cerca de dois terços dos brasileiros estavam satisfeitos com sua condução - a despeito de uma faxina ética ter deixado vasos quebrados nas relações entre aliados. Estávamos em março de 2013, mas em junho o povo foi às ruas. A popularidade despencou, mas os manifestos não tinham Dilma e o governo federal como alvos específicos.
A insatisfação era generalizada, e respingou sobre diversos políticos e partidos, incluindo uma oposição que não conseguiu se firmar como alternativa clara. Assim, em 2014, a despeito de cerca de 70% do povo clamar por mudanças em pesquisas realizadas pelo Ibope ao longo das eleições, o governo conseguiu se reeleger com bordões do tipo “muda mais” e “novo governo, novas ideias”. A combinação entre a competência do marketing e a incompetência da oposição em firmar-se como alternativa na última década contribuíram para esse final, cujo resultado foi apertado. A ansiedade gerada ao longo de toda a eleição trouxe fissuras políticas entre setores da sociedade, e os dias que antecederam o segundo turno lembraram o saudoso Dominguinhos: “Olha quem tá fora quer entrar, mas quem tá dentro não sai”.
O ambiente esperado para 2015, assim, é bem diferente daquele de 2011.
A presidente Dilma começará seu segundo governo com uma situação econômica ruim e um clima político instável. A reversão desse cenário não parece fácil, e é ainda agravada por fatos como a Operação Lava Jato, com nova fase deflagrada hoje pela Polícia Federal, que prendeu representantes de empresas imensas e um ex-diretor da Petrobras.
Aspectos econômicos à parte – e eles merecem toda a atenção – o clima político não é saudável. PT e PMDB, por exemplo, lutam por espaço dentro do governo - dentro de si e entre si. Os partidos aliados mostram que não se contentarão com menos do que já têm. E a oposição promete ser... oposição.
O Congresso Nacional se pulverizou, nas urnas, em bancadas menores no campo da situação e dos partidos governistas a partir de 2015. Isso oferta ao Executivo a percepção que pode governar sem depender de determinados parceiros, mas também oferece aos partidos o sentimento de que podem se fundir ou formarem bancadas mais consistentes para chantagens mais aparentes. Os movimentos apontam para esta direção, e as negociações que tanto irritam a presidente terão que ser feitas cirurgicamente. Por quem? Dilma e Mercadante não serão lembrados na história por tais habilidade. E Lula? A questão é saber de qual deles estamos falando: de um dos mais hábeis seres políticos do país ou do sujeito ao qual a propaganda de Dilma, estrelada por Chico Buarque nas eleições, atribuiu um peso menor no presente?
Para completar, um elemento que aproxima fantasmas do passado com assombros do presente: a corrupção. Em 2006 e 2010 foi o Mensalão, e a crença popular de que grandes líderes nada sabiam sobre a mesada. Em 2014, o que se chamou de Petrolão, que parte da imprensa diz ser de conhecimento de quem efetivamente manda e cujos novos capítulos foram escritos hoje. Assim: Congresso instável, partidos “parceiros” cobrando caro, oposição mais ácida, cenário econômico frágil e escândalos se adensando. O clima mudou.
Humberto Dantas é cientista político e professor do Insper.

Invasores de residencial em Guadalupe, no Rio, negam relação com o tráfico

As pessoas que invadiram o Residencial Guadalupe, no último domingo (9), ficaram indignadas com as palavras do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que teria classificado a invasão como “coisa de malandro e vagabundo”, durante uma entrevista. A maioria são famílias que moram em uma favela ao lado, chamada Terra Prometida, em condições de total miserabilidade. Elas negaram que a invasão tenha sido planejada pelo tráfico de drogas, e dizem que apenas querem o direito de morar dignamente.
Condomínio Guadalupe construído pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, foi invadido no último domingo. Na foto, a favela Terra Prometida, local de onde saiu alguns dos invasores (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Na tarde desta sexta-feira (14), eles permaneciam ocupando os 240 apartamentos dos 11 prédios construídos pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, previstos para serem distribuídos por sorteio, em breve. Para se ter acesso ao residencial, que está com os portões principais bloqueados, uma das formas é entrar por um buraco aberto no muro, através da favela Terra Prometida, um amontoado de barracos de madeira, com valão correndo entre as casas, em meio às ruas de terra, que se transformaram em lama com a chuva dos últimos dias.
“A gente não foi sorteada no Minha Casa, Minha Vida. Só que ninguém mais quer morar em barraco. Quando chove, é horrível. Tem gambá, rato, cobra, lagarto. A gente entrou ali porque ninguém aguenta mais esta situação. Nós ocupamos para ver se alguém toma alguma posição”, desabafou Taiane Silva, que mora com um filho em um dos barracos. Segundo ela, não houve influência do tráfico na invasão: “Eles vieram ver, porque é área deles. Mas eles não estão envolvidos. Foram os moradores”.
“Não foi o tráfico que invadiu. É a população que está desesperada, esperando há mais de dez anos neste sofrimento. Nós precisamos. Olha os barracos de madeira, onde moram os nossos filhos. Ninguém faz nada, e o prefeito ainda chama a gente de vagabundo. Se eu fosse ele, teria vergonha de chamar o povo de vagabundo. Manda ele passar uma noite em um barraco desses”, protestou Deise Silva, que mora com três filhos e o marido em um barraco frágil de madeira.
“Quando chove, tem que botar um montão de bacias para que meus filhos não fiquem molhados, dentro de casa. Eu moro de frente para a vala. As crianças não têm onde brincar, pisam no esgoto, cheio de contaminação”, contou Daiane Costa, que mora com dois filhos, em uma casa na parte de trás da favela.
Condomínio Guadalupe construído pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, foi invadido no último domingo. Na foto, a favela Terra Prometida, local de onde saiu alguns dos invasores (Tomaz Silva/Agência Brasil)
© Tomaz Silva/Agência Brasil Condomínio Guadalupe construído pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, foi invadido no último domingo. Na foto, a favela Terra Prometida, local de onde saiu alguns dos invasores (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A vizinha, Gisele da Silva, mora com os quatro filhos em um barraco de um cômodo apenas. Sua principal preocupação é o garoto Tailan, de 2 anos, que nasceu com hidrocefalia, acúmulo de água no cérebro. O menino tem que fazer uma nova cirurgia, para trocar o dreno que alivia a pressão na cabeça, mas ela não consegue marcar uma data. “O estado não dá nada para ninguém. Até hoje estou esperando a cirurgia para trocar a válvula dele. Ele não anda, nem fala, só fica em pé. A casa que me derem está boa, não importa onde. O que eu quero é um teto para os meus filhos. Uma casa digna, uma casa direita”, disse ela, que já se inscreveu no Programa Minha Casa, Minha Vida, mas até hoje não foi chamada.
Dentro do residencial, um dos casos que mais chama a atenção é o da idosa Teresa dos Santos, de 76 anos, chamada por todos de vó. Deficiente visual, sem uma das pernas, ela vive em cima de uma cama e necessita de vários medicamentos. Na Terra Prometida, ela vive em uma casa quase em ruínas, e é cuidada pelos próprios moradores. Agora ela foi colocada em um apartamento térreo, onde sonha em permanecer: “Eu dependo de todo mundo. Quero uma casa. A minha está quase caindo”.
Vó é especialmente cuidada por Daniel Neto, que nega ser um dos líderes da ocupação, mas está à frente das negociações com a Polícia Militar. “Os policiais estão aí pacificamente. Eles nos tratam melhor do que os nossos governantes. O que o prefeito tinha que fazer era nos tratar com dignidade. É muito fácil ficar julgando as pessoas e chamando de vagabundas. Mas vem ver a realidade da gente. O prefeito tem por obrigação fazer pelo povo”, declarou Daniel.
A assessoria de comunicação do prefeito foi procurada, por e-mail e por telefone, para comentar a reação dos moradores da região às suas declarações do prefeito, mas disseram que Eduardo Paes está viajando, em férias, e não iria se pronunciar.
A Justiça determinou, na última quinta-feira (13), a pedido da construtora BR4 Empreendimentos e Participações, a reintegração de posse do Residencial Guadalupe. Em sua decisão, o juiz Paulo José Cabana de Queiroz Andrade ressaltou que, além de força policial, também seria necessário apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar e da Secretaria de Assistência Social do Município. A reintegração pode sair a qualquer momento.

Usinas que "criam" água serão instaladas em São Paulo nos próximos anos

O estado de São Paulo passa pela sua maior crise hídrica da história, com reservatórios de água quase secos e risco de desabastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. Uma ideia inusitada pode ajudar a evitar que o pior aconteça para a população paulista uma máquina que "faz" água a partir do ar. Falamos com o engenheiro Pedro Ricardo Paulino, criador da Wateair, para entender melhor como isso funciona, e como as máquinas serão recriadas em tamanho maior na forma de usinas de "criação" de água.
"Basicamente, esse processo funciona com a condensação forçada a partir do resfriamento súbito do ar", ele explicou. Atualmente, sua tecnologia consegue "criar" água em pequena escala, mas há planos de criar usinas maiores para dar conta de ajudar no abastecimento de São Paulo. Segundo Paulino, a abordagem deve ser levemente diferente para a produção em grande escala. "Estamos desenvolvimento uma sistemática diferente, já que por esse o consumo elétrico seria alto", ele explicou. A ideia geral continuará sendo a mesma a "transformação" da umidade do ar em água se dará pela condensação através de choque térmico. "Mas o novo projeto ainda não está pronto", ele ressalta.
Em relação às usinas criadas em parceria com o governo estadual, Paulino estima que elas terão em torno de 500 metros entre os espaços para geração de energia, para a condensação do ar e o armazenamento da água. Os locais escolhidos para abrigar as instalações são as margens dos rios Tietê e Pinheiros que, de acordo com o engenheiro, são os locais ideais para colocar essas usinas apesar de ainda não ter nenhuma área definida para a construção de uma delas.
E quanto tempo leva até elas ficarem prontas? Bem, isso depende de muita coisa. Como o projeto ainda não está pronto, é difícil dizer com certeza quanto tempo a construção das usinas demorará. Mas Paulino estima que a primeira deve chegar em cerca de dois anos. As outras, que se aproveitarão de um projeto finalizado e executado, tendem a demorar menos. O engenheiro lembrou das usinas de dessalinização da água do mar instaladas em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Inicialmente estimava-se que elas levariam dois anos para ficarem prontas, mas acabaram demorando cinco. Isso porque muitos testes foram feitos durante a instalação delas, e isso acabou atrasando um pouco o andamento do projeto. Para as usinas de condensação do ar de São Paulo, o mesmo pode acontecer.
A boa notícia é que, além de oferecer uma opção para o abastecimento de água que não seja através das represas, as usinas da Wateair podem purificar o ar. "Pode acabar com o cheiro de esgoto que tem no ar nas proximidades dos rios". Isso seria excelente. Ao longo dos próximos meses vamos acompanhar o desenvolvimento do projeto das usinas e torcer para que, de fato, elas contribuam, mesmo que pouco, no abastecimento de água em São Paulo.